Leitura do dia 06/04.
Na postagem anterior, vimos que a sunamita, cujo nome não sabemos (e claro que eu gostaria de saber), abençoou grandemente Eliseu e Geazi. Eliseu quis abençoá-la também. Perguntou-lhe se precisava de alguma coisa. Ela disse que não. Mas não tinha filhos.
Eliseu disse-lhe que dentro de aproximadamente um ano, estaria com um filho nos braços. Era demais para ela. Tinha medo de acreditar.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/04/2-reis-48-16.html
Será que aconteceria mesmo? O Senhor lhe daria essa benção?
Agora, ainda no capítulo quatro. Do versículo dezessete ao versículo trinta e sete.
Embora a mulher tenha ficado com medo de crer nas palavras de Eliseu, como falou, aconteceu.
Ela engravidou e no ano seguinte, no tempo certo, deu à luz a um menino.
O autor de Reis nos conta que estando o menino já crescido, um dia saiu com seu pai, que estava com os ceifeiros, no campo. De repente, gritou que estava com muita dor de cabeça. Imediatamente o pai pediu a um servo que o levasse até sua mãe. Ele o levou. Ela colocou o menino no colo. Ficou assim até o meio dia. Não havia o que fazer. O menino morreu.
Se antes o desejo de seu coração era ter um filho, imagina seu coração agora que o menino era crescido! Seu amor por ele transbordava e, de repente, o menino morre! Com toda certeza, era a alegria daquela casa. Daquele pai já idoso. Daquela mulher que finalmente foi mãe, quando já havia desistido.
Ela foi ao terraço. Colocou o menino morto sobre a cama de Eliseu. Fechou a porta.
O que fazer?
Mandou chamar seu marido. Não contou o que havia acontecido com o menino. Pediu-lhe que mandasse um servo com uma jumenta. Disse que ia rapidamente à casa de Eliseu, o homem de Deus. Não ia demorar. Voltaria logo.
Seu marido perguntou o motivo da visita. Não era dia de lua nova, nem sábado, quando havia sacrifícios especiais. Ela não respondeu. Despediu-se desejando que ficasse em paz e foi ao encontro do servo com a jumenta. Ordenou-lhe que fosse depressa ao monte Carmelo, onde Eliseu morava. Que não parasse no caminho, exceto quando ordenasse.
Eliseu a viu de longe. Ordenou que Geazi fosse ao seu encontro e lhe perguntasse se estava tudo bem. Com ela, seu marido e seu filho. Algo deveria estar errado. O que ela fazia ali naquele dia?
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Geazi correu e perguntou-lhe. Ela respondeu que estava tudo em paz. Tudo em paz. Não tudo bem. Seu filho estava morto, em sua casa, no quarto de Eliseu. Mas ela diz que está tudo em paz.
O Senhor havia lhe dado aquele filho, através da vida de Eliseu. Poderia devolvê-lo da mesma maneira? Continuou sua caminhada até ele. Quando chegou ao monte, prostrou-se a seus pés.
Geazi aproximou-se para erguê-la. Eliseu disse para deixá-la em paz. Percebeu que seu coração estava muito angustiado, mas o Senhor, embora pudesse, não quis revelar o motivo. Ele esperou que ela falasse.
A mulher disse que rogara a ele que não a enganasse. Não havia lhe pedido um filho.
Pior que nunca ter sido mãe, era agora perder seu filho. É muito terrível um filho morrer antes de seus pais.
Eliseu entendeu. Imediatamente ordenou a Geazi que pegasse seu cajado e fosse até o menino. Correndo. Se encontrasse alguém pelo caminho, continuasse correndo. Não parasse para cumprimentar, nem para responder nada. Naquela época, os cumprimentos eram muito demorados. Assim que chegasse na casa, deveria colocar seu cajado sobre o rosto do menino.
A mulher, no entanto, disse que de maneira alguma retornaria à sua casa sem Eliseu. Ele foi com ela.
Geazi chegou primeiro. Colocou o cajado sobre o rosto do menino. Não houve nenhuma reação. Continuou morto.
Ele correu até Eliseu. Encontrou-o no caminho. Contou-lhe que o menino não voltava a si. E agora? Há chance para esse menino voltar a viver?
Eliseu chegou à casa da sunamita. Viu o menino deitado, morto, sobre sua cama. Entrou no quarto. Fechou a porta e orou.
Em seguida, deitou-se sobre o menino. Encostou sua boca na boca do menino, seus olhos e suas mãos. Sentiu o cheiro do menino, morto. Identificou-se com ele. E passou-lhe vida. Enquanto estava ali, debruçado sobre o menino, seu corpo foi aquecendo.
Eliseu levantou-se. Caminhou pelo quarto de um lado para o outro. Com certeza, orando. Depois, subiu novamente na cama, estendendo-se sobre o corpo do menino. O menino espirrou sete vezes e abriu os olhos. Simples assim. Para o Senhor não há nada impossível.
Eliseu chamou Geazi. Mandou que fosse imediatamente chamar a sunamita. Geazi foi correndo. Esse Geazi tinha fôlego!
Quando chegou, Eliseu lhe entregou o filho. Ela entrou no quarto, prostrou-se a seus pés, curvando-se com o rosto até ao chão. Embora a emoção fosse imensa, não se esqueceu de agradecer. Em seguida pegou o filho e saiu.
Para o Senhor nada é impossível. Absolutamente nada.
Eliseu novamente entra em cena para abençoar alguém. Aquela mulher. Aquela casa.
E nós? Como tem sido nossa vida? Temos abençoado ou nos cansamos facilmente, acreditando que se abençoamos alguém uma vez, já fizemos “nosso trabalho”?
Mandamos alguém em nosso lugar porque estamos ocupados, ou cansados? Ou resolvemos ir, diante do desespero que se apresenta diante de nós?
Temos coragem de deitar em cima “do morto”, identificar-nos “com ele”, esquentá-lo com nosso próprio corpo e abençoar mais uma vez ou reclamamos que “colocaram um morto em nossa cama” e queremos tirá-lo dali e enterrá-lo, para não “sujar nosso cantinho”?
Que o Senhor nos ensine a servir, a abençoar, a caminhar. Quantas milhas forem necessárias. E quantas vezes for preciso.
Há um tempo atrás, contei essa história sob a ótica dessa mulher. Convido-o a ler, antes de continuar nossa caminhada. http://www.espalhandoasemente.com/2015/12/lutando-por-seus-sonhos.html
Depois de lido o texto acima, continuamos na próxima postagem.
Espero você. Até já.
Texto semelhante:
http://www.espalhandoasemente.com/2018/11/existe-solucao.html
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