segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Mateus 14.1-36

Leitura do dia 15/10.

Na postagem anterior vimos as diversas parábolas que o Senhor Jesus contou.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-131-58.html

Agora, prosseguimos nossa viagem através do capítulo quatorze de Mateus.

Por esse tempo, Herodes, o tetrarca, assim chamado por ser o governador da quarta parte de uma região, ouviu falar de Jesus. Achou que era João Batista ressuscitado dos mortos.

A última vez que soubemos dele, foi quando perguntou a Jesus se era o que havia de vir ou não. Agora, Mateus relata sua morte. http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/jesus-nos-chama-aprender-com-ele.html

Herodes mandou prender e amarrar (o texto fala desse jeito) João, colocando-o na prisão, por causa de Herodias. Será que tudo isso era medo? Prender e amarrar um homem que não andava armado, que apenas falava a verdade.

Herodias era mulher de Filipe, irmão de Herodes, que morava em Roma. E Herodes a tomou como sua esposa.

João Batista, sempre falo, é um dos meus preferidos. Amo. De paixão.

Esse homem, cheio de ousadia e verdade, disse a Herodes, o tetrarca: “Não te é permitido viver com ela”.

Herodes desejava matá-lo. João era a Voz que lhe dizia a verdade, que lhe lembrava quem era. E não era nada agradável. Herodes, quero nos lembrar, o tetrarca, tinha medo de João, o batista, porque o povo o considerava profeta. Em seu aniversário, a filha de Herodias dançou e agradou a todos. Ele lhe prometeu o que quisesse, e ela, influenciada por sua mãe, pediu a cabeça de João Batista, em uma bandeja. Interessante perceber que Herodes ficou aflito, mas por causa do juramento e dos convidados, mandou matar João e o apresentou numa bandeja. Não era comprometido com a verdade ou com a justiça. Era comprometido com sua reputação. Apenas.

Os discípulos de João sepultaram-no e foram contar a Jesus. Quando Jesus ouviu o que havia acontecido, retirou-se de barco, em particular, para um lugar deserto.

Quero chamar nossa atenção para algumas coisas. A primeira é a influência que podemos, e temos, sobre as pessoas. A filha de Herodias, podia pedir o que quisesse. Que lhe fosse construído um palácio, ou que se casasse com algum nobre guerreiro interessante. Foi influenciada, por sua mãe, a pedir a cabeça de João Batista.

Herodias deveria ser um instrumento positivo de influência para a filha. Usou a filha para ser o instrumento da sua vingança.

Que tipo de influência temos sido?

João, o Batista, tinha total conhecimento de quem era. A voz. E como voz, não se calava. Denunciava a mentira, proclamando a verdade. Não importava a quem doesse. Como dizem por aí, ele “dava nome aos bois”. Não temia a verdade. Era comprometido com ela, a ponto de morrer.

Com o que somos comprometidos?

Herodes tinha medo de João porque o povo o considerava profeta. Acreditou que Jesus era João ressuscitado. Mas ficou por aí. Não se aprofundou. Não desejou realmente saber quem era um e quem era outro. Apenas informações superficiais, que não provocam qualquer mudança.

Temos procurado conhecer a verdade?

E como tem sido nosso julgamento com relação ao sucesso ou não das pessoas que nos cercam? João não escreveu um livro, não teve um filho, provavelmente não plantou uma árvore. Não empreendeu um negócio. Pertencia à linhagem dos sacerdotes, mas não servia no templo. Era a voz. Que proclamava a verdade no deserto. Estava no lugar que o Senhor o colocou. Não onde os homens acreditavam que devia estar. Cumpriu seu propósito.

Jesus testemunhou sobre ele, dizendo que “dos nascidos de mulher, ninguém foi maior que João”.
http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/joao-o-batista.html
http://www.espalhandoasemente.com/2016/04/joao-batista-em-um-dia-ruim.html

Qual testemunho Jesus daria de mim? E de você?

De quem temos dado testemunho?

E quanto à filha de Herodias, seja qual for seu nome? A quem temos pedido conselhos? Analisamos os conselhos recebidos ou nem pensamos a respeito? Saímos logo pedindo a cabeça de João Batista na bandeja, nos deixando ser manipulados?

Quem são nossos conselheiros? http://www.espalhandoasemente.com/2016/03/quem-sao-os-meus-conselheiros.html

Ao ouvir sobre a morte de João, Jesus se retirou para um lugar deserto. Façamos o mesmo. Pensemos um pouco. Deixemo-nos ser consolados pelo Pai, quando preciso.

Como temos nos posicionado? Como João? Como Herodes? Como Herodias? Como sua filha? Quem dará testemunho de nós? Como será esse testemunho? Cumpriremos nosso propósito como João cumpriu?

Jesus retirou-se de barco, em particular, para um lugar deserto, após ouvir sobre a morte de João Batista.

Não conseguiu ficar muito tempo sozinho. Assim que ouviram, as multidões saíram das cidades e o seguiram a pé. Quando Jesus saiu do barco, viu a grande multidão, teve compaixão e curou seus doentes.

Como ver uma multidão sedenta, ovelhas correndo atrás de um pastor e não se compadecer?

Gosto de observar a preocupação dos discípulos. Quando estava ficando tarde, pediram a Jesus que despedisse a multidão. Afinal, estavam em um lugar deserto e precisavam se alimentar. Deviam ir aos povoados próximos para conseguir alimento.

A resposta de Jesus me deixa boquiaberta: “Eles não precisam ir. Deem-lhes vocês algo para comer”.
Sua ordem soa atual em meus ouvidos. Nós somos os responsáveis. Não podemos e não devemos despedir ninguém sem estendermos nossas mãos. Não há necessidade de irem atrás de solução. Somos nós que precisamos ter essas soluções. Mesmo que tenhamos pouco a oferecer.

Os discípulos responderam: “Tudo o que temos...” Tudo o que temos é apenas a vontade de ajudar, ou é apenas um sorriso, ou algumas roupas a doar, ou um abraço a oferecer, ou um copo de água, ou um talento para contar histórias, ou...

Prestemos atenção à resposta de Jesus: “Tragam aqui para mim”.

"Tudo o que temos" pode ser pouco, como eram aqueles dois peixes e cinco pães. Nosso papel? Levar a Jesus aquilo que temos. Ele irá abençoar, multiplicar, transformar, usar.

Jesus tomou aquele recurso, tão escasso diante de tão grande multidão. Mas era o suficiente. Mandou que as pessoas se assentassem. Deu graças. Partiu. Entregou aos discípulos. E estes, os discípulos, entregaram à multidão.

Somos os instrumentos do Senhor na terra. É através de nós que pessoas são alcançadas, abençoadas, alimentadas, transformadas. Ou não. Precisamos fazer a escolha correta.

Não podemos despedir a multidão, dizendo onde encontrar o alimento. Precisamos ser aqueles que alimentam a multidão. Mesmo se os recursos, aos nossos olhos, forem escassos. Nós alimentamos, o Senhor multiplica.

Quando repartimos, o Senhor multiplica.

Lembro que uma vez um amigo foi almoçar na casa da mamãe. Eu havia dito a ela que quando o convidasse para almoçar, devia ter muita comida, pois ele comia muito. Era enorme. Foi sem avisar. Mamãe ficou apavorada. Mas orou. Só tinha um pouco de macarrão. Fez uma deliciosa macarronada. Mas era pouca. Era tudo o que tinha. “Tudo o que temos”. Pois bem, ele comeu e comeu e ficou extremamente satisfeito. E não apenas ele, todos os que estavam à mesa. E ainda sobrou. O Senhor literalmente multiplicou aquele macarrão. Quando o compartilhamos.

Nosso papel é nos dispor. É oferecermos o que temos. É repartir. Compartilhar. O resto é com o Senhor. É pouco? Melhor ainda. Mais o Senhor irá multiplicar. E todos saberão que foi Ele e não eu ou você.

Naquele dia, os que comeram foram cerca de cinco mil homens. Sem contar as mulheres e as crianças. Imagino que, no mínimo, dez mil pessoas.

Não há limites para o que o Senhor possa fazer. Basta que nos disponibilizemos a deixar que nos use. Sempre. Ele abençoa nossos recursos. E os multiplica.

O que eu posso oferecer? O que você pode oferecer? No Senhor, temos as respostas.
http://www.espalhandoasemente.com/2016/05/eliseu-voce-e-eu-disponiveis-para.html

Após a multiplicação dos pães e peixes, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem para o outro lado, enquanto Ele despedia a multidão. Imagino-O conversando com um ou outro, dando algum conselho ou ensino em especial.

Depois da despedida, subiu sozinho ao monte para orar. Ao anoitecer, continuava ali orando. O barco já estava distante da terra. Fustigado pelas ondas, indo de encontro ao vento.

Quando já era madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar. Não nadando, andando.

Quando os discípulos O viram, acharam que era um fantasma. Estavam aterrorizados. Gritavam de medo. Homens barbados. Muitos pescadores experientes. Completamente aterrorizados. Achando que estavam vendo um fantasma!

Imediatamente Jesus lhes disse: “Coragem! Sou Eu. Não tenham medo!". Jesus não deixou que ficassem ali, desesperados, acreditando estarem vendo um fantasma. Não. Imediatamente se identificou. “Sou Eu”. Não falou, "sou Eu, Jesus". Apenas, "sou Eu". Eles conheciam Sua voz. E apenas ouvir "sou Eu", bastou.

Pedro, ainda desconfiado, conseguiu responder que se realmente era o Senhor, queria ir até Ele, sobre as águas. Jesus respondeu: “Venha”. Pedro saiu do barco. Andou sobre as águas e foi em direção a Jesus. Mas aí, algo aconteceu.

Ele reparou no vento. Quando reparou no vento, deixando de olhar para Jesus teve medo. Quando teve medo, começou a afundar.

Sempre que deixamos de olhar para Jesus, olhamos as circunstâncias e damos a elas mais valor que à Sua presença conosco. Como Pedro. O vento nos enche de medo. É verdade, não é fraco. É verdade, está soprando fortemente. O vento é real. É noite também. É verdade, é tudo apavorante. Mas Jesus também é real. Se olharmos para Ele, não afundaremos. Se, no entanto, repararmos o vento, real, barulhento e forte, não será possível ficar em pé. E ainda há a escuridão e as águas turbulentas.

Pedro começou a afundar. Foi inteligente. Não esperou chegar ao fundo do mar da Galileia para só então gritar por socorro. Não. Assim que começou a afundar, gritou: “Senhor, salva-me”!. E o Senhor, o nosso maravilhoso Senhor, imediatamente estendeu Sua mão e o segurou. Jesus também não esperou que Pedro afundasse. Assim que Pedro clamou, socorreu. Como sempre faz conosco. Assim que clamamos, estende a mão.

Depois de socorrer Pedro, Jesus lhe faz uma pergunta interessante: “Por que você duvidou”?, Não perguntou porque havia olhado para o vento, ou porque teve medo. Perguntou porque duvidou.

Por que duvidamos de algo? Normalmente é por não acreditarmos na pessoa em questão. Pedro duvidou de Jesus. Por isso a pergunta. Jesus não lhe deu nenhum motivo para duvidar. Nenhum. Nunca.

Apenas quando os dois entraram no barco, o vendo cessou. Seus discípulos O adoraram, reconhecendo quem Ele é.

Quantas vezes temos olhado para o Senhor, em ocasiões inusitadas e O temos confundido com um fantasma? Ou, quando vamos até Ele, paramos de enxergá-Lo e reparamos no vento? Quantas vezes duvidamos dEle, embora nunca tenha falhado?

Daqui a pouco chegaremos ao outro lado. Por enquanto, pensemos no que aconteceu com Pedro e no que acontece conosco, cada vez que duvidamos dEle.

Lembremos que "o perfeito amor lança fora todo o medo". - 1 João 4.18b

Continuemos.

Jesus e os discípulos, mais uma vez, atravessaram o mar da Galileia. Chegaram a Genesaré.

Creio que os discípulos ainda estavam impactados com o que viram nessa travessia. Aquele, de fato, era o Filho do Deus vivo. Eu estaria. E estou.

Andar sobre as águas, para mim, é algo simplesmente fantástico. Não sei nadar. Tive medo de me afogar até no Mar Morto, onde a sanilidade e a altitude baixa, nos impele a boiar.

Quando os homens daquele lugar reconheceram Jesus, espalharam a notícia em toda a região. Levaram seus doentes até Ele, suplicando-Lhe que apenas pudessem tocar na borda do seu manto. Todos que nEle tocaram, foram curados.

Jesus não conseguia mais entrar e sair em uma cidade sem ser percebido. Sua fama havia se espalhado. Quando Jesus transforma, de fato, alguém, não há como esconder.

Gostaria de lembrar aqui, de dois milagres acontecidos anteriormente. Aquela mulher, que não sabemos seu nome, e ficou conhecida pelo mal que a atormentou durante doze anos, a mulher do fluxo de sangue, tocou nas vestes de Jesus e foi curada.
http://www.espalhandoasemente.com/2015/12/uma-mulher-fraca-cheia-de-coragem.html
http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/a-ousadia-de-uma-mulher.html

Essa história deve ter sido contada e recontada de tal maneira que agora as pessoas suplicam ao Senhor que toquem em Suas vestes. Não era apenas Jesus quem tocava nos doentes. Os doentes tocavam nEle. E eram curados.

Outro milagre que esse texto me lembra foi a libertação do endemoninhado gadareno. Aquele, que ninguém podia passar perto dele. Marcos nos conta em seu livro, no capítulo cinco, que após os homens daquela região pedirem a Jesus para que fosse embora, o homem estava pronto para entrar no barco e seguir a Jesus. Jesus, no entanto, falou que deveria voltar à sua família e contar o que o Senhor havia feito. Aquele homem anunciou o Senhor em toda a Decápolis (região de dez cidades de cultura grega na proximidade do mar da Galileia).
http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/porcos-ou-pessoas-o-que-importa.html

Acredito que o testemunho daquele homem alcançou a região de tal maneira que todos queriam ver Jesus, ser tocado por Ele e tocá-Lo.

Infelizmente, ao longo da história, temos visto o nome de Jesus ser usado indevidamente. Ódio foi semeado em Seu nome. Guerras foram travadas. Afastando as pessoas de Jesus, ao invés de aproximá-las. Hoje não estamos livres dessa semeadura infeliz. Continuamos vendo absurdos feitos em nome de Jesus.

Nossas vidas devem ser testemunhas do que Ele fez por nós. E Ele tem feito maravilhas. Temos contado o que nos fez? Nosso testemunho tem sido espalhado? As pessoas querem saber mais sobre Jesus depois que nos conhecem? Desejam tocá-Lo? Ser tocadas por Ele?

Como temos vivido? Nossas vidas aproximam as pessoas de Jesus? Ou as afastam dEle?

Talvez você não seja de falar muito. Não importa. As pessoas precisam ver Jesus através das nossas atitudes. Atitudes impactam para sempre.

Ficamos por aqui. Observando Seus milagres. Observando que simplesmente todos, todos os que se chegaram a Ele foram curados.

Continuamos na próxima postagem. Leremos o capítulo quinze.

Espero você. Até lá.

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