quinta-feira, 4 de abril de 2019

2 Reis 6.8-23

Leitura do dia 06/04.

Na última postagem, vimos Eliseu abençoando o discípulo que perdeu o machado emprestado. Se era importante para ele, também era para Eliseu. http://www.espalhandoasemente.com/2019/04/2-reis-61-7.html

Agora, caminharemos ainda pelas páginas do capítulo seis. Do versículo oito até o versículo vinte e três. Uma história extremamente interessante.

Nesta época, havia guerra entre a Síria e Israel.

O rei da Síria reuniu seus conselheiros e decidiu acampar em determinado lugar. Pronto para a guerra. Era uma informação completamente sigilosa. Apenas seus conselheiros sabiam. Ninguém mais.

No entanto, o Senhor, que sabe todas as coisas, revelou esta "informação" a Eliseu, que mandou dizer ao rei de Israel para ter muito cuidado com tal lugar. Os sírios estavam marchando para lá. Sim, era exatamente o lugar onde os sírios acampariam.

O rei de Israel, sabiamente ouviu sua palavra. Enviou tropas ao local indicado e se protegeu, impedindo o acampamento do exército inimigo. Isso aconteceu algumas vezes. O texto fala que não foi nem uma, nem duas vezes.

O rei da Síria ficou muito perturbado. Mandou chamar seus servos. Devia haver um espião. Ele os interrogou, querendo saber quem era o traidor.

Um dos servos respondeu que não havia traidor. Era o profeta Eliseu. Estava em terras israelitas e contava ao rei de Israel tudo quando o rei da Síria dizia no secreto de seus aposentos.

O texto não nos conta como esse servo, sírio, conseguiu tal informação. O fato é que disse com tanta certeza que o rei ordenou que fossem atrás de Eliseu. Queria falar com ele.

Informaram ao rei que Eliseu estava em Dotan. Cavalos, carros e um grande exército foram enviados até lá. Tudo por causa de um único homem. Que nem guerreiro era! "Apenas" um profeta.

Foram à noite e sitiaram Dotan. Na manhã do dia seguinte, Eliseu levantou-se ao romper da aurora. Saiu de casa e viu que um batalhão cercava toda a cidade com cavalos e carros de guerra. Não se abalou.

Seu servo, porém, apavorado, perguntou o que fariam diante de tal situação. Eliseu acalmou-o dizendo que não tivesse medo. Os que estavam com eles eram mais numerosos que o exército inimigo. Seu servo não via nada. Não via ninguém. Só enxergava o grande exército acampado contra a cidade.

Eliseu orou. Não orou para que o exército fosse derrotado. Para que caísse fogo do céu e eliminasse todos os sírios. Não. Eliseu orou pelo servo. Pediu ao Senhor que seus olhos fossem abertos para que conseguisse, de fato, ver. Precisava enxergar a situação como ela realmente era!

O Senhor abriu os olhos do servo de Eliseu. Em torno de Eliseu, havia cavalos e carros de fogo. Não era um simples exército! Era um exército poderoso, celestial.

E quanto a nós? Somos como Eliseu ou como seu servo? Enxergamos o exército do Senhor ao nosso lado ou apenas o exército inimigo, pronto a atacar?

Estamos, de fato, enxergando?
http://www.espalhandoasemente.com/2018/02/cura-personalizada.html
http://www.espalhandoasemente.com/2016/05/eliseu-e-sua-versatilidade.html

O exército inimigo começou a mover-se. Quando desciam contra ele, Eliseu orou. Também não pediu que o fogo do céu descesse e aniquilasse a todos. Pediu ao Senhor, simplesmente, que aqueles homens fossem feridos de cegueira.

No mesmo momento, o Senhor, que abrira os olhos do servo de Eliseu, fez com que todos os soldados sírios ficassem completamente cegos.

Eliseu prontamente ofereceu-se para orientá-los. Disse que aquele não era o caminho, nem a cidade que estavam procurando. Pediu que o seguissem. Ele os conduziria ao homem que buscavam.

Eliseu os conduziu a Samaria. Ao entrarem na cidade, novamente orou. Dessa vez pediu ao Senhor que abrisse os olhos daquele grande exército.

O Senhor abriu-lhes os olhos. Eles não enxergaram o exército celestial ao lado de Eliseu. Viram, apenas,que estavam dentro de Samaria, a capital de Israel.

Quando o rei de Israel os viu, consultou Eliseu. Perguntou-lhe, dirigindo-se respeitosamente a ele, chamando-o de pai e mestre, se deveria matá-los.

Eliseu lhe respondeu que não. Perguntou-lhe se era assim que costumava tratar seus prisioneiros de guerra.

Não é espantoso? Os prisioneiros de guerra em Israel não eram mortos! Eram, de fato, prisioneiros.

Eliseu ordenou ao rei (isso mesmo, ordenou), que lhes dessem pão e água, para se alimentarem. Depois de saciados, deveriam voltar à sua terra, ao seu senhor. Sem sofrer qualquer retaliação.

O rei ordenou que lhes fosse servido um grande banquete. Não apenas pão e água, mas um grande banquete! Depois que comeram e beberam até fartarem-se, despediu-os.

O exército retornou à Síria. Em função desse tratamento, o rei sírio desistiu, por algum tempo, de tentar invadir o território de Israel.

Não é magnífica a forma como trataram aqueles homens?

Como temos tratado aqueles que o Senhor nos entrega? Queremos liquidá-los como o rei de Israel a princípio pensou em fazer ou oferecemos o alimento necessário e damos-lhes liberdade, como aqui?

Que aprendamos mais essa lição com Eliseu.

Que enxerguemos cada situação de nossas vidas como devem ser, de fato, enxergadas. O Senhor está conosco.

Continuamos.

Espero você. Até já.

Texto semelhante:
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