terça-feira, 12 de novembro de 2019

Lucas 12.1-59

Leitura do dia 28/10.

Na postagem anterior vimos Jesus ensinar a orar. Acusaram-No de expulsar demônios pelo poder de Belzebu. Ele fala sobre Jonas e Salomão. É maior que os dois. Conta a parábola da lâmpada. E critica os líderes religiosos.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/11/lucas-111-54.html

Continuamos agora, no capítulo doze do livro de Lucas.

Jesus saiu da casa do fariseu. Saímos com ele.

Uma multidão se juntou. Milhares de pessoas. A ponto de se atropelaram umas às outras.

Jesus começa a falar, primeiro a seus discípulos para que tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que era a hipocrisia. Eles agiam com intenções diversas às que deveriam ter.

Prossegue dizendo que não há nada escondido que não venha a ser descoberto. Tudo que está oculto será conhecido. O que se disser nas trevas será ouvido à luz do dia e o que for sussurrado aos ouvidos dentro de casa, será proclamado nos telhados. Precisamos ser verdadeiros.

Ele nos alerta, sim, a todos nós, que não devemos ter medo dos que matam o corpo e depois não podem fazer mais nada. Devemos temer o Senhor que tem poder sobre nossa eternidade.

Ah, valemos mais que muitos passarinhos. Até os cabelos das nossas cabeças estão contados.

Os fariseus não queriam confessar quem o Senhor Jesus era porque estavam muito mais interessados em suas posições. Jesus afirma que todos que O confessarem diante dos homens, Ele o reconhecerá diante dos anjos de Deus. Em contrapartida, todos que O negarem também serão negados diante dos anjos de Deus.

As instruções vão ficando cada vez mais sérias. Quem disser alguma palavra contra o Filho do Homem (como Ele se autodesigna) será perdoado, mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será.

Qual o papel do Espírito Santo? Convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo, conforme João 16.7-11.

O Senhor sabia que haveria perseguição contra o Evangelho, chamado de Caminho nos primeiros dias. Advertiu a Seus discípulos que quando fossem levados às sinagogas e diante dos governantes e autoridades, não se preocupassem em como se defender, ou o que dizer. O Espírito Santo, nosso professor, lhes ensinaria.

Temos servido o Senhor pelos motivos certos? O que temos feito, temos feito para agradá-Lo ou para nos apresentar diante dos homens, como os fariseus faziam? Tememos o Senhor ou os homens e o que podem fazer conosco? Estamos dispostos a confessá-Lo diante dos homens, independente das circunstâncias e consequências? Cremos que nos ama, que somos mais valiosos que muitos passarinhos? Acreditamos que se importa conosco a ponto de saber quantos fios de cabelo há em nossas cabeças? Estamos dispostos a confiar no Espírito Santo para nos orientar? Estamos dispostos a obedecê-Lo?

Que Sua graça esteja sobre nós. https://www.youtube.com/watch?v=Va8srvjwgAA

Alguém no meio da multidão pediu que Ele dissesse ao irmão que dividisse sua herança com ele.
Jesus responde com uma pergunta: “Homem, quem me designou juiz ou árbitro entre vocês?”.

Aproveita para dar um alerta. Devemos ter cuidado. Ficarmos de sobreaviso contra todo tipo de ganância.

Sabe por quê? Porque a vida de um homem não consiste na quantidade dos bens que possui.

Para que ficasse bem claro o que estava dizendo, contou uma parábola.

Um homem, que já era rico, produziu muito bem. Pensou com ele mesmo o que faria, já que não tinha onde armazenar sua colheita. Então, disse consigo mesmo que já sabia o que faria. Derrubaria seus celeiros e construiria outros maiores. Depois diria que já tinha muitos bens armazenados para muitos anos. Poderia então descansar, comer, beber e alegrar-se.

Contudo, Deus lhe disse que ele era insensato. Naquela mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que preparou?

Termina a parábola dizendo que assim acontece com os que guardam riquezas para si, mas não são ricos para com Deus.

Temos ficado alertas a todo tipo de ganância? Temos sido ricos para com Deus?

Quando Jetro, sogro de Moisés instruiu que escolhesse setenta homens para ajuda-lo a levar a carga de julgar o povo de Israel, não falou para Moisés escolher homens que tivessem uma grande riqueza ou herança. Falou que deveria escolher homens capazes, tementes a Deus, que fossem dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto (Êxodo 18.21).

Quando os diáconos foram escolhidos, a ordem dos apóstolos foi que escolhessem entre eles sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria (Atos 6.3).

O que realmente importa é quem o homem é e não o que possui. Pode não ser assim para muitas pessoas, mas é assim para Deus, com toda certeza.

As riquezas desse mundo passarão. As eternas, jamais.

Busquemos os tesouros verdadeiros. http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/tesouro-verdadeiro.html 

Os tesouros escondidos. http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/um-tesouro-escondido.html

Que não sejamos como aquele homem louco, insensato. Que saibamos dar valor ao que o Senhor realmente valoriza.

Jesus diz a Seus discípulos para não se preocuparem com a vida diária. Se terão o que comer. Nem com o corpo, se terão o que vestir. A vida é mais que comida. O corpo é mais que roupa.

Devemos observar os corvos. O Senhor os alimenta. Somos mais valiosos que qualquer pássaro.

Não adianta nos preocuparmos. Não conseguimos fazer nada com a preocupação. Que não nos inquietemos com absolutamente nada.

Devemos buscar o reino de Deus, acima de tudo, antes de tudo. E tudo o mais nos será acrescentado.

Não precisamos temer. O Senhor tem grande alegria em nos dar o Reino.

Que não nos apeguemos aos nossos bens. Que pensemos nos tesouros eternos. Nosso coração estará onde estiver nosso tesouro.

Jesus nos instrui a estarmos prontos para servir, conservando nossas candeias acesas, como os que esperam seu senhor voltar de um banquete de casamento, para que, quando chegar e bater, possamos abrir-lhe a porta imediatamente.

Quando o senhor da casa saía, o servo aguardava, acordado, de prontidão, com sua candeia acesa, esperando seu senhor. Não dormia. E não acendia a candeia só após o senhor voltar. O senhor não devia esperar. Assim que batesse à porta, esta devia ser aberta, com luz suficiente para que o senhor entrasse, enxergando seu caminho. Só então, depois que o senhor estivesse bem acomodado, o servo se recolhia para descansar.

Jesus comparou esse acontecimento com Sua volta, dizendo que serão felizes os servos que o Senhor encontrar vigiando, quando voltar. Ele se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa e os servirá. Isso é muito lindo. Tenho vontade de dançar, cantar, levantar minha plaquinha.

Devemos estar preparados. Mesmo que chegue de noite ou de madrugada, felizes serão os servos que o Senhor encontrar assim. A qualquer hora. Sempre com suas candeias acesas e de prontidão para abrir a porta imediatamente.

Jesus diz que precisamos entender uma coisa: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, não permitiria que sua casa fosse arrombada. Como não sabe, precisa estar de prontidão o tempo todo. Assim devemos estar preparados, porque o Senhor virá em uma hora que não sabemos. Mesmo percebendo os sinais, não sabemos exatamente o dia e a hora em que voltará.

Pedro, sempre Pedro, meu querido, pergunta ao Senhor se está contando esta parábola para todos ou apenas para eles, os discípulos. Gosto disso em Pedro. Não canso de falar. Essa ousadia, esse desejo de saber, de aprender, de questionar, esse estar atento.

A resposta não foi o que Pedro esperava. Ele não respondeu para quem era. Respondeu, com outra pergunta: “Quem é o administrador fiel e sensato, a quem seu senhor encarrega dos seus servos, para lhes dar sua porção de alimento no tempo devido? Feliz é esse servo a quem seu senhor encontrar fazendo sua vontade”. Garantiu que esse senhor encarregará o servo de todos os seus bens.

A resposta é para todos que quiserem ser Seus servos.

Ele continua, levantando uma suposição. Se esse servo disser a si mesmo que seu senhor está demorando a voltar, começar a bater nos servos e nas servas que estavam sob sua autoridade, e a comer, beber e embriagar-se; o senhor daquele servo virá num dia em que ele não está preparado e em uma hora que não sabe, o punirá e lhe dará um lugar com os infiéis.

E vai além, dizendo que o servo que conhece a vontade de seu senhor e não prepara o que ele deseja, nem o realiza, receberá muitos açoites. Mas o que não a conhece e pratica coisas merecedoras de castigo, receberá poucos açoites.

Por quê? A quem muito foi dado, muito será exigido, e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.

Que palavras sérias, cheias de responsabilidade!

Somos esses servos? Estamos com nossa candeia acesa? Estamos acordados? De prontidão? Esperando o Senhor?

Sua Palavra nos ensina o que espera de nós. Estamos preparando e realizando Sua vontade? Não teremos a nosso favor nenhuma desculpa. Não poderemos dizer que não sabíamos. Temos recebido muito. O que temos feito com o que temos recebido?

Já passou o tempo de dizer que não sabemos, não podemos. Agora é hora de ação. O Senhor está prestes a voltar. Nossas candeias precisam estar acesas. Ele precisa nos encontrar fazendo o que nos deixou a fazer. Temos uma missão. Cada um de nós.

Qual é a minha? Qual é a sua?

Ele nos encontrará trabalhando e, alegremente, nos servirá?

O Senhor Jesus continua Seu discurso. O que vem falando não são coisas fáceis de ouvir. Mas são necessárias.

Após contar a parábola do servo esperando seu senhor, faz uma bombástica afirmação: “Vim trazer fogo à terra, e como gostaria que já estivesse aceso!”.

Mas antes desse “fogo acender”, Ele terá que passar por um batismo. Estava angustiado, até que se realizasse. Esse batismo é Sua morte.

E se Ele falar que veio trazer fogo á terra já chocou meio mundo, imagina quando disse que veio trazer divisão?

Sim, de agora em diante haveria divisão nas famílias, uns contra os outros, porque uns creriam nEle, outros não. Uns O seguiriam, outros não.

Dou uma olhada para a multidão. As pessoas parecem perplexas. Até hoje não estamos acostumados a ouvir um discurso sem maquiagem, sem o tal do "politicamente correto".

Continua dizendo à multidão que, quando veem uma nuvem se levantando no ocidente, sabem que vai chover. Quando o vento sul sopra, sabem que fará calor.

E, se não estavam chocados, agora ficarão!

Ele os chama de hipócritas, pois sabem interpretar o aspecto da terra e do céu, mas não sabem interpretar o tempo presente. Conhecendo as Escrituras, deviam saber o que estava acontecendo. Além disso, João Batista havia testemunhado dEle! Como não entendiam? Como não criam? http://www.espalhandoasemente.com/2016/04/joao-batista-em-um-dia-ruim.html

Seu discurso continua! Pergunta porque não julgam por si mesmos o que é justo. Dá um sábio conselho. Quando alguém estiver indo com seu adversário para o magistrado, deveria fazer de tudo para se reconciliar no caminho, para não ser arrastado ao juiz e o juiz o entregar ao oficial de justiça e este o jogar na prisão, de onde não sairia até pagar o último centavo.

Estamos neste caminho. Não que o Senhor seja nosso adversário. Nossa vida de pecado é que é Sua adversária. Que aproveitemos esse tempo para reconciliarmos com Ele no caminho. É o que espera de nós. É nossa oportunidade. Enquanto estivermos vivos.

Então? Você já se reconciliou com Ele?

Ele está pronto a recebê-Lo. Não se atrase. Não deixe para depois. Hoje é o dia.

Amanhã prosseguimos. Leremos a partir do capítulo treze. Até o capítulo quinze.

Espero você. Até lá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário