Leitura do dia 23/10.
Continuamos nossa caminhada através do livro de Marcos.
Nas postagens anteriores vimos a segunda multiplicação dos pães, os fariseus, coitados, “exigindo” um sinal. O Senhor exortando Seus discípulos a terem cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes. A cura de um cego. A declaração de Pedro sobre quem Jesus é. A predição de Sua morte. Sua transfiguração. A cura de um menino possuído. Diversos ensinos do Senhor. A discussão sobre o divórcio e o casamento. Ele abençoou as crianças. O homem rico, apegado às suas riquezas. E a cura do cego Bartimeu.
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Agora caminharemos a partir do capítulo onze. Até o capítulo treze.
Na primeira postagem, o capítulo onze.
Jesus está se aproximando de Jerusalém. Sabe o que O espera. Sabe como vai entrar na cidade. Quando chega ao Monte das Oliveiras, pede a dois discípulos que vão até ao povoado em frente. Lá encontrariam um jumentinho. Deveriam desamarrá-lo e levarem até Ele. Se alguém perguntasse, deviam responder que o Senhor precisava dele e logo o devolveria.
Os discípulos foram até à vila, como Jesus lhes ordenara, e tudo aconteceu como havia dito.
Naquela época, a realeza andava em jumentos. O profeta Zacarias (Zacarias 9.9), havia profetizado o Rei entrando em Sião montado em um jumento. Foi o que aconteceu naquele dia.
Os discípulos trouxeram o jumentinho e colocaram sobre ele seus mantos. Jesus montou.
Fico imaginado o “alvoroço” no mundo espiritual quando uma profecia desse “calibre” se cumpre.
Ah, e não posso deixar de falar do privilégio desse jumentinho, ser montado pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores. Devia ser só sorrisos. Se ele tivesse uma plaquinha como a minha, levantaria. Estou certa disso!
Uma grande multidão estende seus mantos pelo caminho, alguns cortam ramos de árvores e os espalham, fazendo uma estrada, digna de um Rei. Ele ia entre uma grande multidão, que gritava: “Hosana! Bendito é o que vem em nome do Senhor! Bendito é o reino que vem, o reino de nosso antepassado Davi! Hosana no mais alto céu!”.
Consegue imaginar? Precisamos de um drone para "observar" essa cena. Por todos os lados.
Jerusalém, a cidade dourada, a cidade do Grande Rei. Jesus sentado em um jumentinho, e como o Rei que é, entrando pela porta da cidade. Uma multidão adiante dele. Uma multidão seguindo-O. E todos gritando “Hosana ao Filho de Davi”. Reconhecendo que Ele é o Salvador e o Rei legítimo, filho de Davi. Aleluias!
Jerusalém, cercada por montes, ecoa essa saudação e esse reconhecimento por suas ruas. Com toda certeza, anjos cantam, celebrando o Grande Rei. A atmosfera era toda de louvor e adoração, como não se via ou se ouvia desde a época em que a Tenda de Davi estava ali.
Uma de minhas cenas preferidas. O Rei entrando em Sua cidade, sendo aclamado por todos.
Quando finalmente entra em Jerusalém, vai ao templo. Olhou tudo atentamente, como se fizesse um reconhecimento. E volta a Betânia com os Doze. Já era tarde.
Na manhã seguinte, volta a Jerusalém. Quando estava saindo de Betânia, no caminho, teve fome. Viu uma figueira ao longe. Cheia de folhas. Foi até ela para encontrar um figo. Não encontrou. Não era tempo ainda. Ele ordenou. Nunca mais comeriam do fruto daquela árvore.
Lembre que a árvore estava cheia de folhas. Ainda que não fosse tempo, indicava que teria algum figo. Que sejamos verdadeiros em nossas vidas. Se tivermos folhas, que os frutos venham também. Que não enganemos ninguém que olha de longe, achando que temos frutos, porque estamos cheios de folhas.
Jesus vai ao templo. Ao chegar, depara-se com a seguinte cena: o pátio do templo é como um mercado. Compradores, vendedores e cambistas. Ele fica indignado. Expulsa todos que estavam comprando e vendendo. Derruba as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Impediu que usassem o templo como um mercado!
O comércio no pátio do templo havia se tornado natural. Cambistas estavam ali para trocar a moeda corrente pela moeda do templo, que era diferente. Animais eram vendidos para o sacrifício, a preços exorbitantes.
Para mim, essa é uma das cenas mais impressionantes protagonizadas por Jesus.
Se em sua imaginação Jesus é aquele que fala sempre baixinho, quase num sussurro, que não confronta ninguém, certamente você está em choque. Ele está irado, expulsando todos os comerciantes e os cambistas do pátio do templo, único lugar destinado aos gentios.
É uma cena realmente chocante. Ele vira a mesa dos cambistas. E diz em alto e bom som: “As Escrituras declaram: ‘Meu templo casa será chamado casa de oração para todas as nações’, mas vocês o transformaram num esconderijo de ladrões!”. Ele refere-se a Isaías 56.7 e Jeremias 7.11.
Como atrair nações para o Deus de Israel, se o pátio onde as nações deveriam orar, é utilizado para comércio?
Jesus os chama de ladrões, afirmando que aqueles homens estavam transformando a casa de oração em um esconderijo, um covil. Covil é uma cova de animais selvagens. Não passou "panos quentes". Não disse palavras amenas. Somente selvagens para transformar o templo do Senhor em lugar de ladrões. Sua ira é santa e legítima. É justa. O complexo do templo havia se transformado em um lugar de comércio. Comércio e oração não combinam. Oração é relacionamento.
Fico imaginando se o Senhor, hoje, visitasse todos os lugares que são denominados na atualidade como "templo". Quantas mesas derrubaria? Quantos comerciantes e cambistas expulsaria? Quão indignado e irado ficaria?
Quando os principais sacerdotes e os mestres da lei souberam o que Jesus fez, tramaram uma maneira de matá-Lo. Tinha que ser de um jeito muito bem feito. Eles temiam as multidões, todos estavam admirados com Seu ensino.
Foi um dia agitado. A "ordem" do templo foi questionada e totalmente "desorganizada". Compradores e vendedores expulsos do pátio dos gentios, mesas de cambistas viradas, pombas lançadas para tudo que é lado. Muitas coisas para um dia só. Ao entardecer, saíram da cidade.
Vamos ficamos um pouco aqui, analisando Suas atitudes, Suas prioridades, Sua ira santa e justa. Analisemos nossas atitudes também. Temos ficado alheios ao que tem sido feito "no templo"? Seu templo tem sido casa de oração para todos os povos ou esconderijo de ladrões? Somos dos que derrubam as mesas dos cambistas ou dos que organizam o comércio? O zelo pela Sua casa tem nos consumido como consumia o Senhor (Salmo 69) ou temos sido consumidos por todo tipo de comércio em Sua casa? Nossas vidas têm sido vidas de oração ou vidas de comercialização?
Jesus seria aceito em nossos templos? Ou seria odiado como os principais sacerdotes e mestres da Lei odiaram-No?
Na manhã seguinte, quando voltavam à Jerusalém, passaram pela figueira. Ela estava seca. Desde a raiz. Pedro lembrou o que o Senhor dissera e apontou para a árvore.
Jesus ordenou que tivessem fé em Deus. Assegurou-os que, se tivessem fé e não duvidassem, poderiam fazer não somente o que fora feito à figueira, mas também dizer a um monte que se levantasse e se atirasse ao mar, e tal aconteceria. Não podiam duvidar. Tudo que pedissem em oração, se cressem, receberiam.
Mais uma vez o Senhor exorta Seus discípulos a terem fé. Mais uma vez assegura que se tivermos fé, tudo é possível.
Mas, se tivessem alguma coisa contra alguém, deveriam perdoar, para que o Pai também os (nos) perdoasse. Se nos recusarmos a perdoar, também não seremos perdoados. É um princípio. Imutável.
Quanto à figueira, lembremo-nos que toda árvore que não dá fruto é cortada e lançada ao fogo (Mateus 7.19). A que dá fruto, porém, é podada, para que possa dar mais fruto ainda. Somos árvores. Precisamos produzir frutos. Precisamos ser reconhecidos pelos nossos frutos. Nossas raízes devem ser profundas para que produzamos alimento. O Senhor sempre irá aproximar-se para ver se há frutos em nós ou apenas folhas.
Que possamos ser árvores que produzem frutos e que tenhamos fé para termos nossos pedidos atendidos. É o que espera de nós.
Jesus está passando pelo templo. Os principais sacerdotes, os mestres da lei e os líderes do povo (religiosos) aproximam-se dEle. Como sempre, não queriam aprender. Queriam questioná-Lo.
Até eles percebiam que Jesus tinha autoridade. Perguntaram-Lhe com que autoridade estava fazendo o que fazia e quem havia dado a Ele esse direito. Uma pergunta para provocá-Lo, com certeza. Não queriam saber a resposta. Queriam apenas algo para acusá-Lo.
A resposta do Senhor me faz vibrar. Tenho vontade de gritar, bater palmas, saltar e levantar diversas plaquinhas. Como se sozinha, eu fosse uma "torcida organizada". Que sabedoria!
Disse que também faria uma pergunta. Se respondessem, lhes diria com que autoridade estava fazendo aquelas coisas. Ele não espera. Pergunta de onde vinha a autoridade do batismo de João. Do céu ou dos homens?
Ele sabia a resposta. Conhecia o que ia no coração daqueles homens. Aparência era o que importava. Lembra da figueira com folhas? Eram como ela. Tinham folhas e você esperava encontrar frutos quando se aproximasse. Mas não havia nenhum. http://www.espalhandoasemente.com/2017/12/jesus-e-figueira-sem-frutos.html
Não responderam de imediato. Ficaram discutindo entre si. Sabiam que se dissessem que o batismo de João era do céu, Jesus perguntaria por que não creram e não foram batizados. Se, ao contrário, respondessem que era dos homens, temiam o povo, pois todos consideravam João um profeta, embora eles não considerassem.
Não tiveram outra resposta a não ser dizer que não sabiam.
Meus olhos e ouvidos estão atentos. Jesus vai virar as costas para eles e simplesmente ir embora? Havia dito que só responderia se respondessem primeiro à Sua pergunta e eles “não souberam” responder.
Jesus simplesmente diz que também não diria com que autoridade estava fazendo aquelas coisas. Como sempre, Sua sabedoria me atinge em cheio. Fico pasma! Aqueles homens precisam se retirar. Não terão resposta porque realmente não querem a verdade.
Se Jesus respondesse, adiantaria alguma coisa? Aqueles homens creriam nEle? Sabemos que não. Seus olhos e ouvidos estavam fechados devido à incredulidade. Não queriam aprender, porque não queriam mudar. Estavam satisfeitos com todas as tradições que haviam criado, que os deixava em posição privilegiada diante do povo.
Mas havia uma chance para eles. Se pensassem na pergunta de Jesus sobre o batismo de João, veriam que era a mesma resposta. O batismo de João era do céu, assim como Sua autoridade.
A verdade sempre será verdade, quer você ou eu, creiamos ou não.
Se realmente queremos respostas, devemos perguntar. Se não, é melhor nos calarmos. Respostas vindas do Senhor sempre nos levarão a uma tomada de atitude. Talvez não sejam as que gostaríamos de tomar, como o homem rico, que saiu triste sem coragem de fazer o que Jesus lhe dissera.
http://www.espalhandoasemente.com/2017/12/o-que-me-falta-ainda.html
Quero de fato saber quem Ele é? Com que autoridade faz o que faz? O que Ele quer de mim? http://www.espalhandoasemente.com/2017/12/andando-ao-lado-de-jesus.html
Sento por um tempo. Preciso pensar. Ele sempre me faz pensar. Estou disposta? Quero Lhe fazer perguntas? Quero ouvir Suas respostas? Que obedecer?
Sente-se comigo. Analisemos nossas motivações e coração. Estamos dispostos a ouvir Sua resposta e obedecer?
Prosseguimos na próxima postagem.
Espero você. Até já.

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