quinta-feira, 4 de abril de 2019

2 Reis 5.1-19

Leitura do dia 06/04.

Na última postagem vimos que devemos e podemos repartir o pouco que temos. É assim que a matemática do Senhor funciona. Se tenho, dou e recebo mais. Se retenho mais do que devia, perco.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/04/2-reis-438-44.html

Agora, caminharemos através do capítulo cinco. Do versículo um ao versículo dezenove.

É a história de Naamã, chefe do exército do rei Aram, da Síria.

Naamã era um homem muito respeitado e honrado pelo seu senhor. Através dele o Senhor havia dado vitória à Síria. Era um valoroso guerreiro. Mas havia um porém na vida desse homem. Ele contraiu uma terrível doença de pele.

Em uma de suas campanhas militares, os sírios levaram cativa uma menina de Israel. Ela passou a servir a esposa de Naamã. Um dia a menina, cumprindo seu papel de abençoadora (Gênesis 12), sugeriu à sua patroa que o seu senhor procurasse o profeta que estava em Samaria. Ela sabia, com certeza, que ele o curaria da lepra. Embora fosse escrava, não esqueceu seu papel de, como filha de Abraão, abençoar todas as nações. Mesmo uma nação que a havia levado embora de sua terra, de sua casa.

Naamã comentou com o rei da Síria o que a menina falara. O rei imediatamente escreveu uma carta apelando ao rei de Israel e ordenou que Naamã fosse depressa até lá. Tinha seu oficial em alta conta.

Naamã foi. Levou trezentos e cinquenta quilos de prata, setenta e dois quilos de ouro e dez mudas de roupas finas. Coisas valiosas. Presentes.

Levou também ao rei de Israel a carta de seu rei. Nela estava escrito que, no momento em que recebesse a carta, saberia que o rei da Síria havia lhe enviado seu servo Naamã, para que fosse curado daquela espécie de lepra.

Quando Naamã chegou, entregou ao rei de Israel a carta. Assim que o rei a leu, irritou-se muito. Rasgou suas roupas de tão indignado que ficou. Perguntou se por acaso era Deus, que pode matar e dar vida, para que o rei lhe enviasse um homem para ser curado de lepra. Acreditou que o rei da Síria estava procurando um motivo para criar um conflito, que pudesse levar à guerra.

Quando Eliseu, o homem de Deus, ouviu que o rei de Israel tinha rasgado suas roupas, mandou perguntar ao rei o motivo. Deveria simplesmente enviar Naamã a ele. Então, saberia que era verdade, havia profeta em Israel.

Naamã foi. Com seus cavalos e seu carro. Parou na entrada da casa de Eliseu.

Eliseu mandou um mensageiro dizer-lhe que deveria lavar-se sete vezes no rio Jordão. Sua carne lhe seria restituída e ficaria limpa. Naamã sentiu-se insultado. Saiu de lá reclamando que não era dessa maneira que havia imaginado que seria curado.

Imaginava que Eliseu fosse recebê-lo pessoalmente, afinal era um homem muito importante. Além disso, invocaria em pé o Nome do Senhor, o Deus de Eliseu, moveria a mão sobre as feridas e o curaria daquela terrível enfermidade.

Disse mais: os rios de Abana e Farfar em Damasco, capital da Síria, eram muito melhores que todas as águas de Israel. Poderia lavar-se neles para ficar curado. Voltou as costas e retirou-se indignado.

Será que já agimos dessa maneira? Porque recebemos uma orientação do Senhor que "não era bem o que eu imaginava".

Os servos de Naamã, que o respeitavam e amavam, chegaram-se a ele. Deram-lhe um sábio conselho. O respeito que sentiam por ele era tão grande que o chamavam de “pai” e “mestre”. Ainda assim, não deixaram de aconselhá-lo. Falaram que se o profeta tivesse ordenado algo difícil, ele faria. No entanto, apenas havia orientado que se lavasse e ficaria curado.

Naamã, mesmo sendo um valoroso e poderoso guerreiro, que estava muito acima de seus homens, aceitou o conselho. Não era fácil para ele. Seus servos sabiam que era leproso, mas diante deles, estava sempre de armadura. Teria que tirar. Se expor. Se humilhar. E mergulhar.

Desceu ao Jordão. Mergulhou sete vezes, conforme a orientação de Eliseu. Ficou completamente curado. Sua pele tornou-se sadia e limpa. Não como a pele de um homem de sua idade, mas como a pele de um menino.

Ele voltou à casa de Eliseu com sua comitiva. Ao ver Eliseu declarou que agora sabia que em toda a terra não há Deus, a não ser em Israel. Mais um estrangeiro foi alcançado, porque toda a terra é do Senhor. Ele amou o mundo todo. Jesus morreu por todas as nações. Por todos os indivíduos.
http://www.espalhandoasemente.com/2016/03/o-deus-de-todas-as-nacoes.html

Ele rogou que Eliseu recebesse seu presente. Colocou-se na posição de servo de Eliseu, chamando-o de Senhor. Reconheceu sua posição, assim como o capitão do exército de Israel havia reconhecido a posição de Elias. http://www.espalhandoasemente.com/2019/04/2-reis-19-18.html

Eliseu respondeu que não aceitaria. Disse que jurava pelo nome do Senhor, o Deus vivo, a quem servia, que não aceitaria nada. Naamã insistiu, porém ele se recusou a receber qualquer gratificação.

O impacto foi tão grande na vida de Naamã que se posicionou diante do Senhor, o Deus de Israel. Pediu que Eliseu permitisse levar duas mulas carregadas da terra de Israel. Explicou que, de agora em diante, jamais ofereceria holocaustos nem sacrifícios a outros deuses, senão ao Senhor. Pediu também que o Senhor lhe perdoasse quando tivesse que acompanhar seu rei ao templo de Rimom, o deus da Síria. Explicou que o rei costumava apoiar-se em seu braço para reverenciar sua divindade. Dessa forma, tinha que ajoelhar-se também.

Eliseu lhe desejou Shalom. Que Naamã fosse em paz e tivesse uma boa viagem. E Naamã foi.

Que possamos aprender que, embora sejamos guerreiros valorosos, quem nos dá a vitória é o Senhor, assim como aconteceu com a Síria, através de Naamã.

Que possamos aprender com essa menina. Ainda que escrava, longe de sua terra, não deixou de cumprir seu chamado, seu propósito de ser uma benção para todos.

Que possamos aprender com os servos de Naamã, que mesmo com todo o respeito que sentiam por seu senhor, não deixaram de aconselhá-lo.

Que possamos aprender com Naamã. Ainda que um valoroso guerreiro, não deixou de ouvir uma escrava, nem seus servos que o aconselharam, para seu bem. Deixou-se ser visto. Tirou sua armadura. Humilhou-se. Teve coragem para mergulhar. http://www.espalhandoasemente.com/2015/12/naama-e-o-processo.html

Que possamos aprender com Eliseu. Ninguém iria sair de suas terras sem saber que havia Deus em Israel. Um Deus que faz milagres. Que opera maravilhas. O Senhor com quem ele se relacionava.

Quantas lições a aprender com a história desse homem. Mas ainda não acabou.

Continuamos na próxima postagem.

Espero você. Até já.

Texto semelhante:
http://www.espalhandoasemente.com/2018/11/coragem-para-mergulhar.html

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