Leitura do dia 13/05.
Na postagem anterior, vimos o Senhor testemunhando a respeito de Jó. Vimos também todas as provações que lhe sucederam. Em tudo, Jó não pecou, nem culpou ao Senhor.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/05/jo-11-22.html
Agora, leremos os capítulos dois e três de Jó.
Novamente, em outro dia (não sabemos a frequência de tal acontecimento), os anjos foram à presença do Senhor. Satanás, o acusador, também.
Novamente o Senhor pergunta de onde Satanás está vindo. Ele responde que estava rodeando a terra, observando o que nela acontecia. É um observador. Com milênios de prática em observar e acusar.
Novamente (não consigo encontrar outra palavra), o Senhor pergunta se reparou em Seu servo, Jó. E, novamente, o Senhor testemunha dele. Continua sendo um homem íntegro e correto, que O teme e se desvia do mal. E mais: Não perdeu sua integridade, ainda que Satanás tenha instigado o Senhor a prejudicá-lo, sem motivo.
Jó continuou inteiro, ainda que despedaçado. Não perdeu sua integridade. Continuou sendo o homem que era.
Por que o Senhor se deixou ser instigado por Satanás, perguntamos? Ah, não entendemos. Apenas precisamos crer que Ele é verdadeiro em tudo e nos diz que “Meus pensamentos são muito diferentes dos seus, diz o Senhor, e meus caminhos vão muito além de seus caminhos. Pois, assim como os céus são mais altos que a terra, meus caminhos são mais altos que seus caminhos, e meus pensamentos, mais altos que seus pensamentos” (Isaías 55.8,9).
O acusador não ficou calado. Disse ao Senhor que se sua saúde fosse tocada, com toda certeza Jó O amaldiçoaria, em Sua face, sem o menor temor. Afinal, um homem dará tudo que tem para salvar a própria vida.
Novamente o Senhor permitiu que Satanás tocasse em Jó, apenas poupando-lhe a vida. Satanás saiu de Sua presença e causou feridas terríveis em Jó, da cabeça aos pés. Seu corpo estava de tal modo que, com um pedaço de cerâmica na mão, raspava sua pele. Sentado nas cinzas.
Sua mulher, que também vivera toda a perda, não conseguia entender a atitude de seu marido. Como ainda mantinha sua integridade? Ela o aconselhou a amaldiçoar o Senhor e morrer! Não havia mais solução.
Já passou por algo assim? Você continua fiel ao Senhor e as pessoas não conseguem entender. Querem que você se afaste dEle. Mas você continua crendo em Seu amor, apesar de tudo.
Jó respondeu que ela falava como uma mulher insensata, sem bom senso, que não media as consequências de sua fala. Aceitamos o bem do Senhor, por que não aceitar quando as coisas vão mal?
Em tudo isso, o texto nos conta, Jó não pecou com seus lábios. Talvez seu coração começasse a dar lugar à amargura. Ainda assim, Jó conseguiu ficar calado. Resolvido a não falar. Já lhe aconteceu isso? Seu coração está aos borbulhões, pronto para explodir a qualquer momento, mas você conserva seus lábios fechados. Não quer pecar falando um monte de coisas.
Jó tinha três amigos que, quando souberam de suas tragédias, deixaram suas casas e foram até ele. Queriam consolá-lo e animá-lo. Ah, que maravilha quando passamos por tragédias e amigos vem para nos consolar e animar.
Eles o viram ainda de longe. Não o reconheceram. Lembra, está com feridas da cabeça aos pés. Mal podiam acreditar que era ele. Rasgaram suas roupas. Jogaram terra sobre suas cabeças. E sentaram-se a seu lado.
Ficaram ali sete dias e sete noites. Ninguém conseguia dizer nada. Viam que seu sofrimento era muito grande.
Passados os sete dias, Jó não aguentou mais. Abriu sua boca. E deixou sair o que estava em seu coração. Amaldiçoou o dia em que nasceu. Como desejou que tivesse sido um aborto! Que nunca tivesse nascido. Que sua mãe não o tivesse colocado no colo, nem o amamentado. Sua tristeza era profunda.
Não podemos acusá-lo. Quantos de nós já fez a mesma coisa? Quantos de nós já fizeram a mesma pergunta “por que eu nasci”? Tudo que Jó queria era paz.
Seu coração grita. Não consegue entender porque o Senhor permitiu que nascesse, já que não tinha futuro.
Gemia tanto que não conseguia comer. Perdeu o apetite. Gritava sem parar, como água corrente, cuja torneira não fecha.
O que temia, acabou acontecendo. Sua vida estava acabada. Mas a morte não vinha. Não tinha paz. Não tinha nada. Apenas aflição.
Já aconteceu assim com você? Comigo já. Desejei a morte como se deseja o ar para respirar. Só tinha aflição. Mas o Senhor tinha um plano melhor. Seus pensamentos eram melhores que os meus. E me curou. Tirou-me dos ferrões da depressão. Das garras da morte. Pode fazer o mesmo com você. Acredite. Seu amor é leal. E verdadeiro. Ainda que em algumas situações temos dificuldade para enxergar. Ou nem conseguimos.
"Quem entre vocês teme o Senhor e obedece a seu servo? Se vocês caminham na escuridão, sem um raio de luz sequer, confiem no Senhor e apoiem-se em seu Deus" (Isaías 50.10).
Amanhã continuamos nossa leitura. É um livro sofrido. Sim. Mas precisamos passar por ele. E aprender. Crescer. Leremos do capítulo quatro ao capítulo seis.
Espero você. Até lá.
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