domingo, 20 de novembro de 2016

Tendo o Senhor à nossa frente em toda circunstância

O reinado de Davi foi sucedido por Salomão, que foi sucedido por Roboão e este por Abias.

Devido às suas vidas dedicadas ao pecado, perderam o reino de Israel. Somente reinaram sobre a tribo de Judá e Benjamim.

A cada reinado, o povo de Judá mais se afastava do Senhor, à semelhança do povo de Israel.

Quando lemos a história de seus reis, às vezes aparece um rei que nos dá um alento. Infelizmente, a maioria é descrita como idólatra.

Asa é um dos poucos citados como aprovado pelo Senhor. Sua história é contada a partir de II Crônicas 14. E podemos aprender muito com ele.

Retirou os altares dos deuses estrangeiros e os altares idólatras que havia nos montes, despedaçou as colunas sagradas e derrubou os postes sagrados. Ordenou ao povo de Judá que buscasse ao Senhor, obedecendo Suas leis e mandamentos.

Seu reino esteve em paz, porque o Senhor lhe deu descanso. Era um homem de visão. Imagino que leu os provérbios de seu tataravô Salomão. Age como uma prevenida formiga, que aproveita o verão. Aproveitou o tempo de paz e construiu cidades fortificadas com torres, portas e trancas, e muros ao redor. E treinou um exército.

Lembrou ao povo que a terra ainda os pertencia por estarem buscando ao Senhor. Reconheceu que foi o Senhor quem havia lhes dado paz. Construíram e prosperaram.

Embora tempo de paz, possuía um exército enorme. Trezentos mil homens de Judá, equipados com escudos grandes e lanças, e duzentos e oitenta mil de Benjamin, equipados com escudos pequenos e arcos. Todos valentes homens de combate. Fico admirada imaginando quinhentos e oitenta mil soldados. Todos valentes homens de combate.

Então, alguém aparece na história. Nada menos que um poderoso etíope, Zerá, que marcha contra Asa, com um esplêndido exército de um milhão de soldados e trezentos carros de guerra. Um milhão de soldados. Meu coração dispara.

De repente, olho para o exército de Asa e penso: são quinhentos e oitenta mil equipados com algumas armas. Mas o poderoso etíope Zerá possui um exército de um milhão. Soldados magníficos. E trezentos carros de guerra.

O que acontecerá? Fico aliviada ao lembrar que Asa construiu cidades fortificadas. Ele se esconderá? Como lutar contra um exército desses? Impossível vencer. Ah, estava tão bom ler sobre Asa. Mas e agora?

Asa não se esconde! Simplesmente sai ao encontro daquele magnífico exército e ambos se colocam em posição de combate. Meu coração quase sai pela boca. Que guerra será essa? É Davi contra Golias.

Então Asa faz exatamente o que deveria fazer, clama ao Senhor. Ele lembra ao Senhor que ninguém além dEle é capaz de ajudar os fracos contra os poderosos. E lembra que a sua confiança e de seu valente exército está no Senhor e que, assim como Davi, eles estavam ali em nome do Senhor. Então, era o fabuloso exército de Zerá contra o Senhor. Guerra vencida!

E aí? O Senhor, ninguém menos que o Senhor dos Exércitos, derrotou o exército etíope. Eles fugiram! Aquele fabuloso exército de um milhão de guerreiros, com seus trezentos carros, fugiu. E Asa e seu exército os perseguiram. Caíram tantos deles que não conseguiram recuperar-se e os homens de Judá saquearam muitos bens. E não ficou só nisso. Além de derrotarem o exército e saquearem muitos bens, derrotaram todas as cidades ao redor de Gerar, pois o terror do Senhor havia caído sobre elas.

Quando clamamos ao Senhor, e enfrentamos uma guerra em Seu nome, Ele não faz apenas o que pedimos. O Senhor não apenas derrotou o exército inimigo, Ele proporcionou uma grande vitória, com um grande despojo para todo o exército.

Logo em seguida, a Bíblia nos conta que o Senhor encheu o profeta Azarias, que foi ao encontro de Asa e o animou. Suas palavras: "O Senhor está com vocês quando vocês estão com Ele. Se o buscarem, Ele deixará que O encontrem, mas, se o abandonarem, Ele os abandonará." - II Crônicas 15.2. Azarias o fortaleceu.

Quando Asa ouviu essas palavras, encheu-se de coragem. Retirou os ídolos repugnantes de toda a terra de Judá, de Benjamin e das cidades que havia conquistado. E, após destruir os ídolos, restaurou o altar do Senhor. Nesta ordem. Asa se desfez de todos os ídolos que seu pai havia feito e até destituiu sua avó Maaca da posição de rainha-mãe, por causa de sua idolatria.

Muitos de Israel passaram para seu lado porque viam que o Senhor era com ele.

Reuniu todo o povo em Jerusalém. Juraram buscar ao Senhor. Um juramento feito de todo o coração. Todos se alegraram e buscaram a Deus com a melhor disposição. Ah, e o Senhor deixou que O encontrassem e lhes concedeu paz em todas as fronteiras.

Mas então, algo triste acontece. Baasa, rei de Israel, invade Judá. Depois de tudo o que vimos, sabemos que não há a menor possibilidade de Baasa vencer. Mas, ao invés de Asa clamar ao Senhor, ajunta seus tesouros e os tesouros da casa do Senhor e envia a Ben-Hadade, rei da Síria, para que este venha socorrê-lo. Não consigo entender.

Asa não apenas fez aliança com um rei inimigo, como entregou a ele seus tesouros e os tesouros da casa do Senhor.

E aqui paro um pouco. Quantas vezes fazemos o mesmo? Clamamos ao Senhor quando vemos um exército de um milhão de soldados vindo contra nós, mas quando é algo mais simples, achamos que "damos um jeito", vamos lá e, ao invés de orar e pedir uma solução e uma orientação do Senhor, entregamos nossos tesouros e os tesouros do Senhor, ao nosso inimigo, para que nos proteja de outro inimigo. Perdemos. Perdemos sempre. Perdemos muito. Perdemos a chance de, com o Senhor, vencer dois inimigos e perdemos tesouros preciosos, sejam quais forem.

Hanani, um profeto corajoso, exortou o rei pela sua escolha equivocada. Asa ficou tão indignado que mandou prendê-lo. E nessa época, oprimiu brutalmente alguns do povo.

Em sua velhice, Asa sofre de uma doença dos pés e, embora sua doença fosse grave, não recorreu ao Senhor, somente aos médicos. O problema não foi recorrer aos médicos mas somente a eles. Esqueceu de clamar ao Senhor, que poderia tê-lo ouvido e curado.

Em algum momento em sua caminhada, esqueceu quem era o Senhor. Aquele que ele mesmo havia reconhecido como o que ajuda os fracos contra os poderosos.

Que aprendamos com sua história. Que busquemos ao Senhor, em todo o tempo. Sejam os adversários e problemas grandes ou pequenos. Ele quer nos ajudar. Ele deseja ser achado por nós. Que clamemos por Sua ajuda, Sua orientação, mesmo em coisas aparentemente pequenas. Ele deve ser o nosso Senhor em todo o tempo. Em cada circunstância. A cada dia.


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