segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Mateus 9.1-16

Leitura no dia 13/10.

Na postagem anterior vimos o Senhor acalmar a tempestade e expulsar demônios.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-823-34.html

Agora, caminharemos através do capítulo nove de Mateus. Até o versículo dezesseis.

Ele chega na cidade onde estava morando, muito provavelmente Cafarnaum. Alguns homens trouxeram-lhe um paralítico na maca. Quando Jesus viu a fé que tinham, teve que reagir.

Quero observar essa cena. Um homem paralítico. Em outros Evangelhos, é contado que seus amigos, por não conseguirem chegar próximo a Jesus, o levaram até o telhado, abriram o telhado e desceram a maca à frente de Jesus.

Consegue imaginar a força que aqueles homens empregaram para auxiliar um amigo? Um homem deitado, que não podia se mexer. Uma maca. Um telhado. Primeiro o levaram até lá e depois tiveram que retirar o telhado, que não era feito de telhas. Muita disposição! Jesus olhou para eles e viu a fé que tinham. Então, disse ao paralítico: “Anime-se, filho! Seus pecados estão perdoados”.

Já ouvi algumas vezes que Jesus “era da paz, só falava em paz” e coisas do gênero. Mas o correto a dizer é que Jesus é a verdade. Muitas vezes chocava Seus ouvintes. E realmente queria chocar. Verdades geralmente são chocantes. Precisam ser.

Alguns mestres da lei que estavam ali presenciando a cena. Não ficaram admirados com a fé daqueles homens. Não. Ficaram indignados com Jesus, acusando-O em seu íntimo. De blasfêmia.

Jesus conhecia seus pensamentos. Ah, é fantástico! Ele pergunta aos mestres da lei: “Por que vocês reagem com tanta maldade em seu coração?”. E prossegue, “Eu lhes mostrarei que o Filho do Homem tem autoridade na terra para perdoar pecados”. Ele disse ao paralítico: “Levante-se, pegue  sua maca e vá para casa”.

Fico imaginando as pessoas boquiabertas acompanhando aquele diálogo. Jesus falou que os pecados do homem estavam perdoados porque queria que os mestres da lei soubessem que Ele tem autoridade na terra para perdoar pecados. Podia simplesmente ter dito ao paralítico para levantar-se. Mas queria ir além. Queria revelar algo. E o fez.

E aquele homem, tenho vontade de rir, “se levantou e foi para casa”. Satisfeito. Feliz da vida. Perdoado e curado. Completamente restabelecido.

Um homem que não podia sair da cama, agora coloca-a nas costas e sai andando. Uau! É demais para mim. Tenho que me juntar à multidão que se encontrava ali. Eles ficaram cheios de temor e glorificavam a Deus, que dera tal autoridade aos homens.

Jesus está caminhando. Vê um homem sentado na coletoria. Ele não vê um coletor de impostos. Ele vê um homem. Chamado Mateus (“Presente de Yaweh”). E o chama: “Siga-me”. Ele levantou-se e O seguiu. Simples assim.

O coletor de impostos ou publicano era mal visto entre a comunidade de Israel. Era um judeu escolhido para cobrar impostos para os romanos e, na maioria das vezes, cobrava mais que o devido. Não eram confiáveis. Não podiam servir de testemunha, nem de juiz. E quase sempre, eram expulsos das sinagogas.

E quem Jesus chama para segui-Lo? Ele mesmo, Mateus, o publicano. O “exército” de Jesus é composto de improváveis. E Ele mesmo explica o motivo.

No versículo dez, Mateus (o tal publicano que foi chamado por Jesus, e quem escreveu o livro que estamos lendo), nos conta que Jesus estava em sua casa. Vieram comer com ele e seus discípulos, muitos publicanos e pecadores.

Quando os fariseus viram, perguntaram aos discípulos de Jesus porque Ele comia com publicanos e pecadores. Os discípulos não tiveram tempo de responder. Foi Jesus quem respondeu, dizendo que os que precisam de saúde são os doentes, não os sãos. Eles se consideravam sãos aos seus próprios olhos, não precisavam de Jesus. E foi além, ordenou que aprendessem o que significa: “Desejo misericórdia, não sacrifícios”. E, caso não tivessem entendido, explicou que Ele veio chamar os pecadores, não os justos.

As pessoas gostavam de Lhe fazer perguntas. Normalmente ou está curando, ou expulsando demônios ou respondendo a alguém. Alguns porque realmente gostariam de saber, outros porque O estavam provando, outros porque achavam alguma situação absurda e perguntavam: “Como assim? Por que isso ou aquilo?”.

Agora são os discípulos de João que chegam até Jesus e perguntam porque os fariseus e eles (discípulos de João) jejuavam, mas os discípulos de Jesus, não. Ele foi bem direto. Era o noivo. Estava com Seus discípulos. Quando não estivesse mais, com certeza jejuariam. Sentiriam tal necessidade.

E aqui dá um exemplo interessante. Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha. Ora, é lógico que não. Ninguém vai comprar um tecido novo para remendar outro que já está velho. O mesmo acontecendo com o vinho. Só se coloca vinho novo em odres novos. Os dois envelhecem juntos. É necessário um processo. O vinho envelhecido é melhor. Um vinho novo em um odre velho, arrebentaria o odre.

Continuamos na próxima postagem.

Espero você. Até já.


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