segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Mateus 12.1-50

Leitura do dia 14/10.

Na postagem anterior, vimos João Batista perguntar se Jesus era mesmo o Messias. Estava preso. Também vimos o testemunho do Senhor a João batista. E sua denúncia àquela geração.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-111-30.html

Prosseguindo nossa caminhada por Mateus, chegamos ao capítulo doze.

Se olharmos para trás, quantas coisas vistas e aprendidas! Espero que estejam aproveitando.

Os ensinos de Jesus são realmente fantásticos e revolucionários. Muitas vezes esquecemos de olhar a essência contida neles. O importante não são regras, são relacionamentos. Jesus sempre aponta para a importância do homem. E seu relacionamento com o Pai.

Quantas vezes pensamos nos mandamentos do Senhor como um peso. Mas todos foram ordenados para o nosso bem. Se os seguirmos, teremos paz e alegria em nossas vidas. O Pai nos deu mandamentos por nos amar, por desejar o melhor para nós, uma vida abundante e feliz. Sem culpa, sem fardos.

Lembra quando Jesus falou que o pecado começa no coração? Pecado significa errar o alvo. O alvo é fazer o correto diante de Deus, primeiro em nossos corações.

Jesus e os discípulos estavam caminhando pelas lavouras de cereal no sábado. A lei dizia que na colheita não deveria ser retirado tudo, para que os pobres e as viúvas pudessem colher para si. Observe o cuidado do Senhor.

Os discípulos estavam com fome e começaram a colher espigas para comê-las. Você já parou para pensar como era a vida desses homens seguindo a Jesus? Ele está sempre em movimento. O tempo todo. Até quando tenta descansar e levar os discípulos para o descanso, as multidões os seguem e Jesus, compadecido delas, as ensina e cura.

Os fariseus possuíam uma veia de acusação. A mesma que pulsa nos religiosos de todas as épocas. Não conseguem enxergar o que o Senhor está fazendo. Procuram insistentemente algo de errado em que se apegar e perdem o tempo de Deus.

Aqui apontam para Jesus, como querendo que Ele repreenda Seus discípulos por estarem colhendo aquelas espigas no sábado. Não era uma colheita, eles a estavam comendo. Com fome. Jesus responde que Davi comeu o pão que pertencia apenas aos sacerdotes. E foi além. Os sacerdotes faziam atividades no templo, aos sábados, e ficavam sem culpas.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/03/1-samuel-211-14.html

Somos uma nação de sacerdotes.

Jesus revelou àqueles fariseus que Ele é maior que o templo. Que é o Senhor do sábado. O que interessa ao Senhor não são regras sobre regras. Eles (e nós) deveriam (os) aprender o que significa “Misericórdia quero, não sacrifícios”. Se soubessem o significado dessas palavras, muitos inocentes não teriam sido condenados. http://www.espalhandoasemente.com/2019/09/miqueias-61-720.html

Infelizmente, se pararmos para pensar, nos lembraremos de vários casos em que regras e costumes prevaleceram sobre pessoas, ferindo-as, condenando-as e afastando-as do Evangelho. É muito triste.

Quando Jesus e Seus discípulos saíram da lavoura, foram até à sinagoga daqueles fariseus. Estava ali um homem com uma das mãos atrofiadas. Limitado em seus afazeres.

Mais uma vez os fariseus deixam claro que não se importavam com as pessoas, embora fossem os “guardiões” da lei. Eles queriam um motivo para condenar a Jesus e perguntaram-lhe se era permitido curar no sábado. As palavras de Jesus quando caminhavam pela lavoura não entraram neles. Não entenderam nada.

Se fosse eu, teria me transformado na Sarah O’Connor e “mandado bala” naqueles fariseus. Mas Jesus, que é manso (força sob controle), simplesmente responde sabiamente, com outra pergunta: “Qual de vocês, se tiver uma ovelha e ela cair num buraco no sábado, não irá pegá-la e tirá-la de lá”?

Devem ter pensado, pelo menos um pouquinho, nessa pergunta. Jesus continua dizendo que um homem vale mais que uma ovelha. Portanto, era (e é) permitido fazer o bem no sábado. Mandou que o homem estendesse sua mão e ela ficou boa como a outra.

E os fariseus? Não glorificaram ao Senhor por aquele milagre. Não enxergaram o homem. Não enxergaram o milagre. Saíram dali e começaram a conspirar como poderiam matar Jesus. Matar Jesus! Por Ele ensinar a importância do ser humano. Por curar no sábado.

Que o Senhor nos livre de um coração acusador, que não enxerga o homem. Que só enxerga regra sobre regras.

Que deixemos nossos corações serem sondados pelo maravilho Espírito Santo.

Que sejamos misericordiosos e não acusadores.

O Senhor, sabendo da trama dos fariseus, retirou-se dali.

Muitos O seguiram e, como sempre fazia, curou todos os doentes, advertindo-os que não dissessem quem era, para que se cumprisse o que estava escrito a respeito dEle em Isaías, capítulo quarenta e dois. O Ungido de Deus, Jesus, não sairia gritando “por aí”, mas seria (e é, e sempre foi), Aquele em que as nações colocariam a esperança. O único capaz de nos salvar.

Levaram até Ele um endemoninhado, que era cego e mudo. Jesus o curou. Todo o povo ficou atônito. E começaram a perguntar: “Será que este é o Filho de Deus”?

Quando os fariseus souberam, disseram que Jesus havia expulso o demônio pelo príncipe dos demônios, Belzebu. Acredito que a ideia de Jesus ser o Filho de Deus, lhes dava urticária. Teriam muito o que explicar e se arrepender. Estavam na contra-mão dEle.

Uma das coisas que mais me deixam maravilhada em Jesus, são Suas respostas. Claro, tenho vontade de fulminar aqueles fariseus com uma simples olhada. E Ele era (e é) Deus. Sendo acusado de ser Belzebu, príncipe dos demônios, não se defende explicitamente. Responde com sabedoria, levando Seus ouvintes e acusadores a pensar.

Sua resposta é lógica pura: “Pensem vocês. Um reino dividido contra si mesmo logo cairá mas se Eu expulso demônios pelo Espírito de Deus (que era o caso), então o Reino de Deus chegou até vocês”. Simples assim. Pensem e tomem a decisão de vocês. Suas respostas sempre produzem um acelerar em meu coração.

E continua, nos fornecendo mais um pouco de Sua sabedoria. Quem não estava com Ele, estava contra Ele. Com o Senhor não há meio termo. Não há um muro para ficar em cima, apenas observando o que está acontecendo. Precisamos tomar uma posição. Ou estamos com Ele, ou contra Ele. Ou O seguimos, ou O abandonamos.

O Espírito Santo é Aquele que veio para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo, conforme está escrito em João 16.8. Se não nos deixarmos sermos convencidos por Ele, como haver perdão para nós? Impossível.

Jesus então fala das árvores. Uma árvore boa produz fruto bom e uma árvore ruim, fruto ruim. Elas são conhecidas pelos seus frutos.

Agora, Ele me deixa boquiaberta. Olho para Ele e minha admiração aumenta. Tenho vontade de pular e bater palmas. De arrumar uma placa escrita “Aplausos” e mostrar para todos. Ele os chama de raça de víboras! O manso (força sob controle) Senhor os chama de raça de víboras. Mas ao contrário de mim (se eu fosse falar), a veia de Seu pescoço não se altera. Ele simplesmente fala. A verdade. E continua, com Sua lógica maravilhosa aos meus olhos: “Como vocês sendo maus, podem dizer coisas boas?". Não é possível, Ele explica, “a boca fala do que está cheio o coração”. É assim.

Somos aquilo que falamos porque falamos aquilo que está dentro de nós. O homem bom sempre irá tirar coisas boas de seu tesouro, e o homem mau irá sempre tirar coisas ruins. É o fruto daquilo que somos. Mas, cuidado, tudo o que falarmos será julgado um dia. E seremos condenados ou absolvidos, pelas nossas próprias palavras.

Observando Sua sabedoria fico mais apaixonada por Ele, mais a cada dia. Sondemos nossos corações. O que há dentro deles? O que temos falado? Somos acusadores, como os fariseus ou somos abençoadores como Jesus? Estendemos a mão ou apontamos o dedo? Abraçamos em socorro ou viramos as costas?

"Que as palavras da minha boca e o meditar do meu coração sejam aceitáveis na Tua presença, Senhor, minha Rocha e meu vingador!" - Salmos 19.14

Se você me conhece, sabe que sou uma pessoa extremamente calma. Mas os fariseus me deixam irada. É terrível como pessoas que não têm disposição para crer, encontram desculpas e empecilhos para tal.

Depois de tudo que vimos o Senhor realizar nos últimos versículos e contemplar a multidão atônita diante desses fatos, alguns fariseus e mestres da lei (mestres da lei!) pedem a Jesus um sinal milagroso. O que queriam ver? A terra se abrir e engolir alguns, como aconteceu com Coré (Está registrado em Números 16)? Só queriam mais uma desculpa para não seguir Jesus.
Como sempre, Sua resposta faz meu coração acelerar. Sua ousadia me deixa completamente apaixonada. Ele responde: “Uma geração perversa e adúltera pede um sinal milagroso! Mas nenhum sinal será dado, exceto o sinal do profeta Jonas”. E explica que assim como Jonas esteve no ventre de um grande peixe, Ele ficaria no coração da terra. Falava sobre Sua morte e ressurreição, mas claro, os fariseus e os mestres da lei não entenderam. Não tinham ouvidos para ouvir. Eram seletivos. Só ouviam e viam o que lhes interessava. O que pudesse respaldar suas vidas, não denunciá-las.
Novamente gostaria de ter uma placa escrita “aplausos” ou ser uma líder de torcida, como no vôlei ou futebol, que incentiva a torcida a gritar, bater palmas e até fazer a “ola”. Jesus afirma que os homens de Nínive se levantarão no Juízo e condenarão essa geração incrédula, pois se converteram com a pregação de Jonas e “agora está aqui O que é maior do que Jonas”. Uau! Que afirmação. Quase consigo ouvir os dentes daqueles homens rangendo de tanta raiva.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/09/jonas-21-411.html

Ele não parou aí. Sabia como aqueles homens eram nacionalistas e citou a Rainha do Sul, a Rainha de Sabá, que veio de outra nação, para ouvir a sabedoria de Salomão, “e agora está aqui o que é maior do que Salomão”. http://www.espalhandoasemente.com/2019/04/1-reis-101-10.html

Cada afirmação dEle faz meu coração saltar de alegria. Ele é maior que tudo, que todos.

Aqueles homens, no entanto, não O seguiram. E nós? Reconhecemos Sua superioridade? Sabemos quem de fato Ele é?

A incredulidade é realmente algo terrível. O Senhor explica o que aconteceria com aquela (ou essa) geração perversa. Estavam sendo limpos pela palavra que ouviam, mas não tomavam posição. A casa que havia sido antes habitada por um espírito imundo estava desocupada, varrida e em ordem. Pronta para o Senhor morar. No entanto, estava trancada. Não faziam o convite a Ele. Ficariam em um estado muito pior que o anterior. Aquele espírito imundo voltaria, levando com ele sete espíritos piores e entraria novamente na casa, passando a viver ali. E o estado daquele homem, e no caso, daquela geração, seria pior do que o primeiro. Ah, como sabemos que isso é verdadeiro.

Quando cremos e O seguimos, nos tornamos Sua família, Sua responsabilidade. Seu cuidado está sobre nós. Quando porém, O ignoramos, estamos vulneráveis, sem defesa.

Qual tem sido nossa atitude diante dEle, aquele que é maior que qualquer outro?

“Por isso, Deus também o exaltou sobremaneira à mais elevada posição e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome;” – Filipenses 2.9

Continuamos amanhã, leremos a partir do capítulo treze. Até o capítulo quinze.

Espero você. Até lá.

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