quarta-feira, 19 de junho de 2019

Salmo 106.1-48

Leitura do dia 19/06.

Na postagem anterior, vimos o salmista cantar um resumo da história de Israel. Desde que eram apenas uma família. Até chegarem à terra prometida. http://www.espalhandoasemente.com/2019/06/salmos-1051-45.html

Agora, caminharemos através do Salmo cento e seis.

Nele, o salmista começa proclamando que todos deem graças ao Senhor. Porque Ele é bom. Tão bom que Seu amor não tem fim. Dura para sempre.

Faz um questionamento. Quem poderá contar Seus poderosos feitos? Só posso responder: “Ninguém”. Não conseguimos contar tudo que faz. Mesmo em nossas vidas. Quantas vezes recebemos livramentos e bênçãos que nem temos conhecimento?

E quem poderá louvá-Lo como merece? Com certeza, nós não podemos. Somos pequenos. Ainda assim, Ele fica feliz com nosso louvor.

Ah, como são felizes os que fazem o que é certo e praticam o tempo todo a justiça. São eles que habitam no monte do Senhor. Tem Sua presença constante em suas vidas.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/05/salmos-111-155.html

O salmista clama que o Senhor lembre-se dele. Que se aproxime e o resgate. Assim como seus antepassados, pecou. Então, também canta a história de Israel.

Foram desobedientes. Rebeldes. Não deram valor às Suas maravilhas. Não se lembraram de Seus feitos de bondade. Rebelaram-se contra Ele junto ao Mar Vermelho. Ainda assim, o Senhor, por Sua bondade, abriu o mar. Eles passaram a seco. Quando atravessaram o mar, creram em Suas promessas. E cantaram louvores.

Mas, logo esqueceram. Não quiseram esperar por Seus conselhos. Eu sei. É muito difícil esperar. Cada dia fica mais difícil. Queremos que Seus conselhos venham na velocidade da luz. Ou, no mínimo, em uma entrega expressa. Quem sabe na velocidade de um micro-ondas. Não temos paciência. Tudo exige velocidade. E não queremos esperar. Como o povo de Israel fez.

E, quantas vezes nos voltamos para métodos e ensinamentos que parecem nos responder instantaneamente. Como Israel que trocou o Senhor, o glorioso Senhor, pela estátua de um boi. Um boi que come capim. Rebaixaram o Criador do universo a um animal comedor de capim. Porque não quiseram esperar.

No deserto, ao invés de aprenderem, tornaram-se insaciáveis. Tiveram inveja de Moisés e Arão. Por isso, a terra se abriu e engoliu vários rebeldes.

Esqueceram-se do Senhor. E de tudo que fizera no Egito. No Mar Vermelho.

O Senhor declarou que iria acabar com todos. Mas, Moisés, que podia ter concordado (seria bem mais fácil para ele), levantou-se. Colocou-se entre o Senhor e o povo. Clamou por Sua misericórdia. E foi atendido.

Ainda assim, sendo poupados da destruição, recusaram-se a entrar na terra prometida, agradável, segura. Não creram em Suas promessas. Para que o Senhor os levaria até a fronteira se não fossem para entrar? Eles não creram. Resmungaram. E Não deram ouvidos ao Senhor. Colheram o que plantaram. Morreram no deserto.

Mas antes, ainda fizeram pior. Não satisfeitos com o bezerro de ouro que adoraram, uniram-se aos adoradores de Baal. Comeram sacrifícios oferecidos aos mortos. O Senhor se irou. Uma praga se alastrou entre eles. E ia destruindo-os. Até que Fineias, descendente de Arão, teve coragem de intervir. E a praga cessou.

Que homem é esse? O Senhor enviou a praga. Ia matar o povo. Mas ele interviu. Por seu ato, a praga foi detida. Teve coragem, como Moisés havia tido. Ficou entre o povo e o Senhor. Foi considerado justo. Porque interviu. Consegue perceber o que Fineias conseguiu?

Em Meribá também pecaram. Murmurando contra o Senhor, de tal maneira que causaram grandes problemas a Moisés. Ele ficou irado. Falou sem refletir. E pecou.

Quando Israel chegou à terra, ao invés de destruir as nações que ali habitavam, misturou-se com elas. Pior. Israel adotou seus costumes. Quando deveria ser a nação que levaria os outros povos ao Senhor, adoraram ídolos estrangeiros. Contaminaram a si mesmos com seus atos perversos e seu amor aos ídolos.

Aqui, parece que estou lendo, não a história de Israel, mas a história da Igreja. Ah, quantas vezes temos agido da mesma maneira! Ao invés de levarmos o Reino, como o Senhor nos ordenou, temos trazido ídolos estrangeiros para a Igreja. E assim como a adoração a esses ídolos foi considerada adultério e causou a ruína de Israel, estamos vendo muita ruína entre o povo chamado “povo do Senhor”.

Os israelitas se desviaram de tal maneira que chegaram a sacrificar aos demônios seus filhos e filhas, derramando sangue inocente e contaminando a terra. Será que não temos visto isso acontecer em nossos dias também?

Que nós, como Igreja, nos voltemos para o Senhor, antes que Sua ira se acenda e Ele sinta aversão por Seu povo.

Que o Senhor nos salve. Que nossos olhos sejam abertos. Que louvemos Seu nome. O único Deus verdadeiro. Que vive de eternidade a eternidade.

Que nós, intercessores, tenhamos a coragem de Fineias para intervir e trazer livramento.

Que nós, pais, consagremos nossos filhos, a cada dia, ao único Senhor e Rei do Universo, o Deus verdadeiro, Criador dos céus e da terra.

Aqui termina o “livro quatro” de Salmos.

Continuamos amanhã. Iniciaremos o último livro, o “livro cinco”, os “Salmos do Exílio e do Retorno”. Leremos a partir do Salmo cento e sete até o Salmo cento e nove.

Espero você. Até lá.

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