Na última postagem vimos que alianças erradas continuam sendo feitas. E sendo reprovadas pelo Senhor. http://www.espalhandoasemente.com/2019/04/2-reis-816-29.html
Agora, caminharemos através das páginas do capítulo nove.
Passado um tempo, Eliseu convocou um dos alunos dos profetas. Ordenou-lhe que vestisse sua capa, pegasse com ele um vaso de azeite e fosse até Ramote-Gileade. Quando chegasse lá, deveria procurar Jeú, filho de Josafá. neto de Ninsi.
Ao encontrá-lo, chamaria-o à parte para uma conversa reservada, em uma sala onde ninguém os ouvisse. Quando estivesse a sós com ele, pegaria o vaso e derramaria o azeite sobre sua cabeça, entregando-lhe uma palavra do Senhor. Em seguida, deveria abrir a porta e fugir.
Não era uma tarefa fácil. Se fosse descoberto pelo rei, seria, com certeza, morto. O jovem profeta obedeceu. Arrumou-se e foi a Ramote-Gileade. Quando chegou, encontrou os comandantes do exército reunidos. Olhando para Jeú, falou que tinha algo a lhe dizer, chamando-o de comandante. Como eram muitos, Jeú perguntou a qual deles o profeta estava se dirigindo. O jovem profeta respondeu que era a ele.
Jéu levantou-se imediatamente. Entrou na casa onde estavam. O jovem profeta pegou o vaso, ungiu-lhe a cabeça, e declarou que o Senhor, Deus de Israel o ungia como rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel. Que ele eliminasse a família de Acabe, para O Senhor vingasse o sangue de Seus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do Senhor da mão de Jezabel. Pois toda a família de Acabe morreria. O Senhor exterminaria todos os homens, desde os meninos, da família de Acabe em Israel, seja escravo, seja livre. Porquanto Ele trataria a família de Acabe como tratara a de Jeroboão, filho de Nebate, e a de Baasa, filho de Aías. Os cães devorarão Jezabel no campo de Jezreel; não sobrará ninguém para enterrá-la.
Assim que terminou de falar, o jovem abriu a porta e fugiu.
Jeú retornou para junto dos demais oficiais de seu senhor. Um deles lhe perguntou o que aquele louco queria com ele e se estava tudo bem. Chamaram o jovem profeta de louco. Devem ter visto ele fugindo, correndo como um verdadeiro louco.
Ele lhes respondeu que conheciam aquele homem e sabiam o que havia falado. Mas seus amigos disseram que não era verdade. Algo havia acontecido ali. Talvez sentissem o cheiro do óleo. Vissem que o cabelo de Jeú estava brilhoso. Insistiram que lhes explicasse tudo que havia falado. Com certeza, estavam pensando em algo muito importante para o jovem ter saído correndo daquela maneira. Por fim, Jeú lhes contou o que o havia acontecido.
No mesmo instante, todos tomaram seus mantos. Estenderam sobre os degraus diante dele. Tocaram a trombeta. E exclamaram: “Eis que Jeú é o rei”.
Eliseu era o profeta, mas não foi quem cumpriu essa tarefa. Foi um profeta jovem, com habilidade e agilidade para correr. Era uma tarefa perigosa. Exigia coragem e preparo físico. Esse foi o escolhido. Era o que possuía as características necessárias para tal.
Sempre há alguém indicado para determinada missão. Não devemos desejar sermos os portadores ou executores de tudo que acontece. Cada um de nós têm chamados e tarefas especificas, que devemos cumprir de acordo com a vontade do Senhor. Por isso, devemos estar preparados. Talvez tenhamos que correr.
Mesmo sendo jovem, era conhecido. Jeú saiu imediatamente da sala para ouvir o que tinha a dizer, demonstrando respeito. Embora os comandantes o chamassem louco, acreditaram em suas palavras. Não contestaram o que havia falado. Não debocharam ou brincaram com Jeú. Sabiam a seriedade daquele ato. Entenderam porque o profeta saíra correndo.
Não esperaram nada. Imediatamente prostraram-se diante de Jeú, aceitando-o e proclamando-o rei, tal como o Senhor havia dito.
E agora? Há um rei no trono. Como será deposto? Qual o próximo movimento? O que acontecerá?
A tarefa de Jeú não é apenas reinar, mas destruir a casa de Acabe. Será que conseguirá? Os comandantes que se prostraram diante dele, o ajudarão?
Bem, após ser ungido rei, Jeú iniciou sua campanha contra o rei Jorão. Este havia retornado a Jezreel para tratar seus ferimentos adquiridos em batalha contra Hazael, rei da Síria.
Israel estava reunido em Ramote-Gileade. Jeú propôs ao povo que, se estivessem de acordo, ninguém deveria levar notícia a Jorão. Ele iria pessoalmente. Então, subiu em seu carro e foi até Jezreel.
Nesta mesma época, Acazias, rei de Judá, havia ido visitar Jorão.
Como sempre, havia uma sentinela na torre de Jezreel. Ele viu a tropa de Jeú e gritou essa informação. Jorão ordenou que um cavaleiro fosse enviado ao seu encontro para inquirir se sua vinda era de paz.
Quando o homem chegou a Jeú, este lhe perguntou quem era ele para falar de paz. E ordenou que saísse de sua frente, continuando sua aproximação.
A sentinela, que observa tudo de sua posição privilegiada, a torre, relatou que o mensageiro havia chegado até a tropa, mas não estava voltando com a resposta.
Jorão imediatamente enviou outro mensageiro. Jeú respondeu da mesma forma, ordenando que fosse para trás dele. A sentinela avisou que este também havia chegado e não estava voltando e, àquela altura, vigilante e observador como uma sentinela deveria ser, informou que o chefe da tropa, pela maneira de conduzir o carro, furiosa e insensatamente, era Jeú.
Jorão ordenou que seu carro de guerra fosse preparado. Imediatamente ele e Acazias, rei de Judá, partiram ao encontro de Jeú. Encontraram-no nas terras que haviam sido de Nabote (lembra dele?).
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Quando Jorão viu Jeú, perguntou-lhe se sua vinda era de paz. Jeú respondeu com outra pergunta: Como ele podia falar de paz enquanto continuavam as idolatrias e feitiçarias da sua mãe, Jezabel?
Jorão imediatamente entendeu o que estava acontecendo. Virou-se e fugiu, dizendo a Acazias que era uma traição. Ninguém falava com o rei dessa maneira, a não ser que o tivesse enfrentando. Jeú, porém, já havia preparado seu arco. Ele atingiu o coração do rei, que caiu dentro de seu carro.
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Jeú ordenou que Bidcar, seu oficial, tomasse o cadáver e o atirasse sobre o terreno que havia sido de Nabote. Lembrou ao seu oficial que, quando os dois iam juntos seguindo Acabe, o Senhor havia dito contra ele esta sentença. Que se cumprisse Sua palavra.
Quando Acazias viu tudo isso, fugiu pelo caminho de Bete-Hagã. Jeú o perseguiu, gritando que o matassem também. Feriram-no dentro de seu carro, na subida de Gur. Ainda teve forças para refugiar-se em Megido. Mas morreu ali. Seus oficiais o levaram a Jerusalém. Sepultaram-no com seus antepassados em seu túmulo. Na Cidade de Davi.
Jeú continuou indo para Jezreel. Quando Jezabel soube, pintou seus olhos, fez um penteado e ficou observando de uma janela do palácio. Quando Jeú passou pelo portão, ela gritou se ele, assassino de seu próprio senhor, estava em paz. Ele olhou em direção à janela, não falou com ela. Gritou se havia alguém que estava do seu lado. Uns dois ou três eunucos inclinaram-se para ele.
Jeú ordenou que Jezabel fosse lançada abaixo. Imediatamente, atiraram-na pela janela. Os cavalos a pisotearam. Seu sangue salpicou a parede.
Jeú entrou no palácio. Comeu e bebeu. Depois ordenou que fossem ver Jezabel, “aquela maldita” e a sepultassem, afinal, era filha de rei. Quando foram retirar seu corpo, só encontraram o crânio, os pés e as mãos.
Voltaram para contar a Jeú que lhes lembrou que o Senhor havia dito, por meio de Elias. No campo de Jezreel, os cães devorariam sua carne e seus restos mortais seriam espalhados em um terreno, como esterco. Ninguém seria capaz de identificar seu corpo. Foi exatamente o que aconteceu.
Pense nessa história. Na importância da sentinela. Na importância dos mensageiros. Na atitude de Jeú.
Ele claramente observou tudo que havia acontecido. Guardou em seu coração o que o Senhor havia dito. Presenciou a Sua Palavra sendo cumprida, através dele. Que privilégio!
E agora? O que acontecerá? Jeú continuará agindo como servo do Senhor e sendo instrumento de Seus juízos e Sua justiça?
Continuamos amanhã. Leremos do capítulo dez ao capítulo doze.
Espero você. Até lá.
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