quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Lucas 20.1-47

Leitura do dia 31/10.

Na postagem anterior vimos a salvação de Zaqueu, chefe dos cobradores de impostos. Jesus conta a parábola dos dez servos, a parábola dos talentos. Ele entra em Jerusalém, montado em um jumentinho, como o Rei que é. E chora por Jerusalém, que não reconheceu que o Eterno a visitou.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/11/lucas-191.html

Agora, caminharemos pelo capítulo vinte de Lucas.

Jesus está ensinando no templo. Os principais sacerdotes, os mestres da lei e os líderes do povo (religiosos) aproximam-se dEle. Como sempre, não querem aprender. Querem questioná-Lo.

Até eles percebiam que Jesus tinha autoridade. Perguntam-Lhe com que autoridade faz o que fazia e quem Lhe dera esse direito. Uma pergunta para provocá-Lo, com certeza. Não queriam saber a resposta. Queriam apenas algo para acusá-Lo.

A resposta do Senhor me faz vibrar. Tenho vontade de gritar, bater palmas, saltar e levantar diversas plaquinhas. Como se sozinha, eu fosse uma "torcida organizada". Que sabedoria!

Disse que primeiro faria uma pergunta. Se respondessem, lhes diria com que autoridade estava fazendo aquelas coisas. Ele não espera. Pergunta de onde vinha a autoridade do batismo de João. Do céu ou dos homens?

Ele sabia a resposta. Conhecia o que ia no coração dos homens. Aparência era o que importava. Lembra da figueira com folhas? Eram como ela. Tinham folhas e você espera encontrar frutos quando se aproxima. Mas não há nenhum. http://www.espalhandoasemente.com/2017/12/jesus-e-figueira-sem-frutos.html

Não respondem de imediato. Ficam discutindo entre si. Sabem que se disserem que o batismo de João era do céu, Jesus perguntaria por que não creram e não foram batizados. Se, ao contrário, responderem que era dos homens, temiam ser apedrejados, pois todos consideravam João um profeta, embora eles não considerassem.

Não tiveram outra resposta a não ser dizer que não sabiam.

Meus olhos e ouvidos estão atentos. Jesus vai virar as costas e simplesmente ir embora? Havia dito que só responderia se respondessem primeiro à Sua pergunta e eles “não souberam” responder.
Jesus simplesmente diz que também não diria com que autoridade estava fazendo aquelas coisas. Como sempre, Sua sabedoria me atinge em cheio. Fico pasma! Aqueles homens precisam se retirar. Não terão resposta porque realmente não querem a verdade.

Se Jesus respondesse, adiantaria alguma coisa? Aqueles homens creriam nEle? Sabemos que não. Seus olhos e ouvidos estavam fechados devido à incredulidade. Não queriam aprender, porque não queriam mudar. Estavam satisfeitos com todas as tradições que criadas, que os deixava em posição privilegiada diante do povo.

Mas havia uma chance para eles. Se pensassem na pergunta de Jesus sobre o batismo de João, veriam que era a mesma resposta. O batismo de João era do céu, assim como Sua autoridade.

A verdade sempre será verdade, quer você ou eu, creiamos ou não.

Se realmente queremos respostas, devemos perguntar. Se não, é melhor nos calarmos. Respostas vindas do Senhor sempre nos levarão a uma tomada de atitude. Talvez não sejam as que gostaríamos de tomar, como o homem rico, que saiu triste sem coragem de fazer o que Jesus lhe dissera.
http://www.espalhandoasemente.com/2017/12/o-que-me-falta-ainda.html

Quero de fato saber quem Ele é? Com que autoridade faz o que faz? O que Ele quer de mim? http://www.espalhandoasemente.com/2017/12/andando-ao-lado-de-jesus.html

Sento por um tempo. Preciso pensar. Ele sempre me faz pensar. Estou disposta? Quero Lhe fazer perguntas? Quero ouvir Suas respostas? Quero obedecer?

Sente-se comigo. Analisemos nossas motivações e coração. Estamos dispostos a ouvir Sua resposta e obedecer?

Depois de Sua resposta, Ele volta-se para o povo e conta uma parábola.

É a parábola dos lavradores maus. Prestemos bastante atenção. Abra seus olhos e ouvidos.

Um homem plantou uma vinha. Colocou uma cerca ao redor, para protegê-la. Cavou um tanque para prensar as uvas e fazer vinho. Construiu uma torre. Para vigiar sua vinha. Principalmente na época da colheita, é muito importante essa vigilância. Há salteadores e intempéries.

Depois que deixou tudo pronto, arrendou sua vinha e fez uma viagem.

Quando estava próxima a época da colheita, enviou seus servos aos lavradores, para receber os frutos que lhe pertenciam. Quando uma terra era arrendada, parte da colheita pertencia ao arrendatário e a outra parte ao proprietário da terra.

Quando aqueles servos foram receber essa parte que era devida ao proprietário, os lavradores agarraram e espancaram aqueles homens. A outros, também enviados, mataram. Os próximos foram apedrejados.

O proprietário enviou outros servos, em maior número, mas os lavradores trataram-nos da mesma forma.

Por último, aquele proprietário resolveu enviar seu filho acreditando que o respeitariam. Ledo engano. Quando os lavradores viram o filho, disseram uns aos outros: “Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e ficar com a herança”. Foi o que fizeram. Agarraram-no, lançaram-no fora da vinha e mataram-no.

Jesus pergunta “quando vier o dono da vinha, o que fará àqueles lavradores?”. Não questiona se o dono da vinha virá. É certo que virá. Mataram seus servos e por último seu filho, seu herdeiro. Então, o que ele fará quando vier?

Os que O ouviam disseram, “que isso jamais aconteça”, como muitas vezes dizemos “Deus nos livre”.

Jesus pergunta o que significa a passagem nas Escrituras sobre a pedra que os construtores rejeitaram e tornou-se a pedra angular. Afirma, com todas as letras, novamente sem meias palavras que quem tropeçar nesta pedra (Ele próprio) seria despedaçado e aquele sobre quem a pedra cair seria reduzido a pó.

Os mestres da lei e os principais sacerdotes ao ouviram essa parábola, claro entenderam que Jesus falava sobre deles. Estava muito claro. Podiam não querer arrependimento, mudança de vida. Mas entendiam Sua mensagem.

Minha boca está aberta. Meu queixo cai. Quero erguer minha plaquinha, mas estou tão chocada que não consigo me mexer. Mal consigo respirar. Meus olhos devem estar esbugalhados.

Realmente o Senhor não tem medo de ficar sem ouvintes. Novamente Ele demonstra, de maneira completamente clara, Seu compromisso com a verdade.

Estou a ponto de engasgar. Nunca vi alguém tão comprometido com a verdade. Isso me emociona. Me choca. Enche meu coração de admiração. De amor. De paixão. Quero segui-Lo. Quero servi-Lo. Todo o tempo. Todos os dias. Onde quer que vá. Para sempre. Esse é o Senhor que quero sobre mim. Que não abandona a verdade por nada. Que não é politicamente correto. Que não é político. É correto. E ponto. O que o sim é sim e o não é não.

Os mestres da lei e os principais sacerdotes queriam prendê-Lo, mas tinham medo da reação do povo. Não era a hora. Estava próxima. Ele havia ido a Jerusalém para tal. Sabia o que O esperava. Mas ainda não era a hora.

Tenho que parar aqui. Preciso me recompor. Sua ousadia me abala. Será que estou comprometida com a verdade como meu Senhor? Será que amo mais a verdade que “meus” ouvintes? Afinal, esses ouvintes são os conhecedores das Escrituras, os estudiosos. Qual meu comprometimento com Ele? Será que procuro colocar "panos quentes" em algumas situações? Será que a verdade para mim é sempre verdade? Será que ainda me pego "dando um jeitinho brasileiro" em alguma situação?

Penso no Senhor da vinha. Ele vem, é certo. Sua vinda está próxima. Tenho sido fiel? Ele vem receber a parte que Lhe cabe na colheita. Estou disposta a entregar Sua parte ou quero tudo para mim? Que tipo de "mordomo" tenho sido? Acertarei tudo com Ele, corretamente? Meu coração dispara.

Sondemos mais uma vez nossos corações.

Mais tarde, esses líderes enviaram alguns espiões para provocar Jesus. Querem que fale algo que possam condená-Lo diante do governador. Para prendê-Lo.

Eles O chamam de Mestre. Dizem saber que fala e ensina o que é certo. Não se deixa influenciar. Ensina o caminho de Deus conforme a verdade. Pergunto: Então, por que não eram Seus discípulos?

Pois bem. Continuam com a farsa. Perguntam, “inocentemente”, se era certo ou não pagar o imposto a César.

Meus olhos e ouvidos estão atentos aguardando Sua resposta.

Jesus, percebendo a má intenção deles, pede que Lhe mostrem uma moeda de prata.

Mostram-lhe uma moeda. Estico meu pescoço. O que fará agora?

Pergunta de quem é a imagem e o título gravado na moeda. Claro, minha plaquinha está levantada.
Queriam Lhe pegar em Suas próprias palavras, mas agora quem pergunta é Ele. Queria ter outra plaquinha.

Eles, na minha opinião, “com cara de tacho”, são obrigados a responder que a imagem e o título são de César.

Jesus conclui que deem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Ficaram admirados com Sua resposta.

Sinto muito se você me acha escandalosa, mas tenho que pular diante de tal resposta. Meu Senhor é tão maravilhosamente sábio! Meu queixo cai. Acho que fico literalmente babando.

Não apenas respondeu que o imposto, devido a César, deveria ser pago. Também disse que o que é de Deus deve ser dado a Deus.

A honra, a obediência, o amor, o louvor, o temor. Tudo que pertence a Deus deve ser Lhe oferecido.

Claro, preciso sentar de novo. Fiquei tão empolgada com Sua resposta, mas agora a pergunta ecoa através dos meus próprios ouvidos. Tenho que olhar para dentro de mim. Novamente. É verdade, tenho declarado meu imposto corretamente, como deve ser. “Dar a César o que é de César”. Mas e quanto a dar a Deus o que é de Deus? Tenho feito isso? Tenho realmente dado ao Senhor tudo o que Lhe é devido? E você? Sondemos nossos corações.

Prossigamos.

Depois dos fariseus e espiões, vieram os saduceus. Não acreditam na ressurreição. Vão a Jesus com mais uma daquelas perguntas para testá-Lo. Citam Moisés, que dissera que se um homem morresse sem deixar filhos, seu irmão deveria se casar com a cunhada para dar descendência ao irmão que morrera. Disseram que havia uma família com sete irmãos. O primeiro casou e morreu. Não teve filhos. Seu irmão casou-se com a cunhada, para cumprir a lei. O mesmo aconteceu com todos os outros. Até que finalmente a mulher morreu.

Disparam a pergunta. Querem saber, na ressurreição, de qual dos sete seria esposa, uma vez que todos foram casados com ela.

Como sempre, Sua resposta deixa-me boquiaberta. Ora, se não acreditavam na ressurreição, por que a pergunta? Queriam saber qual solução Jesus daria.

Sua resposta vai ao fundo da verdadeira questão. Estavam enganados por não conhecerem nem as Escrituras, nem o poder de Deus. Esse era o erro deles. Embora fossem considerados estudiosos da Lei, suas crenças estavam erradas. Não conheciam verdadeiramente a Lei, as Escrituras, nem o poder de Deus. Não havia relacionamento entre eles e Deus. Não saíam da superficialidade.

O Senhor explica que na ressurreição as pessoas não se casam. E, como sempre, chega ao âmago da questão. Diz àqueles homens que não criam na ressurreição se não haviam lido que Deus disse a Moisés ser o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Ele não é Deus de mortos, mas de vivos. Mais uma vez o problema dos saduceus estava em não conhecer as Escrituras. Embora lessem não entendiam. Seus olhos, ouvidos e mentes estavam encobertos. Seus corações não eram atingidos. Estavam completamente enganados.

Como pode sempre ir ao âmago da questão? Responde além do que perguntam porque sabe o que exatamente querem dizer e o que precisam ouvir.

Preciso parar e adorá-Lo, com o coração cheio de admiração, amor e gratidão. Esse é o Senhor que sirvo e servirei para todo o sempre. Com todo o meu ser.

Ninguém mais tem coragem de Lhe perguntar nada. Então, é Sua vez de perguntar. Sua pergunta também é à queima-roupa. Quer saber por que afirmam que Cristo é filho de Davi se o próprio Davi, falando através do Espírito Santo, chama-O de Senhor (Salmo 110). Como, então, pode ser seu filho?
Claro que sabia a resposta. Diferente dos fariseus, não queria colocar ninguém à prova. Queria ensinar. Esclarecer. Revelar. Como antes fazíamos com o negativo de uma fotografia. Mostrar a verdade oculta. Sua hora estava chegando.

Ninguém conseguiu responder. Não tinham a revelação de que o Cristo era sim, filho de Davi, porque o Todo-Poderoso cumpriria Sua promessa a ele, mas também era, é o Deus Encarnado, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, como João tão lindamente explica no capítulo um de seu livro.

Jesus deixou a pergunta no ar. Para ser pensada. Ruminada. Pesquisada. Estudada.

Se queremos aprender, precisamos examinar as Escrituras, com o coração atento às verdades ali contidas.

Ele orientou às multidões, que tivessem cuidado com os mestres da lei. Gostavam de aparecer. De ser saudados. De estarem no centro da atenção. E, pior que isso, tomavam posse dos bens das viúvas, desonestamente. Também gostavam de fazer longas orações em público.

Seriam duramente castigados. Eram só casca.

Continuamos na próxima postagem.

Espero você. Até já.

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