sexta-feira, 26 de abril de 2019

2 Crônicas 14.1-16.14

Leitura do dia 26/04.

Continuamos nossa caminhada através das páginas de 2 Crônicas.

Ontem vimos que as tribos do norte se rebelaram. Vimos a profecia de Semaías e a obediência de Roboão. A fortificação de seu reino e sua família. A posição dos levitas. Também vimos que se afastaram do Senhor e Sisaque, rei do Egito invadiu Judá. Eles se arrependeram. Mas sofreram as consequências de seu afastamento.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/04/2-cronicas-101-1123.html

Também vimos a guerra entre Abias e Jeroboão. Judá foi vitorioso em batalha. Colocaram toda sua confiança no Senhor, não na força do seu exército, nem em suas próprias mãos.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/04/2-cronicas-121-1322.html

Hoje vamos continuar a caminhar pelas linhas dos capítulos quatorze a dezesseis.

Abias morreu. Asa seu filho, reinou em seu lugar. Durante seu reinado houve paz por dez anos seguidos. Asa agiu com bondade e justiça. Agradou o Senhor, seu Deus. Destruiu os altares dos deuses estrangeiros. Aboliu os cultos idólatras que normalmente aconteciam nos montes. Despedaçou as colunas de adoração pagã. Proibiu os cultos pagãos e os altares de incenso. Determinou que o povo de Judá buscasse o Senhor e obedecesse Seus mandamentos.

Aproveitou o tempo de paz para edificar cidades fortes em Judá. Cercou-as com muros e torres, grossos portais e ferrolhos. Eles construíram e prosperaram muito naquela época. Asa declarou ao povo que havia paz porque estavam procurando obedecer ao Senhor. Eles O buscaram e Ele lhes concedeu paz de todos os lados.

Mesmo sendo tempo de paz, Asa tinha um exército de trezentos mil guerreiros de Judá. Todos manejavam bem o escudo e a lança. E duzentos e oitenta mil homens de Benjamim, que usavam escudo e atiravam com arco. Todos eram soldados corajosos.

Zerá, o etíope decidiu atacar as cidades de Judá. Seu exército era de um milhão de soldados e trezentos carros de guerra. Ele chegou a Maressa.

Asa partiu contra Zerá. Ordenou que seus exércitos se preparassem para a batalha no vale de Zefatá, próximo a Maressa.

Asa clamou ao Senhor. Em sua oração reconheceu que o Senhor era o seu Deus. Pediu que o homem não prevalecesse contra a Sua vontade.

O Senhor derrotou os etíopes diante dos olhos de Asa e perante todo Judá. Eles fugiram em desespero. Toda aquela multidão. Um milhão de soldados!

Asa e suas tropas perseguiram os desgarrados até Gerar. Todos os etíopes tombaram. Foram destruídos pelo próprio Senhor, diante do Seu exército.

Os homens de Judá levaram muitas e valiosas riquezas como despojo de guerra. Depois atacaram e invadiram todas as cidades que ficavam perto de Gerar. Todos os moradores desses lugares estavam com um terrível medo do Senhor. Não era medo de Judá, era medo do Senhor.

Os soldados de Asa simplesmente recolheram todas as riquezas que havia nessas cidades. Atacaram ainda as tendas dos que cuidavam do gado e levaram grande número de ovelhas e camelos. Depois retornaram a Jerusalém.

Mais uma vez a mesma lição. Confiar no Senhor é essencial para sermos vitoriosos.

Em tempos de paz é que se constrói fortalezas e se treina exércitos. Em tempos de paz não devemos ficar distraídos. Assim, quando a guerra vier, estaremos preparados. Precisamos aproveitar esse tempo.

Asa foi sábio. Aproveitou o tempo de paz. Construiu fortalezas, equipou-as e as deixou preparadas para eventual guerra. O mesmo fez com seu exército.

Apesar de seu esforço e prontidão, foi vitorioso porque clamou ao Senhor, confiou nEle. O Senhor destruiu o exército inimigo, embora fosse enorme. Os soldados de Asa recolheram as riquezas das cidades porque o temor do Senhor veio sobre eles.

Depois da vitória, voltaram a Jerusalém. O Espírito do Senhor veio sobre Azarias, que foi a seu encontro. Declarou-lhe a palavra do Senhor. Ordenou que Asa, Judá e Benjamim O ouvissem. Era certo que o Senhor estaria com eles, sempre que estivem com o Senhor. Se O buscassem, Ele se permitiria encontrar, no entanto, se O abandonarem, Ele os deixaria.

Essa frase sempre evoca em mim a imagem de um Pai amoroso brincando de esconde-esconde com Seu filho. Não é verdade? Ele sempre se deixa ser encontrado. Assim é o Senhor conosco. Se O buscarmos, Ele se deixará ser encontrado. Com a maior alegria. É Seu desejo.

Azarias disse ainda, que Israel ficou muito tempo sem a presença do Senhor, sem ouvir e obedecer ao ensino de, ao menos, um sacerdote. Longe da Lei.

Consegue imaginar a catástrofe de ficar “muito tempo” sem a presença do Senhor? Simplesmente terrível. Inimaginável. Não podemos ficar sem Sua presença sequer um dia, uma hora, um minuto. Eu diria até, um segundo.

Mas sempre que estavam em angústia, voltavam seus corações para o Senhor. Eles O buscavam e logo O encontravam. Sempre se deixava achar. De braços abertos. O Senhor realmente é bom.

Naqueles tempos não havia paz ou descanso para ninguém. Todos os habitantes daquelas terras eram constantemente afligidos. Viviam angustiados. Nação contra nação e cidade contra cidade se despedaçavam. Deus os castigou com todo tipo de aflição. Por causa de seu abandono.

Quando nos afastamos do Senhor, não há como não sermos afligidos constantemente. Não temos paz. Nem descanso. A angústia nos persegue. Somos despedaçados. E afligidos. O tempo todo.

O profeta incentivou Asa e todo o povo a serem fortes e confiantes. A não desfalecerem as mãos, porque a obra deles teria recompensa!

Servir ao Senhor sempre nos trará recompensa. Lembre-se que nosso tesouro não deve estar aqui onde podemos perdê-lo. Deve estar no céu. Ser eterno.
http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/tesouro-verdadeiro.html

Quando Asa ouviu esta exortação nas palavras do profeta, tomou novo ânimo. Se desfez dos ídolos e cultos abomináveis daquelas terras, como também por todas as cidades que tomara na região montanhosa de Efraim.

Sempre que nos aproximamos do Senhor, ídolos são desfeitos, quebrados e queimados. Nossas vidas voltam-se para o Senhor. E só para Ele. Queremos vê-Lo, amá-Lo, encontrá-Lo. A cada instante.

Asa restaurou o altar do Senhor, que estava diante do pórtico. Congregou todo Judá e Benjamim. Convocou também os filhos de Efraim, Manassés e Simeão que viviam entre eles. Como no tempo de Roboão, muitos de Israel haviam decidido passar para o lado de Asa, pois concluíram que o Senhor estava com ele.

Quando restauramos o altar do Senhor em nossas vidas, não há como não convocarmos todos que vivem entre nós para fazer o mesmo. Queremos que vivam as experiências que estamos vivendo. Que amem o Senhor como amamos. E, aqueles que nos veem, concluem que o Senhor está conosco.

Reuniram-se, em Jerusalém, no terceiro mês, no décimo quinto ano do governo de Asa. Ofereceram em sacrifício ao Senhor, do despojo de guerra, setecentos bois e sete mil ovelhas.

Nosso coração quer oferecer sacrifícios de louvor ao Senhor. Sempre que somos fiéis.

Fizeram uma aliança solene de buscar a presença do Senhor, Deus de seus pais, de todo coração e de todo entendimento. Queriam tanto o Senhor que fizeram uma aliança solene! Consegue perceber a seriedade? Não era somente uma aliança. Era solene!

É importante buscarmos o Senhor de todo coração e de todo entendimento. Somos seres inteligentes. E devemos buscá-Lo com entendimento. Aprender dEle.

Acordaram também que quem não dispusesse sua alma para seguir as orientações do Senhor, seria condenado sumariamente à morte, fosse jovem ou idoso, simples ou importante, homem ou mulher.

Juraram ao Senhor, em alta voz, bradando com júbilo de consagração, ao som de clarins e trombetas. Todos os filhos de Judá se alegraram muito com esse juramento, feito de todo coração. Todos buscavam ao Senhor com a mais sincera disposição de alma.

Consegue imaginar essa cena? Ver os olhos brilhando? O sorriso estampado no rosto? Os abraços distribuídos? A alegria se derramando?

Ah, o que acontece quando buscamos ao Senhor com todo nosso coração, com sincera disposição de alma! Nossa consagração é feita com júbilo. Mesmo as renúncias são feitas com alegria. Não tem como ser de outra forma.

O Senhor permitiu que as pessoas O encontrassem e as abençoou com paz em suas fronteiras. Que maravilhoso saber que o Senhor sempre permite que O encontremos. Não importa quem somos, o que fizemos. Sempre que buscarmos o Senhor, Ele se permitirá ser achado. Sairá de Seu esconderijo e virá ao nosso encontro.

Asa exonerou sua própria avó. Ele a depôs da nobre posição de rainha-mãe. Ela havia construído um poste-ídolo para cultuar e adorar a Astarote, uma abominável imagem esculpida em madeira. Asa derrubou esse totem pagão. Reduziu a pedaços e queimou-o no vale de Cedrom.

Nosso amor pelo Senhor deve exceder nosso amor por qualquer pessoa. Ele é nosso Senhor, nosso Dono. É a Ele que devemos culto, adoração e obediência.

Ainda que muitos altares idólatras não tinham sido derrubados e eliminados das terras de Israel, o coração de Asa foi consagrado totalmente ao Senhor. Tal qual o nosso deve ser. Total e completamente.

Ele trouxe para a Casa do Senhor todo ouro, prata e utensílios que ele e seu pai haviam dedicado ao Senhor. Se algo é do Senhor, deve estar no lugar correto.

Até o trigésimo quinto ano do governo de Asa, não houve notícias de qualquer rebelião ou guerra.

Assim como não havia paz quando deixaram ao Senhor, não houve notícias de guerra quando O buscaram.

No trigésimo sexto ano do governo de Asa, Baasa, rei de Israel, invadiu Judá. Começou a cercar de muralhas a cidade de Ramá. Queria controlar o movimento que passava pela estrada que ia a Jerusalém.

Asa juntou o ouro e a prata do tesouro da Casa do Senhor e do seu próprio palácio. Enviou a Ben-Hadade, rei da Síria, com uma mensagem para celebrarem um pacto entre os dois, como havia entre seus pais. Ele pedia que Ben-Hadade anulasse sua aliança com Baasa, em troca do ouro e prata. Assim, Baasa se retiraria das terras de Judá.

Ben-Hadade aceitou a proposta. Enviou os capitães dos seus exércitos contra as cidades de Israel; e feriu a Ijom, Dã, Abel-Maim e todas as cidades-armazéns de Naftali.

Quando Baasa ouviu, desistiu de fortificar Ramá. Interrompeu sua obra. Voltou para suas terras.

Asa convocou os homens de Judá para irem a Ramá. Lá retiraram as pedras e a madeira que Baasa estava usando na construção das muralhas. Com esse material, Asa mandou erguer muralhas em volta de Geba e de Mispa.

Nessa época veio Hanani, o vidente, até Asa. Trazia uma admoestação.

O Senhor o questionou por ter procurado refúgio e salvação no rei da Síria e não nEle. Disse-lhe que por isso, o exército da Síria escapou-lhe das mãos. O Senhor lhe perguntou se os etíopes, os cuchitas, e os líbios não formavam um grande e poderoso exército, com muitíssimos carros de guerra e cavaleiros. Mas Asa confiou no Senhor, e Ele os entregou pessoalmente. Afinal, Seus olhos contemplam toda a terra, para revelar-se poderoso para com aqueles cujo coração é plenamente dEle.

Hanani ainda disse que Asa agiu como louco, insensato. Por causa de suas escolhas e ações, a partir de então, enfrentaria muitas batalhas.

Asa se indignou contra Hanani e suas profecias. Ficou realmente enfurecido. Lançou-o no cárcere. No tronco. Por causa do que havia profetizado.

Nessa mesma ocasião, Asa castigou brutalmente algumas pessoas do seu próprio povo. Estava perdido, sem razão.

No trigésimo nono ano do seu reinado, ficou doente dos pés. Sua enfermidade era em extremo grave. Embora tenha passado muito mal e fosse mortal seu estado, não buscou socorro no Senhor, somente nos médicos de sua confiança.

Morreu no ano quarenta e um de seu reinado. Foi sepultado no túmulo que cavou para si na Cidade de Davi. Num leito repleto de especiarias raras e perfumes preparados segundo a arte dos melhores perfumistas. Fizeram uma grande fogueira em sua homenagem.

A história de Asa, do começo ao fim, está narrada no Livro da História dos Reis de Judá e de Israel.

Vamos considerar alguns pontos dessa história, que começou tão bem e terminou tão mal.

Quando o rei de Israel invadiu Judá, sua intenção era controlar quem ia até Jerusalém. Queria saber quem adorava o Senhor. Israel não O adorava mais.

O inimigo sempre quer saber quem é fiel ao Senhor. Para atacá-lo. Para colocar muralhas e impedí-lo de servir e adorar o Deus único e verdadeiro.

Quando foi atacado por Zerá e seu imenso exército, Asa clamou ao Senhor. Depois, sendo atacado por um rei menor e um exército inferior, não o fez. Recorreu aos recursos que considerava sob seu poder. Além do seu próprio tesouro, juntou o ouro e a prata do tesouro do Senhor e enviou para Ben-Hadade.

Errou várias vezes. Errou em não clamar ao Senhor. Não confiar nEle. Errou ao confiar em seus próprios recursos. Errou em tomar posse do tesouro que havia dedicado e entregue ao Senhor. Errou em esquecer sua aliança solene com o Senhor. Errou em fazer uma aliança com Ben-Hadade.

É verdade que deu certo. Baasa desistiu de fortificar Ramá. Voltou para sua terra. Asa conseguiu até usar as pedras e madeiras para erguer muralhas nas cidades de Judá. Ah, mas cuidado! Nem tudo que dá certo, está certo. http://www.espalhandoasemente.com/2016/11/fazendo-do-certo-o-errado.html
http://www.espalhandoasemente.com/2018/06/delegando-o-indelegavel.html

Logo depois, o Senhor mandou que Hanani apontasse os erros de Asa. Corajosamente, Hanani o fez. A consequência de seus erros foi não destruir o exército da Síria, além de ter que enfrentar muitas batalhas a partir de então.

Como precisamos tomar cuidado para não agir como Asa! Sua história me faz lembrar Saul. Começou tão bem. Terminou tão mal.
http://www.espalhandoasemente.com/2016/01/saul-podia-ter-dado-certo.html

Asa podia ter se arrependido. Não o fez. Se indignou contra Hanani. Ficou realmente enfurecido. Lançou-o no cárcere. E pior, no tronco. Tudo que Hanani fez foi entregar a palavra do Senhor. Asa estava enfurecido contra o Senhor. O mesmo homem que havia feito uma aliança solene. Não me conformo!

Quando nos afastamos do Senhor, nossas decisões se tornam equivocadas. Não O consultamos. Utilizamos Seu tesouro a nosso bel prazer. Não ouvimos Sua palavra. Ficamos enfurecidos com Seus profetas. E nos levantamos de maneira brutal contra pessoas inocentes. Como Asa fez. Muitas vezes sem nem ao menos perceber.

Que aprendamos a não agir assim. Os olhos do Senhor contemplam toda a terra. Ele revela-se poderoso para com todos cujo coração é plenamente dEle.

Mas a história não acaba aqui. Foi pior. Asa ficou doente dos pés. Uma grande oportunidade para voltar ao Senhor.

Estava gravemente enfermo. Até que seu estado tornou-se mortal. Mas em nenhum momento buscou socorro no Senhor. Buscou socorro apenas e tão somente nos médicos de sua confiança. Que nada puderam fazer por ele.

Asa morreu.

É triste pensar que Asa não estava mais se importando com sua vida. Não se arrependeu. Não clamou ao Senhor em sua doença. Sua preocupação passou a ser como seria seu sepultamento.

Mandou preparar um túmulo para si na Cidade de Davi. Desejou que seu leito fosse repleto de especiarias raras e perfumes preparados segundo a arte dos melhores perfumistas. Uma grande fogueira foi acesa em sua homenagem. Sua aliança solene foi quebrada. Suas preocupações agora eram fúteis.

Que possamos ser fiéis. Até o fim.

Que nossa história termine melhor do que começou.

Mais uma vez, que sejamos como Paulo, que disse (e era verdade): “Lutei o bom combate, terminei a corrida e permaneci fiel”. – 2 Timóteo 4.7

Amanhã continuamos. Leremos do capítulo dezessete ao dezenove.

Espero você. Até lá.

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