Leitura do dia 16/03.
Na postagem anterior vimos o voto insensato de Saul, que provocou o pecado de todo seu exército. Também vimos suas palavras precipitadas, que quase levaram Jônatas à morte.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/03/1-samuel-1424-52.html
Agora, continuamos através do capítulo quinze.
Um dia Samuel lembrou a Saul que fora ele quem o ungira rei. O Senhor o enviara com essa missão. Agora, havia mais uma mensagem do Senhor a ser entregue a Saul.
O Senhor resolveu “acertar as contas” com os amalequitas. Eles se colocaram contra Israel quando saía do Egito. Agora, Saul deveria ir e destruir completamente a nação amalequita. Ninguém seria perdoado. Nem sequer os animais.
Saul reuniu todo o exército. Duzentos mil soldados de Israel e dez mil de Judá. Armaram uma emboscada no vale. Antes, avisou aos queneus que saíssem de seu caminho. Eles foram bons com Israel. Não queria matá-los, nem mesmo acidentalmente. Eles saíram.
Saul atacou os amalequitas. E os derrotou.
Destruiu completamente o povo. Mas capturou Agague, o rei. Ele e seus homens pouparam Agague, assim como o melhor dos animais, ovelhas, gado, bezerros gordos e cordeiros.
Ao invés de obedecerem ao Senhor, destruíram apenas o que era de qualidade inferior ou não tinha valor.
Samuel ainda não havia encontrado Saul, mas o Senhor lhe contou que Saul havia se afastado dEle e se recusado a obedecê-Lo.
Samuel ficou tão triste, tão frustrado, que passou a noite todo clamando ao Senhor. Seu coração doía por Saul.
Na manhã seguinte, provavelmente sem dormir, foi atrás de Saul. Ficou sabendo que Saul fora para a região do Carmelo, onde levantara um monumento para si próprio. Sim, foi isso mesmo que lemos! Ele levantou um monumento para si. Não um altar para o Senhor.
Depois, foi a Gilgal. Quando Samuel o encontrou, Saul o cumprimentou todo feliz. Disse que cumprira a ordem do Senhor.
Samuel simplesmente pergunta que barulho de ovelhas e bois era o que estava escutando. Saul respondeu que os soldados haviam poupado o melhor das ovelhas e dos bois. Mas era por uma boa causa. Iam sacrificar ao Senhor.
Quando se trata de obedecer ou não, não existe “boa causa”. Apenas devemos obedecer, nada mais.
Samuel ordenou que Saul parasse de falar. Deveria ouvir o que o Senhor lhe falara naquela noite.
Saul quis saber o que o Senhor dissera. Samuel respondeu que embora Saul se considerasse insignificante aos seus próprios olhos, o Senhor o tornara líder de Israel. O Senhor também lhe dera uma ordem. Que destruísse completamente os amalequitas. Por que não obedeceu?
Aqui, vemos o problema de Saul. Sua autoestima era baixa. Ele gostou de ser líder. De ser estimado. Admirado.
Teimosamente, respondeu que obedecera. Cumprira a missão que o Senhor lhe dera. Apenas trouxera o rei Agague, mas destruíra todos os outros. E seus soldados trouxeram o melhor dos animais, para oferecerem ao Senhor, seu Deus.
Ele fala “seu” Deus. Não “meu” Deus, ou “nosso” Deus. Não era mais seu Deus? Quem era agora? Ele mesmo?
Samuel não desiste. Não se deixa convencer por desculpas esfarrapadas. Responde que obedecer é melhor que sacrificar. Submissão é melhor que a gordura de carneiros. E mais, a rebeldia é tão grave quanto a feitiçaria. E persistir no erro é como adorar ídolos. E pior, assim como ele rejeitou ao Senhor, o Senhor o estava rejeitando como rei.
Saul finalmente reconhece que pecou. Explica o motivo. Teve medo do povo. Por isso fez o que exigiram dele.
O mesmo homem que não ligou para os que o desprezaram, agora tem medo do povo. O mesmo homem que lutou contra Naás, que lutou contra todos os inimigos em redor de Israel, com medo do povo. Medo de não ser mais admirado e seguido.
Ele pede a Samuel que o perdoe. Por um motivo. Quer que Samuel o acompanhe no sacrifício.
Samuel repete que, uma vez que Saul rejeitou ao Senhor, Ele também o rejeitou. Parece que Saul não ouvira.
Saul não fala nada. Quando Samuel se vira para ir embora, porém, segura a barra de seu manto. Que rasga.
Samuel lhe diz que o Senhor rasgou dele o reino de Israel. E o entregou a outro. Alguém melhor que ele.
O que imaginamos a seguir? Que Saul se jogará no chão, rasgará suas vestes, colocará cinza sobre sua cabeça e clamará pelo perdão do Senhor? Pois bem. Ele diz que reconhece que pecou. Mas pede que Samuel vá com ele ao sacrifício, para que possa ser honrado diante de seu povo e diante de Israel.
Não se importa com a rejeição do Senhor! Não quer ser rejeitado por seu povo, nem por Israel.
Samuel resolve ir. Ordena que tragam Agague. Este vem todo satisfeito, achando que seria perdoado. Samuel o mata! Como o Senhor ordenara a Saul. Se Saul não cumpriu as ordens do Senhor, Samuel cumpre. O mesmo pode acontecer conosco. O que o Senhor ordenou, será cumprido. Se nos ordenou, que seja por nós, não por outro.
Samuel foi para Ramá. Saul voltou para Gibeá. Nunca mais os dois se viram. Samuel, porém, continuou lamentando o que acontecera com Saul.
O Senhor se arrependeu de ter estabelecido Saul como rei de Israel.
Meu coração fica pesado. E triste. Saul começou tão bem. Tinha tantas qualidades! Mas deixou que sua insegurança mandasse nele. Amou mais a aceitação dos homens, do que a aceitação do Senhor.
Não se importou em ser rejeitado pelo Senhor, desde que não fosse rejeitado pelos homens.
Que desejemos a aceitação, o reconhecimento e o favor do Senhor. Não dos homens. Que reconheçamos qual grave é a desobediência e o persistir no erro.
Terminamos hoje aqui.
Amanhã continuamos, através dos capítulos dezesseis a dezenove de 1 Samuel.
Espero você. Até lá.
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