Leitura do dia 05/04.
Na postagem anterior, vimos que três reis se reuniram para guerrear contra Moabe, que se rebelara contra Israel. Mas, após sete dias de caminhada, a água acabou. Jorão acreditava que a água acabou porque o Senhor os havia reunido para serem mortos por Moabe. Josafá pediu que consultassem um homem de Deus. Foram atrás de Eliseu. Queriam uma palavra do Senhor.
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Agora, ainda através do capitulo três. Veremos do versículo dezesseis ao vinte e sete.
Eliseu lhes transmitiu Sua palavra. Deveriam cavar muitos poços naquele vale. Não sentiriam vento, nem veriam chuva, mas aquele vale se encheria de água, água boa, e saciaria a sede de todo o exército, do rebanho e até dos animais de carga.
E mais. O Senhor achava isso pouco. Além de saciá-los de água, entregaria Moabe em suas mãos. Eles destruiriam todas as cidades fortificadas, cortariam todas as árvores frutíferas, tapariam todas as nascentes e cobririam de pedras todos os campos férteis. Destruição total. Sem cidades, sem árvores, sem água, sem campo fértil. Sem nada.
Ao raiar o dia seguinte, na hora do sacrifício matinal, muita água veio descendo da direção de Edom. Alagou toda a região. Sem vento, nem chuva. Silenciosamente. Foi descendo e enchendo os poços que foram cavados.
Quando os moabitas souberam que os três reis tinham ido para atacá-los, todos que eram capazes de empunhar armas, das crianças aos mais idosos, foram convocados. Tomaram posição de guerra na fronteira.
Ao alvorecer do dia seguinte, quando se levantaram, o sol começou a refletir seu brilho sobre as águas. Não sabiam o que havia acontecido. Por isso, não houve vento, nem chuva. Assim, não havia como ter água naquele vale. Eles viram de longe águas vermelhas que lhes pareciam sangue.
Ficaram assustados. Com toda a certeza aqueles reis haviam lutado entre si e se matado uns aos outros. O que não era raro acontecer.
Diante disso, ordenaram que todos fossem à pilhagem. Quando se aproximaram do acampamento dos israelitas, estes se levantaram, atacando-os.
Os moabitas fugiram, surpresos. Foram perseguidos até que entraram em seu território. Que foi arrasado, conforme a palavra do Senhor dita através de Eliseu.
Destruíram suas cidades. E à medida que as tropas passavam sobre os campos férteis, iam jogando pedras. Cada homem lançava uma, até que todo o solo cultivável ficou coberto. Taparam todas as nascentes e derrubaram todas as árvores frutíferas. Restou apenas a capital de Moabe. Ainda assim, os soldados armados de atiradeiras a cercaram e a atacaram.
Quando o rei de Moabe percebeu que seria vencido, conduziu pessoalmente setecentos homens, hábeis com espada. Tentaram forçar passagem até o rei de Edom, mas não tiveram sucesso.
Desesperado, tomou seu filho mais velho, que seria sucessor do trono, e o sacrificou ao deus dos moabitas, Camos, sobre o muro da cidade.
Diante disso, Israel sentiu uma grande ira divina. Saíram dali e voltaram para sua terra, indignados.
Quantas lições a aprender com esse texto!
A água acabou? Não significa que o Senhor “tramou” nos destruir. Pelo contrário, pode significar justamente que tem algo surpreendente a fazer. Quando acabam nossos recursos, os dEle aparecem.
Os jovens judeus não foram lançados na fornalha de fogo ardente para morrer. Foram lançados porque o Senhor queria se revelar àquele povo (Daniel 3).
Daniel não foi lançado na cova dos leões para ser destroçado por aquelas feras. Foi lançado ali, para que o Senhor fosse glorificado através de sua vida e todos soubessem quem Ele é (Daniel 6).
Jesus não mandou os discípulos irem à frente para que morressem no barco em meio à tempestade no mar da Galileia. Queria se revelar e mostrar Seu poder aos discípulos.
http://www.espalhandoasemente.com/2017/12/a-duvida-de-pedro.html;
http://www.espalhandoasemente.com/2018/05/jesus-anda-sobre-as-aguas.html
A água acabou? Não é época de chuva? Não chove naquele deserto? Cave poços. Essa foi a ordem. O Senhor ia fazer algo maravilhoso, mas era necessário que os poços fossem cavados. Precisamos ser cavadores de poços. http://www.espalhandoasemente.com/2016/04/eliseu-e-os-pocos.html
É loucura? Sim. Para que cavar poços onde não existe a menor possibilidade de chuva?
Quem O segue, não pode trabalhar com possibilidades. Precisa trabalhar com fé. Cavar poços, mesmo onde não há nenhuma previsão de chuva. Aqueles homens obedeceram. Cavaram poços. E foram descansar.
Na hora exata, sem nenhum sinal, sem nenhum barulho, as águas foram descendo e encheram os poços. Não podiam descer enquanto era dia.
Quando o inimigo olhou, não viu águas. Afinal, não havia como haver águas ali. Não houve vento. Não houve chuva.
Amanheceu o dia. O sol raiou. E bateu nas águas. Elas ficaram vermelhas. Claro, o inimigo pensou, só pode ser sangue. Impossível ser água. O Senhor agiu silenciosamente. Sem alarde. Sem que percebessem. E eles caíram.
A guerra foi ganha. De forma extraordinária. Simplesmente porque buscaram a orientação do Senhor e a seguiram. Ainda que Sua ordem tenha sido aparentemente ridícula.
Que possamos aprender a obedecer. Não importa a ordem. Importa quem a deu. Se foi o Senhor, obedeça!
Amanhã continuamos. Leremos os capítulos de quatro a seis de 2 Reis.
Espero você. Até lá.
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