Leitura do dia 24/09.
Continuamos nossa caminhada através do livro de Amós, o profeta pastor de ovelhas.
Ontem vimos que Israel recusa-se a aprender e voltar para o Senhor. Também vimos o chamado do Senhor ao arrependimento. E sua advertência sobre o julgamento que está por vir.
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Agora, caminharemos a partir do capítulo sete de Amós. Até o fim deste livro tão rico!
Amós teve uma visão terrível. O Senhor estava se preparando para enviar um exército de gafanhotos sobre a terra. Depois que a porção do rei havia sido recolhida e brotava a colheita principal. Os gafanhotos, em sua visão, comeram todas as plantas da terra.
Um verdadeiro profeta é um intercessor. Imediatamente clamou ao Senhor. Pediu perdão. Se o Senhor não perdoasse, ninguém sobreviveria. E Israel já era tão pequeno. O Senhor, após sua oração, voltou atrás. Disse que não aconteceria o que Amós viu.
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Depois Amós teve outra visão. O Senhor se preparava para castigar Seu povo com um grande fogo. O fogo devorava toda a terra e consumia até as profundezas do mar, tamanho horror. Amós clamou. Implorou que o Senhor parasse. Se não parasse, ninguém sobreviveria. Israel já estava tão pequeno!. Novamente, após sua oração, Ele voltou atrás. Disse que aquilo também não aconteceria.
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Então, teve uma terceira visão. O Senhor estava em pé junto a um muro. Ele segurava um prumo em Sua mão e perguntou a Amós o que estava vendo. Amós respondeu que via um prumo. Tinha olhos para ver.
O Senhor disse que provaria Seu povo com aquele prumo. Não fecharia mais os olhos para o que faziam. Seus santuários idólatras ficariam em ruínas. Seus lugares de adoração seriam destruídos. Ele traria espada (e trouxe) contra a dinastia de Jeroboão.
O povo chorou e se arrependeu quando Amós falou?
Amazias, sacerdote de Betel, a “Casa do Senhor”, enviou uma mensagem a Jeroboão. Disse que Amós conspirava contra ele. No meio do povo. Falando coisas intoleráveis.
Ora, intoleráveis eram seus pecados. Não as palavras que Amós falava, da parte do Senhor.
Amazias ordenou que Amós fosse embora. Que voltasse para Judá e ganhasse a vida lá profetizando. Que não os incomodassem mais com suas profecias. Aquele era o santuário do rei. O lugar de adoração de todo o reino.
Note que o santuário não era do Senhor, era do rei. O lugar de adoração não era do Senhor, era do reino. O sacerdote não queria ser incomodado pelo profeta do Senhor.
Amós respondeu que não ganhava a vida entregando profecias. Não era profeta profissional. Não fora treinado para ser profeta. Era apenas um boiadeiro e colhedor de figos. Um simples trabalhador. Mas o Senhor o tirara de seu rebanho e ordenara que fosse profetizar a Seu povo. Então, que Amazias ouvisse o que o Senhor tinha a dizer.
Amazias dizia que não era mais para ele profetizar contra Israel, mas o Senhor dizia que sua esposa se tornaria prostituta naquela cidade, para poder sobreviver diante do que aconteceria. Seus filhos e filhas seriam mortos à espada. Sua terra seria dividida. Ele iria para o exílio. E lá morreria. E, sim, o povo de Israel seria levado para o exílio. Longe de sua terra natal.
Que homem corajoso! Um simples trabalhador enfrentando um sacerdote!
Amós teve outra visão. O Senhor lhe mostrou um cesto cheio de frutas. Perguntou o que ele via. Amós respondeu. Estava vendo direito. O Senhor lhe disse que, assim como as frutas, Israel estava maduro. Não adiaria seu castigo.
No dia do juízo os cânticos no templo seriam lamentos. Cadáveres ficariam espalhados por toda a parte. Os sobreviventes seriam levados em silêncio para fora da cidade. E foi o que aconteceu.
O Senhor ordenou que todos que roubavam os pobres, oprimiam os necessitados e só pensavam em lucros, usando medidas falsas, balanças enganosas, misturando trigo com palha varrida do chão, todos que escravizavam os pobres por uma moeda de prata ou um par de sandálias, ouvissem! Seriam julgados. Não esperaria mais. Suas festas se transformariam em lamentos. Suas canções em cânticos fúnebres. Vestiriam luto e raspariam a cabeça como se o filho unigênito tivesse morrido.
Ele os alertou que enviaria fome sobre a terra. Não apenas de pão. Nem sede de água. Mas de ouvir Suas palavras.
As pessoas andariam sem rumo. De mar em mar. De um extremo a outro. Em busca de Suas palavras. E não encontrariam. Rapazes fortes e moças bonitas desmaiariam de sede. Os que juravam pelos ídolos cairiam. Para nunca mais se levantar.
Temos vivido tempos assim. Pessoas andando sem rumo. Atrás de magos, monges, procurando ouvir uma palavra. Mas não encontram as palavras do Senhor. Estão buscando em lugares errados.
Amós viu o Senhor em pé junto ao altar. Iria derrubar tudo. Estava decidido. Os israelitas não eram mais importantes para eles que os etíopes (ou cuxitas). É certo que Ele os tirara do Egito, mas também tirou os filisteus de Creta. E os sírios de Quir. Ah, o Senhor ama a todos.
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Ele estava vigiando Israel. E o destruiria. Mas não completamente. Sacudiria Israel junto com as outras nações. Nenhum grão seria perdido. Agora, quanto aos pecadores, morreriam pela espada. Sim, aqueles mesmo que diziam que nenhuma calamidade os alcançaria.
Por causa de Sua infinita bondade e misericórdia, depois do juízo, o Senhor prometeu restaurar a tenda de Davi que estava caída. Não o templo, ou o tabernáculo, mas a tenda simples de Davi. Ele mesmo consertaria os muros quebrados. E das ruínas reconstruiria e restauraria. Seu povo possuiria o que restasse de Edom e de todas as nações que Ele mesmo chamou para serem Suas.
Tudo seria restaurado. E Seu povo nunca mais seria arrancado da terra que lhes deu.
Assim terminamos o livro de Amós.
Que sejamos como esse homem trabalhador, corajoso. Que aceitou o chamado do Senhor mesmo não tendo sido treinado para ser profeta.
Que sejamos audaciosos como Amós, que falou Suas palavras mesmo quando foi acusado de traição pelo sacerdote, que era a maior autoridade depois do rei, e ordenou que se calasse.
Que sejamos misericordiosos como Amós, que clamou por perdão e misericórdia por um povo que não queria ouvi-lo nem ao Senhor.
Que tenhamos olhos para ver o que o Senhor deseja nos mostrar, ouvidos para ouvir o que deseja nos falar e boca para proclamar Suas palavras.
Continuamos amanhã. Leremos o livro de Obadias, que é somente um capítulo e o primeiro capítulo do livro de Jonas.
Espero você. Até lá.
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