segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Marcos 1.1-45

Leitura do dia 20/10.

Ontem terminamos nossa caminhada pelas páginas de Mateus. Espero que você tenha aproveitado. Eu, aproveitei. Muito. Foram novas revelações e meu amor por Ele e por Sua palavra foi renovado.
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Os três primeiros Evangelhos são muito semelhantes. São chamados sinóticos. Mas, imagine você fazendo uma viagem com alguns amigos. Em Israel, por exemplo. Todos estão vendo os mesmos lugares. Ouvindo as mesmas explicações. Uns atentam para certos detalhes, uns prestam atenção a outros. Se forem contar a viagem, contarão do seu próprio jeito, de acordo com sua percepção, seu temperamento, sua memória e seu talento. Foi assim com esses homens.

Hoje continuamos através dos primeiros capítulos do Evangelho segundo Marcos. Ele não foi um dos doze. Provavelmente foi escrito no ano 60 d.C., antes do livro de Mateus.

Segundo a Bíblia de estudos e sermões de Charles Haddon Spurgeon (NVT, Publicação Pão Diário), é um evangelho vívido e detalhista. De atividade e energia.

Marcos enfatiza as obras em vez das palavras de Jesus. É um Evangelho de poder sobre os demônios. E de maravilhas. Dirigido aos romanos.

Na primeira postagem leremos apenas o capítulo um.

Marcos não inicia com a genealogia de Jesus. Tal assunto não interessaria em nada aos romanos.

Começa com o princípio das boas-novas a respeito do Senhor. Contando sobre a profecia de Isaías sobre o mensageiro que O antecederia e explicando que esse mensageiro é João, o Batista. Ele pregava o batismo como um sinal de arrependimento. Era a voz. Batizava após a confissão de pecados e apontava para o Senhor, dizendo que Ele viria. E os batizaria com o Espírito Santo.

Jesus foi até ele para ser batizado. Quando saía da água o Espírito desceu sobre Ele em forma de uma pomba. Uma voz do céu declarou Sua identidade. Era o Filho amado, que dava grande alegria ao Pai.

Como Mateus nos conta, após o batismo, o Espírito O levou ao deserto. Ali ficou quarenta dias e foi tentado pelo nojento. Ficou entre os animais selvagens. E anjos O serviam.

Depois que João foi preso, Jesus começou a proclamar as boas-novas de Deus. Sua hora chegara.

Viu Simão (Pedro) e André, dois irmãos, jogando redes ao mar e os chamou. Eles O seguiram. Depois viu Tiago e João, filhos de Zebedeu, também dois irmãos. Consertavam redes num barco. Também os chamou. E eles, imediatamente O seguiram.

Jesus, juntamente com Tiago, João, Simão e André vão a Cafarnaum. Nós os seguimos.

Assim que chega o sábado, vai à sinagoga. Para ensinar. Seu ensino é cheio de autoridade. Todos estão admirados. Não ensina como os mestres da lei que sabem apenas as letras e não vivem o que ensinam. Ele é diferente. Todos conseguem perceber.

Quero ficar aqui, ouvindo Seus ensinos. Não são cansativos, são cheios de vida. Cheios de autoridade.

Enquanto ensina, um homem, endemoninhado, entra na sinagoga. Ouvimos um grito. Levamos um susto. A atenção de todos se volta para ele.

Os demônios que estão de posse daquele homem gritam. Perguntam o que o Senhor quer com eles. Conhecem-No. Sabem que veio destruir as obras do diabo. Sim, é o que está escrito em 1 João 3.8b: “Por isso o Filho de Deus veio, para destruir as obras do diabo”. 

Observamos atentamente a cena. O que Jesus fará? Responderá à pergunta daqueles demônios?

Não. Não quis conversa. Mandou que calassem a boca e saíssem do homem. Ele é misericordioso. Não vai ficar conversando com demônios enquanto o homem está ali, sendo possesso, sofrendo.

O espírito imundo sacode o homem violentamente e sai, gritando.

Estão todos admirados. Já não é mais um murmúrio. Todos perguntam uns aos outros o que é aquilo. Seria uma nova doutrina, um novo ensino? Que autoridade! Estão admirados porque até aos espíritos imundos Ele dá ordens e o mais incrível, eles obedecem. Não ficam batendo boca com Ele, simplesmente obedecem. Deixaram o homem.

Vai começar. As notícias a Seu respeito se espalham como fogo em capim, por toda a região da Galileia. Como não espalhar?

Nunca viram alguém com tanta autoridade para ensinar e expulsar demônios.

Naquela época, como em todas as épocas, existiam algumas “simpatias” ou sacrifícios para aplacar a ira de demônios, mas ordenar que saíssem e eles saírem? Ah, isso é novidade.

Pense em Sua misericórdia. Seus ensinos. Sua autoridade. Precisamos agradecê-Lo. Adorá-Lo.

Quando saem da sinagoga vão à casa de Simão e André. Vamos com eles.

A sogra de Simão está acamada, com febre. Assim que Jesus chega contam a ele. Imediatamente vai até ela, toma-a pela mão e ajuda-a a levantar-se. A febre a deixou. Ela está ótima! E passa a servi-los.

Quando o sol se põe (acabou o sábado), muitos foram até Jesus. Trazem enfermos e pessoas possuídas por demônios. Que tristeza essas pessoas viviam. Não são mais livres, são escravas de demônios, que as possuem e fazem com elas o que bem entendem. A cidade foi toda para lá. Ficaram à porta da casa. Queriam saber, assim como nós, o que acontecerá com essas pessoas. Será Ele capaz de curar e libertá-las dos demônios?

Sim. Foi o que fez. Aos olhos de todos. Curou muitas pessoas. De diversas enfermidades. E expulsou muitos demônios. Sempre mandava que se calassem. Sabiam quem Ele era e não queria esse tipo de testemunho.

É madrugada. Nos levantamos. Ainda está escuro. Jesus levantou-se e nós queremos estar com Ele. Sai de casa. Para onde está indo?

Vai a um lugar deserto. E ora. Precisa desse tempo com o Pai. Um tempo somente entre os dois. Assim como nós. A oração é como afiar um machado para cortar árvores. Sem ela, estamos perdidos. Vamos gastar muito mais tempo para fazer algo que poderíamos fazer rapidamente.

Simão e os outros acordam. Vão atrás dEle. Todos estão à Sua procura. A notícia do que fez está correndo.

Sua resposta é intrigante. Chama Seus discípulos para irem a outros lugares. Aos povoados vizinhos. Precisa pregar em outros lugares. Foi para isso que veio.

Percorre toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando demônios. Nós O acompanhamos.

Como está nossa vida de oração? Temos estado à sós com o Pai? Seguir ao Senhor é relacionamento. Precisamos ter uma vida de oração constante. Diária. Nada nos enriquece mais que a oração. Através dela, conhecemos o Senhor e somos conhecidos por Ele. Gastar tempo em oração nunca é desperdício, é ganho.

De repente, vemos um leproso vindo em Sua direção. Ele prostra-se diante do Senhor. Implora para ser curado. Afirma que basta o Senhor Jesus querer e ele será curado e limpo.

Com certeza não aguenta mais aquela vida. Longe de seus familiares, amigos. Longe de tudo e todos.

Cheio de compaixão (Ele é assim), o Senhor estende Sua mão. Para espanto de todos, toca no leproso. Responde que sim, Ele quer curá-lo. Dá uma simples ordem. Que seja curado e fique limpo. No mesmo instante a lepra desaparece. O homem fica completamente curado! Uau!

Jesus ordena que vá. Não conte a ninguém o que aconteceu. Que se apresente ao sacerdote para ser examinado e declarado curado e limpo. Que leve sua oferta de acordo com a lei de Moisés. Para quê? Jesus afirma que essas ações servirão como testemunho.

O homem, porém, não consegue ficar quieto. Ele conta a todos o que havia acontecido. Foi demais para Ele.

Não sabemos quanto tempo estava naquela situação. Não importa. Ninguém quer ser imundo e doente. Ninguém quer ficar isolado. Vivendo à margem do mundo. Estava limpo. Estava curado. Não conseguiu se conter. Teve que contar. E foi o que fez.

Em pouco tempo, grandes multidões cercaram Jesus. Queriam ser curados também. Já não consegue mais entrar publicamente em cidade alguma. Resolve manter-se em lugares mais isolados, ainda assim, gente de toda a parte vem até Ele. Como não ir?

Sua compaixão me comove. Sim, Ele quer nos curar. Nos limpar. Nos restaurar. Sempre.

Continuamos na próxima postagem.

Espero você. Até já.

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