quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Mateus 23.1-39

Leitura do dia 18/10.

Nas postagens anteriores, vimos a respeito do casamento e do divórcio, a pergunta do jovem rico que desejava ser perfeito e as recompensas do Reino. http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-191-30.html

Também vimos a parábola dos trabalhadores na vinha, a necessidade de saber pedir e os cegos recuperando a visão.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-201-34.html

O Senhor entrou em Jerusalém, aclamado pelas multidões. Limpou o templo, a casa de oração. Amaldiçoou a figueira que tinha folhas, mas não tinha frutos. Não respondeu à pergunta dos religiosos quando à Sua autoridade. Contou a parábola do pai e dois filhos e a dos vinicultores maus.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-211-46.html

Lemos também a parábola do banquete nupcial, o pagamento dos impostos, a ressurreição, o maior dos mandamentos e o Senhorio de Jesus sobre o rei Davi.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-221-46.html

Hoje, leremos a partir do capítulo vinte e três de Mateus. Até o capítulo vinte e cinco.

Jesus dirige-se à multidão e a Seus discípulos dizendo que os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés, a cadeira de ensino e autoridade. Por esse motivo, deviam obedecer e fazer o que diziam, mas não o que faziam. Embora ensinassem o correto, não praticavam o que pregavam.

Também afirma que atavam fardos pesados e colocavam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não tinham a mínima disposição em levantar um só dedo que fosse para mover esses fardos. Regras sobre regras.

Alertou à multidão e Seus discípulos que tudo que faziam era para serem vistos pelos homens. Alteravam até suas roupas para chamar mais atenção. Também gostavam dos lugares de honra nos jantares e dos assentos mais importantes nas sinagogas. Além de gostarem de ser saudados nas praças e serem chamados de Mestres.

Infelizmente, os mestres da lei, embora estudassem as Escrituras, haviam se perdido. Amando mais o reconhecimento humano do que o Todo-Poderoso.

O conhecimento das Escrituras deve nos levar a amar mais o Senhor. Precisamos ter cuidado para não nos perdermos. Não nos tornarmos orgulhosos em função do que aprendemos. Quanto mais conhecermos as Escrituras, em verdade, menores nos consideramos. Como João Batista, que disse que o Senhor devia crescer e ele diminuir (João 3.30).

O Senhor continua dizendo que ninguém devia ser chamado de Mestre, pois um só é o nosso Mestre. Todos somos irmãos. Nem de Pai, porque nosso Pai é Aquele que está nos céus. Nem ao menos chefes, porque nosso Chefe é Cristo, o Ungido, o Senhor.

Para não deixar qualquer tipo de dúvidas, reafirmou que o maior era o que servisse. Pois todo que a si mesmo se exalta, acaba sendo humilhado, mas todo que a si mesmo se humilha, será exaltado.

Que o Senhor ensine essas verdades aos nossos corações. Que à medida que aprendermos, enxerguemos quem somos, como somos. Que gritemos como João Batista, um grito que saia de dentro de nossos corações: “Que Ele cresça e eu diminua.”
 https://www.youtube.com/watch?v=Me9WNFKaTjo

Agora, estamos em meio à multidão. Meus olhos estão quase saltando. Meu coração também. Ele se dirige aos mestres da lei e aos fariseus. E os chama de hipócritas!

Minha plaquinha cai no chão. Fiquei sem forças. Meu Senhor é tão corajoso e verdadeiro! Fala na “cara” daqueles homens, mestres da lei e fariseus, considerados “os tais”, os estudiosos das Escrituras, que são falsos, que agem de uma maneira, mas pensam de outra. E continua.

Vou me encolhendo.

Chama atenção daqueles homens, os estudiosos da lei, pois fecham o Reino dos céus diante dos homens. Não entram e nem deixam entrar os que gostariam. Estou pasma. Que coragem!

Mas ainda não acabou. Denuncia que, com a desculpa de orarem, devoram as casas das viúvas. Serão castigados com mais severidade. Sabem perfeitamente o que estão fazendo.

Realmente me encolho. Parece que está vivendo os dias de hoje. Fala desses estudiosos que percorrem terra e mar para fazer um convertido e quando o fazem não o libertam, mas o tornam duas vezes mais filho do inferno que eles. Quantas vezes a igreja tem feito isso ao longo da história? Quantas vezes tem sido pregado um evangelho distorcido, que empobrece a alma ao invés de enriquecê-la? Que escraviza ao invés de libertar?

O Senhor os chama de guias cegos, cegos e insensatos. Considerando o ouro mais que o santuário.
Ele disse isso faz dois mil anos. Hoje precisamos ouvir essa denúncia!

E quanto ao dízimo? Davam rigorosamente o dízimo das colheitas, mas negligenciavam os preceitos mais importantes: a justiça, a misericórdia e a fidelidade.

Olho à volta. Estou mesmo nas páginas do livro de Mateus ou estou em pleno século 21? Será que vivemos dando voltas? Recordo-me do que Salomão disse: “O que acontece agora, já aconteceu antes, e o que acontecerá no futuro também já aconteceu, pois Deus faz as mesmas coisas acontecerem repetidamente (Eclesiastes 3.15)" . Onde estão a justiça, a misericórdia e a fidelidade hoje em dia? Sinceramente, estou embasbacada.

Comprometido com a verdade, Ele é a própria Verdade, repete a denúncia. São guias cegos que coam um mosquito e engolem um camelo. Enxergam os ciscos e não enxergam as traves.

Sinceramente, fui arrancada das páginas de Mateus e trazida para os dias de hoje.

Mestres da lei que limpam o exterior e por dentro estão cheios de ganância e cobiça. O coração não importa mais. A alma pode estar estraçalhada. A aparência é o que importa. É ter e não ser.

Quantos sepulcros caiados temos visto? Bonitos por fora e cheios de ossos e toda imundície por dentro. Com aparência de justiça e cheios de hipocrisia e maldade. Estou pasma! Tenho certeza que o Senhor está falando à nossa geração, a muitos de nossos líderes, a muitos de nós.

Ainda denuncia que esses mestres edificam os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos dizendo que não teriam derramado sangue se fossem vivos naquela época. Testemunham que são descendentes dos que agiram assim, mas não fazem como Esdras e Neemias, que confessaram e pediram perdão pelos pecados de seus antepassados.
http://www.espalhandoasemente.com/2017/05/neemias-um-homem-de-oracao.html
http://www.espalhandoasemente.com/2017/06/neemias-um-homem-de-zelo.html

Tenho que sentar. Imagino João Batista, ou Isaías, ou Elias ou qualquer um dos profetas “surgindo” diante de nós. Estou certa, seriam mortos. O mais rapidamente possível. Sua mensagem seria muito dura para nós, para nossa geração, acostumada a fechar os olhos para mosquitos e camelos. Desejosa de ouvir que pode, que consegue, que merece.

O Senhor diz que estão enchendo a medida de pecados de seus antepassados. Estamos fazendo o mesmo? Temo e tremo diante dessa palavra.

Seu semblante é duro, assim como Suas palavras. Mestres da lei e fariseus, considerados a nata, sendo chamados pelo Mestre de serpentes e raça de víboras. Sua pergunta ecoa por toda Jerusalém: “Como vocês escaparão da condenação ao inferno?” Como?

Depois, profetizou que estava enviando profetas, sábios e mestres. Uns seriam crucificados, uns açoitados e uns perseguidos.

E, para meu total horror, afirma que sobre eles recairia todo o sangue justo derramado na terra, desde Abel até Zacarias, que foi assassinado. 

Tantas palavras duras, embora verdadeiras, mas então, meu coração derrete. Olho para Ele. Justiça, fidelidade e misericórdia é o que vejo. Sua declaração de amor por Jerusalém, e por todos nós. Compara-se a uma galinha que reúne os pintinhos debaixo de suas asas. Quantas vezes quis fazer assim, mas não quiseram. Fugiram de Seu cuidado, de Seu carinho. 

Choro. Sinto Sua dor. Seu amor em meio a todas as denúncias que fez. Seu interesse em denunciar é o arrependimento.

Suas palavras me atingem. Não apenas por mim, mas pela minha geração. Pela nossa geração. Por nós. 

Temos, como geração, como igreja, agido assim? Como hipócritas, cegos insensatos, serpentes, raças de víboras?

Venho sondando meu coração ao longo dessa jornada. Quantas verdades o Senhor tem revelado. Quero ser como Ele. Quero ser como Ele deseja. Preciso que continue sondando meu coração. 

Fique comigo. Deixe que o Senhor nos toque, coloque luz em nossas vidas e corações. Vamos pedir que nossa situação como igreja mude! Precisamos disso. Muito.

Os mestres da lei e os fariseus devem ter ficado lá fervilhando.

Quem dera se arrependessem. Sabemos que não aconteceu.

Continuamos na próxima postagem.

Espero você. Até já.

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