Vamos continuar nossa caminhada através de 2 Crônicas.
Ontem vimos Josafá visitando novamente as cidades de Judá, instituindo líderes e juízes e orientando-os ao temor do Senhor em suas atividades.
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Hoje caminharemos pelas páginas do capítulo vinte.
Os moabitas, os amonitas e os meunitas resolveram atacar Judá. Asafe foi avisado. Uma grande multidão vinha contra eles, de Edom. Os guerreiros já estavam em En-Guedi.
Josafá sentiu muito medo. Mas não se escondeu debaixo da cama. Decidiu buscar o socorro do Senhor. Convocou um jejum nacional em toda a terra de Judá. Uau!
Todo o povo se reuniu para rogar o auxílio do Senhor. Pessoas vieram de todas as cidades para buscar o Senhor. Todos os homens de Judá, com suas mulheres e filhos, até os de colo, estavam ali em pé, buscando o Senhor.
Josafá colocou-se em pé diante de todos, no pátio novo, no templo do Senhor e orou.
Ele declarou a soberania do Senhor. O amor do Senhor pelos descendentes de Abraão, seu amigo. Depois lembrou ao Senhor de Sua palavra a Salomão dizendo que ouviria as orações feitas naquele lugar, que levava Seu nome. Era a Ele que levantavam suas vozes, seus clamores. Certos de que seriam ouvidos. Até então, não havia falado o que queria. Apenas afirmou quem o Senhor era, como agia. Lembrou Sua promessa.
Então, Josafá conta ao Senhor o que aconteceu. O que eles fizeram quando vieram do Egito, que se desviaram daqueles povos, pois o próprio Senhor havia impedido que eles invadissem aquelas terras. Era herança daqueles povos, não de Israel. Mas agora retribuíam o bem com o mal, querendo acabar com eles.
Ele clama ao Senhor que exerça juízo. Sua oração mostra que sabe que o Senhor exercerá Seu juízo, uma vez que eles não têm poder suficiente para enfrentar o imenso exército que está prestes a atacá-los.
Ah, é lindo! Um rei como Josafá, cheio de riqueza, glória e poder, afirma diante do Senhor e de todo o povo ali reunido, que não sabia o que fazer, mas... que “mas” importante esse! Seus olhos estavam voltados para o Senhor.
Ao terminar sua oração, o Espírito do Senhor veio sobre Jaaziel, levita, descendente de Asafe. Ele ordenou que todos prestassem atenção ao que o Senhor estava falando. Ao povo e a Asafe.
O Senhor disse que não deviam temer. Nem sequer se assustar por causa daquela grande multidão que estava vindo contra eles, porque essa luta não era deles, era dEle. O Senhor mesmo desceria contra aquele exército. No dia seguinte.
Afirmou que o exército estava subindo pela ladeira de Ziz. Eles o encontrariam na extremidade do vale, em frente ao deserto de Jeruel. Embora tivessem que ir até onde o exército inimigo estava acampado, o Senhor afirma que não lutariam. Deveriam tomar posição. Ficar parados. E observar o livramento que o Senhor lhes concederia.
Não sei você, mas para mim essa é uma ordem muito difícil de obedecer. Preciso de Sua misericórdia sobre mim.
Não é hoje que o Senhor irá vencer os inimigos. É amanhã. Há uma noite inteira pela frente. Uma noite para usufruir descanso. Mas quantas vezes fico virando de um lado para o outro da cama, pensando em como será o amanhã. Ele disse que iria lutar. Que a guerra era dEle. Mas preciso ir e olhar o inimigo. Preciso tomar posição.
Como vou conseguir? Olhar o inimigo. Tomar posição. Ficar parada. E observar o que o Senhor fará.
Já passou por situações assim? Não podemos ficar em casa. Não podemos nos esconder. Precisamos nos armar para a guerra. E tomar posição. Nesse caso, a posição é não fazer nada, não se intrometer no que o Senhor está fazendo. E observar.
Em minha teimosia, quero fazer alguma coisa. Não quero ficar parada apenas observando. Mas não posso. Hoje a ordem é essa. Em outras guerras, precisamos lutar. Mas hoje, nesse episódio específico é só observar. Talvez para você não, mas para mim é muito difícil. Porém, completamente necessário. Preciso obedecer. Atacar quando é para atacar. E observar, posicionada, quando é para observar.
Vejamos o que Josafá fez. Voltemos às páginas de Crônicas.
Josafá ajoelhou-se. Rosto ao chão. Naquela hora não era o rei. Era apenas o homem. Que havia posto toda sua confiança no Senhor.
Todos que estavam ali fizeram o mesmo. Prostraram-se diante dEle.
E começaram a louvá-Lo e adorá-Lo. Entenderam o que o Senhor havia falado. Naquela hora, não ficaram questionando absolutamente nada. Apenas louvaram e adoraram.
Os levitas se levantaram. Louvaram ao Senhor com “grande voz”.
No dia seguinte, ao romper da aurora, sem procrastinação, levantaram e foram ao deserto de Tecoa.
Antes de saírem, Josafá pôs-se em pé diante de todos. Pediu que todos o ouvissem. Ordenou que cressem, sem sombras de dúvidas no Senhor. Assim, eles estariam sempre seguros. Deviam confiar nos profetas do Senhor, assim seriam bem sucedidos.
É maravilhoso saber que, se cremos no Senhor, sem sombras de dúvidas, estaremos sempre seguros. Não é de vez em quando. Não é quando “o sistema está funcionando”, quando o sol está brilhando, quando a conta bancária está transbordando. É sempre. Em toda e qualquer circunstância. Mesmo nas piores. Mesmo quando acontecem coisas que não conseguimos entender.
Mais uma vez, precisamos lembrar que é nosso dever conhecer o Senhor, ter intimidade com Ele para que possamos discernir quem é profeta do Senhor ou quem se apresenta como tal. É tão importante ouvir os profetas do Senhor, quanto não ouvir os falsos.
Depois de ouvir e conversar com o povo, Josafá designou cantores para louvar ao Senhor.
Eles saíram à frente do exército. Sim, isso mesmo. Os cantores saíram à frente do exército. Não estavam vestidos com armaduras como os soldados. Estavam vestidos de seus trajes sagrados. Adoravam e entoavam ao Senhor, dizendo: “Rendei graças ao Senhor, porque a Sua misericórdia dura para sempre”.
Em meio à guerra, indo de encontro ao inimigo, que era imenso, não estavam mais clamando. Rendiam graças ao Senhor. Ordenavam, com seu louvor, que todos rendessem graças ao Senhor. Não porque Ele lutaria por eles, mas porque a Sua misericórdia dura para sempre. Aleluia!
E o que aconteceu?
Quando começaram a cantar e dar louvores ao Senhor, o Senhor colocou emboscadas contra o exército inimigo, que invadia a terra de Judá. Foram todos derrotados. Os homens de Amom e Moabe atacaram os habitantes do monte Seir. Depois, voltaram-se uns contra os outros, até à morte.
Impossível? Não. Já vivi isto. Só que não consegui dormir. Passei a noite em claro. Escrevendo qual seria minha estratégia. O que eu faria e falaria. Em vão. Não usei nenhuma das minhas armas.
Boquiaberta, apenas observei os inimigos se digladiarem à minha frente, completamente esquecidos de mim.
Quando os homens de Judá chegaram ao posto de observação, viram que o outrora imenso exército inimigo, jazia ao chão. Só havia cadáveres. Nem um só guerreiro havia escapado. Foi um verdadeiro massacre.
Josafá e seus soldados foram até o acampamento. Saquearam os cadáveres, como era o costume. Encontraram muitos equipamentos, joias, roupas e objetos de valor. Passaram três dias saqueando. Era muito desposo. Havia muito mais do que podiam carregar. É assim que o Senhor faz, quando a guerra é dEle e não nos metemos, apenas observamos e louvamos.
No quarto dia reuniram-se no vale. Ali louvaram ao Senhor. Colocaram o nome daquele vale de Vale da Benção.
Depois, sob a liderança de Josafá, voltaram satisfeitos e exultantes para Jerusalém. O motivo? O Senhor os abençoara com plenitude de alegria, dando-lhes vitória sobre seus inimigos.
Você já experimentou essa plenitude de alegria?
Entraram em Jerusalém e foram à casa do Senhor. Não voltaram correndo para suas casas a fim de desfrutarem seus despojos. Primeiro foram louvar ao Senhor. Entraram no templo com cânticos, liras, harpas e trombetas.
O temos do Senhor veio sobre todas as nações que souberam como o Senhor havia guerreado contra os inimigos de Israel.
O reinado de Josafá seguiu com tranquilidade porque o Senhor lhe concedeu paz em todas as fronteiras de seu reino.
Com trinta e cinco anos de idade Josafá foi proclamado rei de Judá, no lugar de Asa, seu pai. Foi rei em Jerusalém durante vinte e cinco anos. Suas ações foram aprovadas pelo Senhor.
Infelizmente, os lugares pagãos de culto não foram destruídos. O povo ainda não tinha disposto o coração para adorar somente e plenamente ao Senhor.
Tudo que Josafá fez está escrito nas Crônicas de Jeú, que faz parte do Livro da História dos Reis de Israel.
Já estava suspirando de alívio quando li o que vem a seguir. Uma frase que fez meu coração entristecer-se.
Está escrito: “Depois desses acontecimentos”.
O que aconteceu?
Josafá tornou-se aliado de Acazias, rei de Israel, que vivia uma vida cheia de iniqüidades e maldades.
Os dois fizeram uma aliança. Um acordo para construírem navios que fossem até Társis, na Espanha.
Esses navios eram capazes de vencer grandes mares. Foram construídos em Eziom-Geber.
O Senhor não se agradou dessa aliança, como não se agradou da aliança feita com Acabe.
http://www.espalhandoasemente.com/2018/07/alianca-desastrada.html
Eliézer, filho de Dodavá, de Maressa, entregou uma palavra do Senhor a Josafá. O Senhor disse que havia destruído suas obras por causa de sua aliança com Acazias.
Os navios foram despedaçados e naufragaram a caminho de Társis. O tratado comercial jamais pôde ser concluído.
Mais uma vez uma aliança que se mostrou desastrada. Se queremos tratados bem sucedidos, precisamos dos conselhos do Senhor. Alianças fora de Sua vontade, acabam sempre em náufragos.
Que saibamos nos posicionar em cada situação, como o Senhor deseja. Que saibamos fazer alianças de acordo com Sua vontade.
Amanhã continuamos. Espero você.
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