quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Gênesis 8.1-10.32

Leitura do dia 03/01 (Leitura Bíblica Anual).

Leitura do dia 09/01, segunda-feira (Leitura Pedacinho por Pedacinho).

Na postagem anterior vimos Gênesis 5.1 a 7.24.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/na-postagem-anterior-lemoso-capitulo.html

Hoje, nossa leitura abrange os capítulos oito, nove e dez de Gênesis.

O capítulo oito começa com uma afirmação que amo: “Então Deus se lembrou..."
http://www.espalhandoasemente.com/2017/01/quando-deus-se-lembra.html

O Senhor se lembrou de Noé e dos animais que estavam com ele. Não que o Senhor houvesse esquecido. Essa é uma lembrança que traz ação. Quando se lembrou, soprou um vento sobre a terra. As águas começaram a secar. Foram baixando aos poucos. Depois de cento e cinquenta dias, a arca parou sobre as montanhas de Ararate. Cento e cinquenta dias! E Noé ainda estava na arca. Ele, sua família e os animais, que, àquela altura, já haviam crescido e se multiplicado.

Noé aguardou mais quarenta dias. Então soltou um corvo, que ia e voltava. Soltou também uma pomba. Ela não encontrou onde pousar e voltou para ele. Noé esperou mais dias. Soltou novamente. Ela foi e voltou. Agora, com um ramo de oliveira no bico. Esperou mais sete dias e a soltou outra vez. Ela não voltou.

Dez meses e meio depois do início do dilúvio, Noé abriu a cobertura da arca. Viu que o solo estava praticamente seco. Não tentou abrir a porta da arca, arrombando-a. Esperou o tempo do Senhor. Será que aguentaríamos? 

Para minha vergonha, credito que eu tentaria arrombar. Quantas vezes tento abrir a porta porque considero que já fiquei bastante tempo na arca. Sua misericórdia me poupa, deixando a porta fechada até a hora certa. Embora, muitas vezes eu continue tentando abrir. Algumas vezes, além de abrir a cobertura da arca, tento imaginar um meio de sair por ali. Felizmente não consigo. Preciso esperar o Senhor. Sossegar. E esperar nEle.
http://www.espalhandoasemente.com/2015/12/a-tempestade-em-meio-ao-mar.html

Dois meses se passaram. A porta continua fechada. A terra ficou completamente seca. Então, só então, o Senhor ordena que Noé saia da arca. A saída foi tranquila. Sem nenhum desespero. Sua família saiu. Depois um casal de animal por vez.

Spurgeon disse que “a verdadeira fé vai com frequência à janela”. Precisamos desse exercício, para ver além, para enxergar por fé e não por vistas. Olhar a janela e saber que precisamos esperar a terra estar completamente seca. E o Senhor abrir a porta.

Quantas vezes lemos esse texto e pensamos que Noé permaneceu apenas quarenta dias na arca. Não. Foi mais de um ano ali dentro. E ninguém, nem os animais, saíram como quando éramos crianças e o sinal da escola tocava ao final das aulas. Lembra? Uma correria só. Um verdadeiro atropelo.

Quando todos saíram, Noé não foi passear. Não foi descansar. Não. Também não construiu uma casa para si. Primeiro, construiu um altar ao Senhor e ofereceu sacrifícios ali. O Senhor se agradou de Noé e de seu sacrifício. Disse que nunca mais destruiria a terra por causa do ser humano. Nem destruiria todos os seres vivos. Ainda que todos os pensamentos e propósitos do homem se inclinassem para o mal, desde sua infância.

O Senhor abençoou Noé e seus filhos. Ordenou que fossem férteis, multiplicassem e enchessem a terra. Disse-lhes que os animais teriam medo deles, que os havia colocado sob o domínio do homem.
E, assim como o Senhor havia dado os cereais e vegetais por alimento, estava dando agora, os animais. É a primeira vez que se fala em animais como alimento.

O Senhor deu um alerta. Que nunca se comesse a carne com o sangue, porque o sangue é vida. Também disse que requereria o sangue de qualquer que tirasse a vida de alguém. Até se um animal selvagem matasse alguém, deveria ser morto. E se alguém cometesse assassinato, também. Isso porque Ele nos criou à Sua imagem. O Senhor é vida! Os homens deveriam viver, não matar. Serem férteis, multiplicar e povoar a terra novamente.

O Senhor também disse a Noé e seus filhos que confirmava Sua aliança com todos os seres vivos, fossem homens ou animais, de que nunca mais haveria um dilúvio para destruir a terra. Ele deu um sinal. O arco-íris. Toda vez que chovesse e o arco aparecesse no céu, o Senhor estava lembrando a aliança que fizera com todos os seres vivos, de que não destruiria a terra.

Sei que o Senhor não esquece Sua aliança conosco. Mas e quanto a nós? O arco serve muito mais para nós nos lembrarmos de que Ele, o Eterno, fez uma aliança conosco. Uma aliança eterna. E a tem cumprido ao longo dos anos, décadas, séculos e milênios de pecado abundante.

Logo após o dilúvio, Noé tornou-se lavrador. Plantou uma vinha. Produziu seu próprio vinho. Um dia, bebeu demais. Ficou embriagado. Foi deitar-se nu em sua tenda. Cam, um de seus filhos viu. Não escondeu a nudez de seu pai, como deveria ter feito. Contou a seus dois irmãos. Sem e Jafé foram até à tenda. Com uma capa. Entraram de costas para não verem a nudez de seu pai, o que era um total desrespeito. Eles o cobriram.

Quando Noé acordou e ficou sabendo do acontecido, ficou muito indignado com Cam. Abençoou Sem e Jafé. Mas amaldiçoou Canaã, filho de Cam. Esses três tiveram muitos filhos. E a terra foi novamente povoada.

O que nos chama atenção na genealogia desses três homens é um dos descendentes de Cam. Chamava-se Ninrode. Foi o primeiro guerreiro valente da terra. Era o mais corajoso dos caçadores. Em minha mente imagino Conan, o Bárbaro. Por sua causa, criaram um ditado. Quando queriam dizer que alguém era muito corajoso, falavam que era "corajoso como Ninrode". Ele construiu um reino para si. Fundou algumas cidades, inclusive Babel. Mas essa é outra história. E fica para amanhã.

Amanhã veremos do capítulo onze ao capítulo quatorze. Espero você. Até lá.

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