sábado, 26 de janeiro de 2019

Desafio Implacável

Continuamos nossa caminhada através do livro de 2 Reis.

Ontem vimos que Senaqueribe invadiu as cidades fortes de Judá. E as conquistou.

Ezequias enviou tesouros para Senaqueribe não invadir Jerusalém. Mas ele mandou um grande exército até lá.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/perdendo-tesouros.html

Hoje caminharemos ainda pelas páginas do capítulo dezoito. Do versículo dezenove ao versículo trinta e três.

Rabsaqué, o comandante de campo de Senaqueribe tinha uma mensagem a transmitir.

Ordenou que dissessem a Ezequias que o grande rei, o soberano da Assíria estava lhe advertindo. Perguntou em quem Ezequias depositava sua confiança. Disse que sua estratégia e palavras vazias não tinham poder suficientes para vencer uma guerra.

Por que Ezequias havia se revoltado? Estava confiando naquele caniço quebrado que era o Egito, que espetava e feria a mão de quem se apoiasse nele?

Mas se Ezequias alegasse que estava confiando no Senhor, seu Deus, ele não entendia. Afinal, não eram deles os santuários e os altares que Ezequias destruíra, ordenando a Judá e Jerusalém que só adorassem perante o altar em Jerusalém?

Seu discurso queria minar a coragem e a confiança do povo de Jerusalém. E colocar a fé de Ezequias em xeque. Deixá-los desnorteados, completamente confusos e indefesos. Sem ter em quem confiar.

Ele continuou. Lançou um desafio proposto pelo rei. Daria dois mil cavalos se tivessem cavaleiros para montá-los. Mas não tinham. Era impossível que Jerusalém derrotasse um só príncipe dos menores servos do rei da Assíria. E o Egito não lhe forneceria carros de guerra e cavaleiros para tanto.

Jogando contra a soberania do Senhor, o rei perguntou se teria ido atacar e guerrear contra eles sem o consentimento do Senhor. E foi além, disse que o próprio Senhor havia lhe ordenado que atacasse e destruísse Jerusalém.

Quantas sementes e flechas de dúvidas sendo lançadas sobre o povo e seu rei! Haveria alguma solução para eles?

Os homens do rei pediram a Rabsaqué que falasse em aramaico. Compreendiam a língua. Que não falasse em hebraico. Assim todos que estivessem por perto saberiam o que dizia.

Rabsaqué respondeu que seu senhor não havia mandado mensagem exclusivamente para o rei e seus representantes. A mensagem era para todos. Que ouvissem, afinal, se não se entregasse, acabariam comendo suas próprias fezes e bebendo suas urinas.

Em seguida, não satisfeito com o tom de voz que usara e, para realmente amedrontar e intimidar a todos, Rabsaqué, levantou-se e bradou em hebraico, a língua dos judeus.

Que ouvissem a palavra do grande rei, do soberano da Assíria!  Que não deixassem que Ezequias os engasse. Ele não seria capaz de livrá-los de sua mão. Muito menos que ele não os convencesse a depositar toda a sua confiança no Senhor dizendo que, com certeza, o Senhor os salvaria e Jerusalém não seria entregue. Que não dessem ouvidos a Ezequias. Ele conquistaria a cidade.

O rei da Assíria tinha uma proposta. A “tacada” final.

Se celebrassem um pacto de paz com ele e fossem serví-lo, comeriam com fartura, cada um da sua própria vide e da sua própria figueira. Beberiam cada um da água da sua própria cisterna. Ficariam na terra, até que ele mesmo viesse e os levasse para uma terra como a deles, de cereal, de vinho, de pão, de oliveiras e mel. Assim viveriam e não morreriam.

Voltou a atacar Ezequias. Que não os enganasse quando dizia que o Senhor poderia livrá-los. Era impossível.

Os deuses das outras nações não as puderam salvar. Os deuses de Hamate e de Arpade não fizeram nada por eles. Muito menos os deuses de Safarvaim, de Hena e Iva. Nem conseguiram livrar Samaria. Então, o Senhor também não conseguiria salvar Jerusalém. Não havia solução para eles. A não ser entregar-se.

O povo ouviu tudo em absoluto silêncio. Engolindo em seco essas palavras. Ezequias havia ordenado que ninguém respondesse.

Quando Rabsaqué terminou seu discurso, Eliaquim, Sebna e Joá foram ao rei. Rasgaram suas vestes em sinal de indignação. Comunicaram a ele as palavras desafiadoras de Rabsaqué.

E agora? O que acontecerá? Ezequias se renderá? Haverá mais algum tesouro para uma negociação? Uma trégua? Farão uma aliança com Senaqueribe, aguardando serem exilados?

Continuamos amanhã. Espero você.

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