quarta-feira, 27 de abril de 2016

Nós, cavadores de poços

Vamos comigo lá em II Reis capítulo 3?

Moabe se rebela contra Israel. Israel, Judá e Edom se reúnem para a guerra. Caminham sete dias. Ficam sem água. Temem a morte. Josafá, rei de Judá, pergunta se há algum profeta por ali. Alguém fala de Eliseu, que quando discípulo, derramava água sobre as mãos de Elias. O rei Josafá afirma que Eliseu tinha a Palavra de Yahweh! 

Somos aqueles que têm as respostas. Os que aram os homens. Curam as águas. Saram a terra. Cavam os poços. Abençoam nações. 

Eliseu orou. A poderosa mão do Senhor veio sobre ele. E o Senhor ordenou que se cavassem muitos poços naquele vale. Não haveria vento, nem chuva, mas o Senhor saciaria a sede de todos. E ainda entregaria o rei de Moabe nas mãos deles. Não sei apenas ler. Imagino o que estou lendo. Toda a cena. As fisionomias. O cenário. Os sentimentos. E, depois de ter ido a Israel, aí mesmo é que visualizo tudo. Quando estávamos descendo ao Mar Morto, vimos alguns vales. O guia nos falou que chovia nos lugares altos e as águas iam escorrendo até os vales. Consigo ver as águas escorrendo por aquelas montanhas. Percorrendo os vales. Enchendo os poços que foram cavados.

O texto fala que muita água desceu e alagou aquele vale. Lembro do Salmos 84.5-7. Amo! Vale representa um lugar de dor, tristeza, depressão. Mas os que encontram forças no Senhor, transformam o vale de lágrimas num lugar de fontes. É no vale que devemos cavar nossos poços. Não ouviremos o som da chuva abundante, sequer ouviremos o vento. Vale. Tudo seco. Deserto. Mas, se cavarmos os poços enquanto estivermos no vale, chorando, sofrendo, no lugar de dor, a chuva de outono virá e o cobrirá de bênçãos. Podemos transformar nossa dor em aprendizado e vida. Em bençãos para nós e outros.

Nossa responsabilidade é cavar os poços, enquanto estivermos no vale. A chuva vem do Senhor! Refrigério e vida.

Foi o que aconteceu naquele dia. É o que acontece conosco hoje, cada vez que estamos passando por um vale e, ao invés de murmurarmos, cavarmos poços!

Veremos as bençãos do Senhor. Ele nos quer! Somos dEle. Quando nos dispomos a Ele, em adoração, intimidade e simplicidade, isso cativa Seu coração. E Ele é nosso! Não é mais o Deus de Abraão, Isaque, Jacó e Elias, é o Deus da Symone. É o seu Deus. Em qualquer lugar. Em qualquer situação. O Deus sempre presente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário