Continuamos nossa caminhada através do livro de Mateus.
Nas postagens anteriores vimos os religiosos pedindo um sinal ao Senhor. Sua advertência a tomar cuidado com o "fermento" dos religiosos. O Espírito Santo revela a Pedro quem é o Senhor Jesus. Ele prediz Seu sacrifício. http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-161-28.html
Também vimos Sua transfiguração. A cura de um menino possesso. O Senhor pagando o imposto dEle e de pedro. Os discípulos querem saber quem é maior no Reino. Ele responde como entrar no Reino. Adverte sobre as ciladas. Conta a parábola da ovelha perdida. Ensina como tratar o pecado do irmão. Quantas vezes devemos perdoar. Também conta a parábola do servo que não perdoou, embora tenha sido perdoado. http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-171-27.html
http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-181-35.html
Hoje vamos caminhar nas páginas dos capítulos dezenove a vinte e dois. Na primeira postagem, o capítulo dezenove.
Não deixe de ter sua Bíblia em mãos. Em Atos 17.11 está escrito que os bereanos eram mais nobres que os tessalonicenses. Receberam a mensagem com grande interesse e examinavam todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era como estavam ouvindo.
Não devemos acreditar em tudo que ouvimos, devemos ser como os bereanos. Conferir tudo nas Escrituras.
Quando o Senhor Jesus acabou de ensinar a dura lição, para muitos, sobre perdão, saiu da Galileia e foi para a região da Judeia. Com Seus discípulos.
Como sempre, grandes multidões os seguiam. E como sempre, Ele curava a todos. O Senhor Jesus está sempre disponível para estender Sua mão e nos curar.
E como sempre, o que vemos? Alguns fariseus se aproximam dEle. E para quê? Novamente para colocá-Lo à prova.
Temos nos aproximado de Jesus, enquanto caminhamos pelas páginas de Mateus. É tão bom estar perto dEle, ouvir Seus ensinos, Sua voz. Mas esses fariseus não queriam aprender. Queriam apenas colocá-Lo à prova. Mais nada. Não ficavam como eu, perplexa e maravilhada com Seus ensinos, com minha plaquinha “aplausos” levantada, quase pulando o tempo todo de alegria, maravilhada com Sua sabedoria.
Conheciam as Escrituras. Sabiam o que Moisés havia escrito, mas perguntaram a Jesus se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo.
Naquela época havia duas escolas. Uma dizia que o homem só devia dar carta de divórcio à sua mulher, se ela fosse infiel. A outra escola dizia que o homem podia dar essa carta se não a quisesse mais, ou seja, por qualquer motivo, até se a mulher, por algum descuido, deixasse a comida queimar. Ou simplesmente porque enjoou. E só o homem podia dar carta de divórcio.
Gosto da maneira como o Senhor responde. Sempre. Ele vai ao princípio. À raiz. Não responde simplesmente “não” ou “sim” e sai andando por causa de Seus inúmeros afazeres. É isso que me faz ficar e ouvir o que tem a dizer. Responde com uma pergunta. Eles, que eram estudiosos das Escrituras, não tinham lido que, no princípio, o Criador os fizera homem e mulher e disse que, por essa razão (o casamento), o homem deixaria seu pai e mãe e se uniria à sua mulher, tornando os dois uma só carne? Assim, já não eram dois, mais sim um só. Portanto, o que Deus uniu, ninguém deveria separar. Esse era o princípio, o desejo de Deus. Casamentos saudáveis. Uma aliança que não se desfaz.
Os fariseus, não satisfeitos com Sua resposta, uma vez que não respondeu o que queriam ouvir, perguntam por que Moisés mandara dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora.
Duvido que quisessem realmente saber a resposta. Queriam que Jesus contradissesse Moisés para O acusarem de blasfemar contra as Escrituras.
Minha plaquinha está pronta para ficar em pé novamente, aguardando Sua resposta, sempre tão pontual e verdadeira.
Ele responde que Moisés permitira o divórcio por causa da dureza de seus corações. Quer mais? A dureza do coração do homem fez com que houvesse uma lei dizendo que o homem poderia se divorciar de sua mulher.
Jesus continua que não era assim no princípio. Disse que aquele que se divorciasse de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casasse com outra, estaria cometendo adultério. Posso ouvir o suspiro de muitos. Olhos esbugalhados. Bocas abertas.
Os fariseus não falaram nada. Não retrucaram. Acho que foram embora. Não estou vendo.
Olho para Jesus e os discípulos. Estão prestes a perguntar algo ao Senhor.
O divórcio era tão banal e comum naquela época (como é hoje, infelizmente), que os discípulos ficaram espantados e disseram ao Senhor que se aquela era a situação entre o homem e sua mulher, era melhor não casar.
Os próprios discípulos parecem seguir a escola que dizia ser correto o divórcio por qualquer motivo banal. Divórcio era a resposta. Não o relacionamento, a reconciliação. Não a tentativa de resolver a questão e chegar a um acordo. Nessa situação, a mulher estava completamente desprotegida. Por qualquer motivo era jogada de lado.
Jesus não coloca panos quentes na situação. Responde que se um homem estiver disposto a não ter relações sexuais (ser eunuco), então é melhor não se casar. E ponto. Não tenta consolar os discípulos, nem vem com aquele “veja bem” que conhecemos. Não encontra um caminho tortuoso para satisfazê-los. Não. O que falou era a verdade. Era o que deveria ser seguido. E ponto.
Claro que sabemos que existem casos e casos e cada caso deve ser observado com as suas individualidades. Mas o coração de Deus é um coração reconciliador. Devemos observar o princípio. Suas palavras com certeza foram muito fortes.
Se desejar saber mais sobre divórcio, leia o livro "A Lei, a Moral e o Divórcio", do Pr. Marcos Borges, o Coty. É da Editora Jocum. Excelente. Esclarecedor. Libertador. Super indico.
Depois, trouxeram crianças para que Ele impusesse as mãos, abençoando-as, e orasse por elas. Os pais queriam ter seus filhos abençoados pelo Senhor. Claro. Quem não iria querer?
Mas os discípulos repreendiam essas pessoas, não querendo que as crianças se aproximassem. Ele ordenou que as deixassem ir até a Ele, que não as impedissem. Disse também que o Reino dos céus pertencem aos que são semelhantes a elas, como havia falado anteriormente.
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Após impor as mãos e abençoá-las, partiu dali.
Partimos com Ele. Andar com Jesus é sempre instigante.
Um jovem se aproxima. Pergunta-lhe, chamando-O de Mestre, o que deve fazer de bom para ter a vida eterna.
Todos ficam em silêncio. Querem ouvir Sua resposta. Ele questiona porque o jovem pergunta sobre o que é bom. Há somente um que é bom. Se ele quer entrar na vida, deve obedecer os mandamentos. Uau!
O jovem, com dúvidas circulando em sua mente, pergunta quais mandamentos.
O Senhor responde, citando alguns, como podemos observar lendo o texto. Claro, sua Bíblia está aberta e você está conferindo tudo, certo?
O jovem responde que tem obedecido a todos. Seu semblante parece não ter paz e ele faz a pergunta que realmente estava em seu coração: “O que me falta ainda?” Uau, de novo! Fico boquiaberta. Quantas vezes fizemos essa pergunta? Ou ainda estamos fazendo?
“O que me falta ainda?”
O Senhor responde, como sempre, de forma completa e maravilhosa. Sabia o que estava no coração do jovem. Sabia seus anseios e seus desejos. Disse-lhe que se quisesse ser perfeito, deveria ir, vender seus bens e dar o dinheiro aos pobres. Assim, teria um tesouro nos céus. Depois, voltasse para segui-Lo.
Aquele jovem não queria apenas herdar a vida eterna. Queria ser perfeito. Por isso a resposta do Senhor. Devia desapegar-se de seus bens materiais, de sua riqueza material, vender seus bens e dar aos pobres. O Senhor assegurou-lhe de que teria um tesouro nos céus, onde sabemos que a traça e o ladrão não têm acesso. Depois que fizesse isso, desapegado de tudo que lhe era mais precioso, ou seja, negando-se a si mesmo, devia vir e seguir o Senhor.
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http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/tesouro-verdadeiro.html
Sempre assim. "Negue-se" vem primeiro. Não podemos seguir ao Senhor sem nos negarmos. Afinal, nem sabemos onde estamos indo. Sabemos com quem, mas não para onde.
Observo a cena com atenção. Jesus, como sempre, tão específico, tão claro, tão direto.
Aquele jovem afastou-se triste. Era muito rico. Seu coração estava em suas riquezas. Era fácil para obedecer aos mandamentos, mas muito difícil desfazer-se de seus tesouros, pois ali, em seus bens materiais, é que estava seu coração.
Depois que o jovem se afastou, Jesus diz a Seus discípulos que dificilmente um rico entrará no Reino dos céus e para deixar bem claro o quão difícil era, diz que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus. Uau, fico pensando. Muito difícil mesmo.
Assim como eu, os discípulos ficam perplexos e perguntam quem pode ser salvo!
Jesus olha para eles e responde que para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis. Não há impedimento em nada para o Todo-Poderoso. Tudo é possível para o Criador e Rei do Universo.
Pedro, sempre ele (já disse que o amo), fala que haviam deixado tudo para segui-Lo. E pergunta o que seria deles.
A resposta de Jesus é surpreendente. Afirma estar dizendo a verdade. Quando chegar aquele maravilhoso dia, em que tudo será regenerado, se assentará em Seu glorioso trono e eles, que O seguiram, também se assentariam em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todos (todos) que tivessem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por Sua causa, receberiam cem vezes mais e herdariam a vida eterna.
É demais para meus pensamentos. Ser restituído apenas em uma vez seria suficiente, duas, já seria excelente. Cem vezes mais? Sua bondade é assim. Restitui a cem por um, como uma colheita próspera, onde tudo acontece exatamente como deve acontecer, com chuva e sol, calor e frio, a seu tempo, na medida certa.
Em mim ecoa essa pergunta? “O que me falta ainda?” Ela ecoa em você?
Vamos parar, sentar em uma dessas pedras no caminho. Sondemos novamente nossos corações. “O que me falta ainda?” Quero ser totalmente Sua, Senhor, sem nenhum tipo de reservas. E você?
https://www.youtube.com/watch?v=Va8srvjwgAA
O capítulo dezenove de Mateus termina com uma frase intrigante. Muitos primeiros seriam últimos e muitos últimos seriam os primeiros.
Continuamos na próxima postagem.
Espero você. Até já.
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