sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Mateus 17.1-27

Leitura do dia 16/10.

Na postagem anterior, vimos os religiosos pedirem um sinal. O Senhor fala do fermento dos fariseus. Pedro tem a revelação de quem é Jesus. E Ele prediz Seu sacrifício.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-161-28.html

Agora, entramos no capítulo dezessete de Mateus.

Seis dias depois de Jesus ter afirmado que alguns dos discípulos não morreriam sem O verem em Seu Reino, Ele foi juntamente com Pedro, Tiago e João a um monte alto.

Ali, O viram transfigurado diante deles. Uma “amostra” dEle em Seu Reino. Sua face brilhava como o sol e Suas roupas se tornaram brancas como a luz, resplandecentes. E, para completar o magnífico quadro, Moisés e Elias apareceram diante deles, conversando com Jesus.

Posso imaginar a cena. Se estivesse ali, com certeza estaria de joelhos, tremendo diante de tal imagem, mas Pedro, sempre Pedro, o corajoso e arrebatador Pedro (claro que o amo), disse a Jesus que era bom estarem ali. Lógico que era, presenciar Jesus daquela maneira e ainda ver Moisés e Elias, os representantes da Lei e dos Profetas!

E Pedro, em sua coragem, continuou e disse que se o Senhor quisesse, faria três tendas, uma para cada um. Queria ficar ali, por um bom tempo. Era um privilégio muito grande presenciar aquilo.

Mas enquanto Pedro ainda falava, uma nuvem também resplandecente os envolveu e dessa nuvem uma voz disse: “Este é o meu Filho amado, que me dá muita alegria. Ouçam-No”!

Ao ouvirem, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra e ficaram aterrorizados. A voz devia ser simplesmente fantástica. Eles viram o Senhor transfigurado, viram Moisés e Elias e Pedro até teve a coragem de conversar com Jesus naquele momento, mas quando ouviram aquela voz, prostraram-se com o rosto em terra. E ficaram aterrorizados.

A essa altura, já me desmanchei. Estou completamente derretida diante de tal majestade.

Leia os versículos abaixo, pare um pouquinho e tente ouvir Sua majestosa voz.

“A voz do Senhor ecoa sobre o mar, o Deus da glória troveja; sobre o imenso mar, o Senhor fala. A voz do Senhor é poderosa, a voz do Senhor é majestosa. A voz do Senhor quebra os grandes cedros,” – Salmos 29.3-5a

“A voz do Senhor risca o céu com relâmpagos. A voz do Senhor sacode o deserto, o Senhor faz tremer o deserto de Cades. A voz do Senhor torce os fortes carvalhos e arranca as folhas dos bosques;” – Salmos 29.7-9a

Como não ficar aterrorizado diante de tal poder? Como não obedecer tal voz?

O Todo-Poderoso, Criador dos céus e da terra, falou. E em Sua fala apontou para a identidade do Senhor Jesus e deu uma única ordem: “Ouçam-No”!

O foco não era Moisés, nem Elias, homens de Deus, mas era Jesus, o Filho amado do Pai. É a Ele que devemos ouvir, Ele é o nosso foco!

Não estou dizendo que não devemos ouvir Moisés ou Elias. Eles apontam para Jesus. Mas é Jesus quem devemos ouvir. Tudo é por Ele e para Ele (Romanos 11.36).

Quando os discípulos ainda estavam ali, aterrorizados, com a boca na terra e eu, com certeza, desmanchada e derretida, Jesus os tocou e disse: “Levantem-se! Não tenham medo!”

Antes de se levantarem, ergueram os olhos. Claro, suas pernas deviam estar como gelatinas. Ao olharem, não viram mais ninguém, a não ser Jesus. Jesus, onde nossos olhos devem estar fixos. Jesus, nosso Guia e Rei, Jesus, a quem devemos ouvir.

Quantas vozes temos ouvido, quantas pessoas temos visto nos dias de hoje! Um fala uma coisa, outro fala outra. E muitos estão como uma bola de tênis, de um lado para outro, outros estão pior do que “cego em tiroteio”, sim, pior, porque o cego consegue discernir de onde vem o barulho do tiroteio, e muitas pessoas estão sem conseguir discernir absolutamente nada.

Como ter discernimento nestes dias? Seguindo o conselho do Todo-Poderoso, e ouvindo o Senhor Jesus, Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Somente Ele nos leva ao Pai (João 14.6). Sua Palavra está à nossa disposição, repleta de ensinos sobre Ele.

Depois que suas pernas voltaram ao normal (as minhas levariam muito tempo), eles desceram do monte. No caminho, Jesus lhes disse que não contassem a ninguém o que havia acontecido ali, até que tivesse ressuscitado dos mortos.

Os discípulos perguntaram ao Senhor sobre Elias, pois os mestres da lei diziam que Elias deveria vir primeiro, ou seja, antes do Messias. Jesus respondeu que Elias haveria de vir e restaurar todas as coisas. Mas, Elias já viera. Não o reconheceram, fizeram com ele tudo que quiseram. Da mesma forma o Filho do homem seria maltratado. Entenderam que Jesus estava falando de João Batista, "o Elias" que O precedeu.

Como é importante reconhecermos aqueles que o Senhor nos envia!

Estamos vivendo tempos nunca vividos na história. O Senhor está levantando "Joãos Batistas" nos quatro cantos da terra, antes que Ele volte. Aprendamos a reconhecê-los. Se olharmos para Jesus, com certeza os reconheceremos. Eles sempre apontam para Ele. São apenas a voz. Querem diminuir, enquanto Ele cresce.

Não sei você, eu fico impactada com essa cena. Como gostaria de estar lá. Com certeza me colocaria à disposição de Pedro para ajudá-lo a construir aquelas três tendas. Mas então, vejo o Senhor olhando para mim. Sei que é somente para Ele que preciso olhar. Sei que é Ele quem preciso ouvir. Não posso ficar o tempo todo no monte. Tenho que descer. Há coisas a fazer no dia a dia. Preciso testemunhar o que fez por mim. Preciso dizer quem Ele é.

É assim que funciona: Olhamos para Ele, sabemos Sua identidade, Ouvimos o Senhor e O transmitimos aos outros, através de palavras, gestos e ações. Não tem outra maneira de vivermos.

As tendas terão que esperar. É hora de descer e acompanhar ao Senhor, onde quer que Ele vá, negando-nos a nós mesmos e tomando nossa Cruz. Façamos isso, então.

Quando Jesus e os três discípulos mais chegados a Ele (Pedro, Tiago e João), desceram do monte, foram onde estava a multidão reunida. Os outros discípulos ali estavam.

Um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se diante dEle e pediu que tivesse misericórdia de seu filho. Ele tinha ataques e sofria muito. Várias vezes caía no fogo ou na água, machucando-se e correndo risco de vida. Explicou que o trouxe aos discípulos que ali estavam, mas não puderam curá-lo.

O Senhor Jesus os repreendeu, chamando-os de geração incrédula e perversa e ainda perguntou: “Até quando terei que suportá-los?”

Será que o Senhor Jesus estava de mau humor? Por que Ele foi tão duro?

Antes de mais nada, Ele fez o que, no momento, era o mais necessário. Mandou que trouxessem o menino até Ele. Repreendeu o demônio e o menino ficou curado. O Senhor se importava com o bem estar e a vida daquele menino. Ele sempre se importa.

Antes que falasse mais alguma coisa, Seus discípulos chegaram até Ele, em particular (medo de Seu humor?), e O questionaram por não terem conseguido expulsar aquele demônio.

A resposta de Jesus esclarece tudo. A fé era pequena. Ele lhes assegurou, veja bem, assegurou, que se tivessem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderiam dizer a um monte que trocasse de lugar, e o monte obedeceria na mesma hora, e iria para o lugar que fosse mandado. Nada seria impossível para eles.

Prosseguiu dizendo que “essa espécie só sai pela oração e pelo jejum”.

Vamos parar um pouquinho aqui e pensar. Não temos pressa para prosseguir.

Você já viu um grão de mostarda? É muito pequeno. Talvez um grão de arroz seja o tamanho de três grãos de mostarda. Que tamanho é nossa fé? Não sei a sua. A minha com certeza não é do tamanho ínfimo de um grão de mostarda. É menor. Não tenho fé para dizer a um monte literalmente que troque de lugar. Mas, ainda que minha fé seja tão pequena, tenho fé para “mover” alguns montes que têm aparecido em minha vida. Infelizmente, não todos. Ainda. Mas prossigo para o alvo, que é Jesus.

O Senhor Jesus disse que se tivéssemos fé, do tamanho desse grão de mostarda, nada seria impossível para nós. Nada. Ah, que o Senhor aumente nossa fé!

Com Sua resposta podemos perceber porque o Senhor foi tão duro. Não estava de mau humor. Tinha domínio próprio, era manso (força sob controle). Estava indignado. Indignado porque ninguém pode chegar-se ao Senhor se não tiver fé. Ninguém. Estava irado. Sua ira é sempre justa. Não carrega ódio. Só justiça.

“Sem fé é impossível agradar a Deus. Quem deseja se aproximar de Deus deve crer que Ele existe e que recompensa aqueles que O buscam.” – Hebreus 11.6

Em Romanos 1.17 está escrito: “As boas novas revelam como opera a justiça de Deus, que, do começo ao fim, é algo que se dá pela fé. Como dizem as Escrituras: “O justo viverá pela fé”.

A justiça de Deus, revelada no Evangelho, é do princípio ao fim pela fé. Do princípio ao fim. Falta de fé é muito sério. Sem ela, é impossível agradarmos ao Senhor. Ele deixou isso claro quando perguntou: “Até quando terei que suportá-los”?

Temos nos achegado a Ele com fé? Ainda que seja uma fé pequena? Sem ela, não temos como nos achegar. Em Hebreus, como lemos acima, fala que é “indispensável”.

Que o Senhor nos dê fé. Ah, Ele, nosso maravilho Senhor, nos fala como obter esse tipo de fé, que aprende a crer nEle. Oração e jejum. Seja lá que espécie de problema, dificuldade, doença ou demônio tivermos que enfrentar, precisamos obter fé. Através de oração e jejum.

“Gastando” tempo com Ele, aprenderemos mais sobre Seu caráter, sobre Sua identidade e nossa fé nEle aumenta. Aprendemos a ver com olhos que enxergam e a ouvir com ouvidos que ouvem. Aprendemos sobre Seu caráter. E cremos nEle.

O jejum, feito corretamente, nos aproxima dEle. Lembre-se, o jejum é para nós, não para O convencermos de algo.

Desejamos ter fé? Desejamos que nossa fé aumente? Oração e jejum. Somente. A palavra que Ele usou foi: somente.

Estou meio boquiaberta, mas Ele foi categórico. Olho para Ele. Percebo que não é mau humor. É ira santa. Indignação. Pura e santa. Justa.

Após essa lição, o Senhor, reuniu-se com Seus discípulos na Galileia. Disse-lhes que seria entregue nas mãos dos homens, que O matariam. Mas ao terceiro dia (aleluia), ressuscitaria.

Os discípulos, ao invés de se alegrarem porque assim as palavras dos profetas se cumpririam, e a nossa redenção estaria completa, ficaram cheios de tristeza. Não conseguiam ainda “crer” e absorver a ideia da ressurreição. Ainda não conseguiam entender o papel do Senhor Jesus.

Olho para eles. Será que eu, naquela situação, entenderia? Mais uma vez clamo por fé. Para mim. Para você.Junte-se a mim.

Prosseguimos através do capítulo dezessete.

Encontramos Pedro, em Cafarnaum, cidade onde morava, sendo abordado pelos coletores de impostos do templo.

Havia dois tipos de impostos (bem menos que hoje, bem menos que aqui).

Um imposto, do qual Mateus, que escreveu o livro que estamos caminhando, era coletor. Eram impostos para os romanos. Esses coletores eram odiados pelos judeus. Como dominantes de toda aquela região, os romanos cobravam impostos, para administração e melhorias e, como hoje, muitas vezes não eram utilizados para tal. E quando eram, seus beneficiários deveriam obedecer os que realizaram as melhorias.

O outro imposto, orientado por Deus a Moisés, quando da entrega da Lei (Êxodo 30.13), servia para manutenção do templo. Anualmente, era recolhido de todos os homens, a partir de vinte anos de idade. Duas dracmas, o equivalente a meio shekel. O valor do salário de aproximadamente dois dias de trabalho. O shekel ainda é usado em Israel, como moeda nacional.

Pois bem, o que responder à pergunta, “à queima roupa”, desses coletores? Queriam saber se Jesus pagava o imposto do templo. Curiosidade? Duvido. Queriam arrumar mais uma desculpa para acusá-Lo de estar fazendo algo contra a lei, já que todos os homens acima de vinte anos deveriam pagar tal imposto.

Pedro, conhecendo Jesus, sabendo que cumpria toda a lei, respondeu imediatamente: “Sim, paga”.

Não sei quais pensamentos estavam em sua cabeça. Acredito que não dispunha do dinheiro ali, na hora, caso contrário, teria pago. Com certeza foi pelo caminho pensando em como abordar Jesus. Talvez preocupado. Não pescava mais como antigamente. Agora seguia o Senhor por onde quer que fosse. O tempo todo.

Ah, amo essa cena. Preste atenção. Olhe só o que irá acontecer.

Estamos em casa com Jesus. Pedro chega preocupado, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, Jesus fala primeiro. E olha que estamos falando de Pedro, o falador. Consegue perceber o amor e o cuidado do Senhor aqui, num simples caso de imposto do templo?

Ele pergunta: “O que você acha Pedro?” Jesus gosta de perguntas. Está sempre fazendo perguntas. Até responde uma pergunta com outra. Sempre nos fazendo pensar. Seu desejo não é, nunca foi, sermos robotizados, pessoas que seguem algo cegamente, sem saber para aonde ir. Como cegos guiando outros cegos, conforme Mateus 15.14. Ele deseja de nós que O amemos de todo nosso coração, de toda nossa alma e de todo nosso entendimento (Mateus 22.37). Andar por fé não significa ignorância. Posso não saber para onde estou indo, como Abraão, mas sei a quem estou obedecendo (Gênesis 12.1). À medida que obedecemos, Ele nos revela um pouco mais. Faz-nos perguntas. Nós fazemos também. E Ele bondosamente nos responde, ao Seu tempo.

Pedro começa a pensar, não sabia sobre o que o Senhor estava falando. Ainda. O Senhor costuma fazer essa pergunta para nós. “O que você acha Symone?” Algumas vezes conseguimos responder. Outras não. Então, Ele mesmo vem em nosso auxílio e responde. E quando responde, tudo fica claro. Entendemos Sua pergunta. Entendemos Sua resposta. Concordamos com Ele. E, importante, O obedecemos.

Sempre que pergunta “O que você acha?”, explica exatamente do que está falando. E continua: “De quem os reis da terra cobram tributos e impostos: de seus próprios filhos ou dos outros”?

Agora ficou fácil para responder. Consegue imaginar um rei cobrando imposto dos príncipes e das princesas, seus filhos, que moravam com ele, dentro de seu fabuloso castelo? Nem Pedro, que respondeu ao Senhor: “Dos outros”.

Jesus conclui: “Então os filhos estão isentos.” Isso é claro como água. Continua: “Mas para não escandalizá-los...” Ah, o Senhor sabe o que está fazendo. Sempre. Se sabia que haviam interrogado Pedro, sabia também qual fora sua resposta. Conhecendo o caráter de Jesus, estava certo de que pagaria o imposto. Consegue enxergar que a resposta de Pedro iria mover Jesus a agir de alguma maneira?

Estamos ali, observando aquela cena. Concordando com tudo. É tão simples e claro!

Para nossa surpresa (como sempre, estou boquiaberta), Jesus fala para Pedro ir ao mar, jogar o anzol, tirar o primeiro peixe e abrir-lhe a boca. Encontraria uma moeda. Uma moeda de quatro dracmas.

Meu queixo cai. Como assim?

Ah, uma moeda de quatro dracmas dava para pagar o imposto de duas pessoas. Jesus ordena que Pedro, após pescar, pague o imposto dos dois, “o meu imposto e o seu”.

Não é lindo?

Jesus, o Supridor-Mor, dá uma ordem específica a Pedro. O texto não entra em detalhes, mas é claro que Pedro na mesma hora obedeceu. Imagine ouvir o que ouviu e não sair correndo? Corro atrás dele. Essa eu preciso ver.

Está aqui escrito, aconteceu. Pedro foi, lançou o anzol ao mar. Coração acelerado. Olha para o peixe. Boca fechada. “Vou encontrar uma moeda na boca desse peixe? E ainda por cima, de duas dracmas?” Mas foi o que aconteceu. Abriu a boca do peixe. Havia ali uma moeda de duas dracmas, como o Senhor falou. Ele nunca mente. Pedro foi e pagou o imposto dos dois.

Jesus quando ordenou aquela pesca, pagou o imposto dEle e de Pedro. Importou-se em obedecer a lei do templo. Pagou Seu imposto. Supriu a necessidade de Pedro. Com uma moeda de quatro dracmas, encontrada na boca de um peixe. Impossível? Ele não dá valor algum a essa palavra (Mateus 19.26).

E Pedro? Não sentiu-se constrangido. Obedeceu o Senhor. Pagou o imposto dos dois. Não argumentou “Senhor, vou trabalhar dois dias para pagar o meu, certo?” Não. Nada disso. Aceitou o oferecimento do Senhor.

Quanto podemos aprender desse simples texto! Perguntas. Respostas. Suprimento. Impossibilidades acontecendo.

Para o Senhor não há limites. Precisamos aprender a ouvi-Lo, a responder Suas perguntas e obedecer.

Esse peixe ainda deve ter sido assado e comido por eles. Nada de desperdício. Lembra das duas multiplicações de pães e peixes? Os cestos que sobraram foram recolhidos.
http://www.espalhandoasemente.com/2017/12/continuamos-nossa-viagem-atraves-do.html?m=1
http://www.espalhandoasemente.com/2017/12/a-segunda-multiplicacao-dos-paes-e.html

Quase posso sentir o cheiro desse peixe assando. Que delícia!

Prosseguimos na próxima postagem.

Espero você. Até já.

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