Na postagem anterior, finalmente vimos o encontro entre Jacó e Esaú. De tirar o fôlego.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/genesis-331-20.html
Agora, caminharemos pelas páginas do capítulo trinta e quatro. Nosso último texto de hoje.
Diná era a única filha de Jacó. Certa vez ela saiu, sozinha, para visitar algumas moças que viviam na região onde estavam agora morando. Siquém, filho de Hamor, era o príncipe daquela região. Quando a viu, não se conteve. Agarrou Diná e a violentou. Em seguida, apaixonou-se por ela. Tentou conquistar sua afeição com palavras carinhosas. Pediu a seu pai que a conseguisse para ele. Queria casar-se com ela.
Jacó logo soube. Não fez nada. Esperou que seus filhos chegassem do campo. Hamor, pai de Siquém, foi pedir que Diná fosse concedida a seu filho, para que se casasse com ela. Os filhos de Jacó souberam o que aconteceu e voltaram rapidamente do campo. Ficaram abalados e furiosos por sua irmã, única irmã no meio de onze homens, tivesse sido violentada. Dá para imaginar o furor que tomou conta deles?
Hamor fez o pedido a Jacó e seus filhos. Disse que Siquém havia se apaixonado por Diná. Que eles permitissem o casamento. Aliás, que houvessem outros casamentos entre eles. Que dessem suas filhas para seus filhos e eles dariam suas filhas para os filhos deles. Assim, poderiam viver juntos. A terra estava à disposição. Que se estabelecessem e fizessem negócios. Que ficassem à vontade para comprar terras ali.
O próprio Siquém falou a Jacó e seus filhos. Pediu que fossem bondosos com ele. Chegou a implorar que deixassem Diná casar-se. Ele daria o que quisessem. Qualquer que fosse o dote, por maior que fosse. Desde que a deixassem ser sua mulher. Os filhos de Jacó responderam falsamente a Siquém. Seus corações estavam cheios de ódio por ela ter sido violentada. Disseram que só poderiam dá-la em casamento se ele fosse circuncidado.
Apesar do que Siquém fez, era o mais respeitado de toda sua família (não sabemos como eram os costumes da região). Sem demora, foi circuncidado. Desejava ardentemente casar-se com Diná. Ele e seu pai foram até à porta da cidade e falaram aos líderes que estavam ali. Propuseram que todos fossem circuncidados para que viessem a ser um só povo. Todos aceitaram.
Quando estava no terceiro dia, após a circuncisão, o dia em que a dor era maior, Simeão e Levi, entraram na cidade sem resistência. Mataram todos os homens. O texto nos conta que eles massacraram os homens daquele lugar. Arrancaram Diná da casa de Siquém e voltaram para o acampamento. Depois os outros filhos de Jacó chegaram à cidade. Vendo todos os homens mortos, saquearam a cidade. Tomaram as riquezas das casas. Levaram as crianças e as mulheres como prisioneiras.
Quando soube, Jacó disse a Simeão e a Levi que haviam arruinado sua vida. Todos os povos daquela terra o odiariam. Eles eram poucos e logo seriam esmagados. Seus filhos responderam que não poderiam permitir que sua irmã fosse tratada como uma prostituta. Jacó temeu o que poderia acontecer com todos eles. Formavam apenas um pequeno grupo.
Fico pensando em Diná. Primeiro foi estuprada. Depois recebeu uma proposta de casamento. Não sei se as palavras carinhosas de Siquém foram suficientes para atingir e curar seu coração. Sei que ficou sozinha. Ferida. Massacrada. E Jacó e seus descendentes, apesar do que ocorreu, não foram benção para aquela nação. Siquém errou com Diná. Simeão e Levi enganaram a todos.
Um crime não pode justificar outro. Que situação! Uma tragédia que poderia ter sido transformada em benção, mas tornou-se o massacre de uma nação. Por aqueles que deveriam ser abençoadores de nações.
Hoje terminamos nossa leitura. Amanhã continuamos. Leremos Gênesis, do capítulo trinta e cinco ao capítulo trinta e sete. Espero você. Até lá.
Hoje terminamos nossa leitura. Amanhã continuamos. Leremos Gênesis, do capítulo trinta e cinco ao capítulo trinta e sete. Espero você. Até lá.
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