Leitura do dia 15/08.
Continuamos nossa caminhada através das páginas de Jeremias.
Ontem vimos o Senhor falar que o cativeiro duraria setenta anos. Também vimos o Senhor enviar Jeremias para falar novamente ao povo. Que se arrependessem. Que voltassem a Ele.
Não quiseram ouvir. Jeremias usa um jugo de boi para entregar a palavra do Senhor às nações vizinhas e ao rei Zedequias. A ordem era submeter-se ao rei de Babilônia.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/08/jeremias-251-2722.html
Hoje caminharemos a partir do capítulo vinte e oito. Até o capítulo trinta.
Era o quinto mês. Jeremias continua usando o jugo de boi.
Estava no templo. Hananias se dirigiu a ele publicamente. Diante de todos os sacerdotes e do povo. Disse que o Senhor tinha uma palavra. Ele removeria o jugo do rei da Babilônia. Dentro de dois anos. Todos os exilados e todos os objetos que foram levados seriam trazidos de volta. Era uma palavra do Senhor.
Quando terminou de falar, Jeremias, que já havia dito, por ordem do Senhor, que o cativeiro duraria setenta anos, respondeu diante dos sacerdotes e do povo que estava no templo. Falou para Hananias que sua profecia se cumprisse. Que o Senhor trouxesse de volta os objetos e os exilados. Mas, que ele ouvisse o que tinha a dizer.
Os antigos profetas, que vieram antes dos dois, falaram contra muitas nações e reinos. Sempre advertiram a respeito de guerra, calamidade e doença. Esse era seu papel. Advertir. Que o povo voltasse para o Senhor, caso contrário seria atingido por guerra, calamidade e doença. Agora, se um profeta anunciasse paz, era preciso esperar que suas previsões se cumprissem. Somente após o cumprimento de suas previsões, era reconhecido como enviado pelo Senhor.
Sabe o que Hananias fez? Tirou o jugo do pescoço de Jeremias e o quebrou em pedaços. Disse que o Senhor, dentro de dois anos, estaria quebrando o jugo de opressão de todas as nações que estavam sujeitas a Babilônia.
É, não tinha jeito. Era uma ideia fixa. Ele queria profetizar aquilo, embora o Senhor não lhe houvesse dito nada. Jeremias saiu dali. Mas, logo em seguida o Senhor ordenou que voltasse e dissesse a Hananias que agora o jugo não seria mais de madeira, seria de ferro. Ele havia colocado todas as nações sob o controle de Nabucodonosor. Até os animais selvagens. O Senhor não o enviara, embora o povo acreditasse em suas mentiras. Ele morreria. Ainda naquele ano. Pois havia se rebelado contra o Senhor.
Ah, que terrível é falar algo em nome do Senhor quando Ele não deu tal ordem.
Naquele mesmo ano, Hananias morreu. Dois meses depois de ter entregue essa mensagem falsa.
Então Jeremias escreveu uma carta aos líderes, sacerdotes, profetas e ao povo que havia sido levado para a Babilônia. Ordenava que construíssem casas. Que se casassem. Que procurassem esposas para seus filhos e maridos para suas filhas. Que se multiplicassem. Que trabalhassem pela paz e prosperidade da cidade onde estavam. Que orassem por ela. Afinal, a prosperidade deles ia depender da prosperidade dela.
Que não se deixassem enganar pelos profetas que diziam que logo voltariam para casa. Não voltariam. Somente após setenta anos de exílio, é que voltariam para sua terra. Então, o Senhor cumpriria as boas promessas que fizera. Ele sabia os planos que tinha para o povo. Planos de bem. Para lhes dar o futuro que eles ansiavam. Eles orariam. O Senhor ouviria. Se O buscassem de todo o coração, O encontrariam.
O mesmo não aconteceria aos que desobedeceram e ficaram em Jerusalém. Seriam perseguidos. E espalhados.
Quanto aos profetas Acabe e Zedequias, filho de Maaseias, seriam queimados vivos por Nabucodonosor. Contavam mentiras ao povo em nome do Senhor. Além disso, fizeram coisas horríveis entre Seu povo. Cometeram adultério com a esposa de seu próximo e mentiram em Seu nome.
“Que coisa terrível é cair nas mãos do Deus vivo”. – Hebreus 10.31
Semaías escreveu uma carta, em seu próprio nome, ao sacerdote Sofonias. Nela perguntou por que Sofonias não havia colocado Jeremias, o louco, no tronco, preso a uma corrente de ferro no pescoço. Ele havia escrito cartas à Babilônia dizendo que o exílio deles seria longo. Sofonias devia tomar uma providência!
Quando Sofonias recebeu a carta, leu para Jeremias. O Senhor ordenou que ele enviasse outra carta. Agora, uma carta aberta, para todos os exilados na Babilônia lerem. Nela o Senhor disse que Semaías profetizou sem ter sido enviado pelo Senhor. Fez com que acreditassem em mentiras. Incitou o povo a se rebelar contra Ele. Seria castigado. Nenhum de seus descendentes veria as coisas boas que o Senhor faria ao Seu povo.
O Senhor ordenou que Jeremias registrasse em um livro tudo que havia lhe dito.
Ele via a aflição de Seu povo. Era um tempo de angústia para Israel. No tempo certo, Ele quebraria o jugo. Seu povo O serviria. E ao Rei, descendente de Davi, que Ele estabeleceria. Que não tivessem medo. Nem desânimo. Ele os resgataria. Precisaram de disciplina porque seus pecados eram muitos. Mas seriam restaurados. No futuro, entenderiam.
É verdade. Ninguém gosta de ser disciplinado. Mas, se estamos errados, precisamos ser. É para o nosso bem. Todo pai e mãe que ama seu filho, o disciplina, para que aprenda o caminho certo. O antigo caminho, pelo qual devemos andar. O caminho proposto pelo Senhor.
A disciplina nos alinha, ainda que seja dolorosa.
“Se Deus não os disciplina como faz com todos os Seus filhos, significa que vocês não são filhos de verdade, mas ilegítimos”. – Hebreus 12.8
“Nenhuma disciplina é agradável no momento em que é praticada; ao contrário, é dolorosa. Mais tarde, porém, produz uma colheita de vida justa e de paz para os que assim são corrigidos. Portanto, revigorem suas mãos cansadas e seus joelhos enfraquecidos. Façam caminhos retos para seus pés a fim de que os mancos não caiam, mas sejam fortalecidos”. – Hebreus 12.11-13
Sejamos obedientes como Jeremias. Mas, se estamos em desobediência ou afastados do Senhor, deixemos que nos discipline. E aprendamos. Ele tem o melhor para nós, Seus filhos.
Continuamos amanhã. Leremos a partir do capítulo trinta e um. Até o capítulo trinta e três.
Espero você. Até lá.
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