quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Um tesouro escondido

Não sei você, mas não estou cansada, sentada aqui à beira-mar, ouvindo as parábolas de Jesus através do capítulo 13 de Mateus.

Jesus usava os acontecimentos cotidianos para ensinar. Estava assentado em um barco. Enquanto a multidão ouve Seus ensinos atentamente. Uma sala de aula ao ar livre, com material didático riquíssimo disponível. A natureza e a vida diária.

Ensinava por parábolas para cumprir o que havia sido escrito a Seu respeito em Salmos 78.2.

Particularmente, amo parábolas. Esse tipo de ensinamento me leva a associações práticas e a um aprendizado melhor, difícil de esquecer, como no caso do fermento. http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/a-parabola-do-fermento.html

Jesus então deixa a multidão e vai para casa. Seus discípulos lhe pedem que lhes explique a parábola do joio no campo. Ele explica.

E continua Suas comparações. O Reino dos céus é como um tesouro escondido, como pedras preciosas. Quem encontra, vende tudo o que tem para tomar posse.

O Reino dos céus é mais precioso que qualquer tesouro e merece ser buscado em primeiro lugar. Esse é o tesouro que a traça não corrói, que o tempo não envelhece. É o tesouro eterno.

O Senhor ainda compara o Reino dos céus com uma rede de pesca. A rede é lançada. Nela são apanhados todos os tipos de peixe, como em uma grande pescaria.

Quando se pesca com rede, todo tipo de peixe é apanhado. A rede é levada à praia e os peixes bons são separados dos ruins. O Senhor afirma que assim acontecerá no fim desta era. Os anjos virão e separarão os perversos dos justos, como havia dito quando contou a parábola do joio e do trigo. O mesmo ensino visto de maneiras diferentes, em cenas cotidianas.

Ele pergunta aos Seus discípulos se entenderam. Ao responderem que sim, lhes fala que um mestre da lei instruído quanto ao Reino dos céus é como o dono de uma casa que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas.

Havia muitos “mestres da lei” naquela época. Poucos instruídos sobre o Reino dos céus. Sabiam leis, costumes e ritos. Ensinos que atingiam o superficial, não o interior, onde de fato precisamos ser alcançados. Mas um mestre da lei que tivesse conhecimento do Reino dos céus, sempre poderia “sacar” de seus tesouros coisas novas e velhas, que instruem, edificam e transformam seus ouvintes.

Um tesouro sempre será um tesouro, não importa sua idade.

A Palavra de Deus é um tesouro magnífico. Sempre tem algo a nos ensinar. Tesouros novos e velhos que podem transformar nossas vidas. http://www.espalhandoasemente.com/2016/02/i-samuel-tesouro-inesgotavel.html

Após contar todas essas parábolas, Jesus foi até Nazaré, cidade aonde foi criado. Ensinava nas sinagogas. Ao que parece, as pessoas não conseguiam se concentrar em Seu ensino. Estavam demais admiradas querendo saber de onde vinha Sua sabedoria e Seu poder. Conheciam Jesus, Seus pais, Seus irmãos e se escandalizaram. Não queriam saber quem Ele de fato era. Apenas não se conformavam de um “filho de carpinteiro” ter a sabedoria que viam nEle. E assim foi que não realizou ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.

Como a fé move os acontecimentos, a incredulidade “empaca”. Milagres não andam de mãos dadas com a incredulidade. Andam de mãos dadas com a fé. Pura e simples.

Que possamos aprender e reconhecer, a cada dia, quão precioso é o Reino dos céus. O maior tesouro que poderíamos encontrar. http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/tesouro-verdadeiro.html

Sejamos gratos ao Senhor por nos ter revelado tão grande tesouro através de Seu maravilhoso amor.

Amanhã prosseguimos viagem. Até lá.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A parábola do fermento

Continuamos assentados ouvindo o Senhor Jesus contar parábolas através dos versículos de Mateus, capítulo 13.

Após contar a parábola do grão de mostarda e seu crescimento, Ele afirma que o Reino dos céus é como o fermento que uma mulher tomou e misturou com uma grande quantidade de farinha e toda a massa ficou fermentada.

Praticamente todos já fizemos um bolo, ou pão, ou alguma massa que precisasse de uma quantidade de fermento para levedar a massa.

Não é incrível que apenas uma ou duas colheres de fermento, ou um tablete pequeno, possam fazer com que a massa toda fique fermentada? E quando nos esquecemos de colocar o fermento, fica tudo horrível e feio?

Assim é o Reino dos céus. Precisamos que ele cresça em nós, se não, apesar de todos os outros ingredientes, não teremos o crescimento, nem a aparência e nem o gosto que deveríamos ter.

Isso me fez lembrar de algo que aconteceu comigo, muitos anos atrás.

Queria fazer um calzone, olha a pretensão! Vi a receita. Comprei os ingredientes. Mas nunca havia feito nenhum tipo de massa que levasse fermento em tablete. Quando fui comprar, só vi um tablete grande, devia ser uns 150g. O que eu devia ter usado era 15g.

Juntei todos os ingredientes. Por último era o fermento. Achei que a receita devia estar errada. Era fermento demais! Coloquei só a metade. Ainda bem. Não sei o que teria acontecido se tivesse colocado todo aquele fermento. Só de lembrar já tenho um acesso de riso.

Deixei a massa para descansar. Esperei. Fui fazer outras coisas. Quando voltei à cozinha, tudo fedia. Um cheiro insuportável de fermento. E a massa tinha transbordado pela vasilha. Logo vi que realmente a receita estava errada (na verdade, quem tinha errado era eu). Tive que jogar tudo fora.

Coloquei num saco de lixo enorme. Na frente da minha casa tinha uma lixeira daquelas de pé. Coloquei o saco lá. E da sala (tinha um quintal na frente), sentada no sofá, conseguia escutar os estouros que a massa dava dentro do saco e só ia crescendo e crescendo. Sei que você está rindo. Pode rir à vontade. Gargalho toda vez que lembro.

Mas isso me faz pensar. Tudo em nossas vidas tem que ser com equilíbrio. Quando Jesus contou essa parábola, disse que um pouco de fermento leveda toda a massa. Um pouco. É necessário utilizar a medida certa. O exagero leva a algum tipo de erro.

Ao esquecermos o fermento, estragamos a massa. Se colocarmos menos que o necessário, não terá o crescimento esperado. Se colocarmos em excesso, teremos que jogar todos os ingredientes fora. Fede. Fermento em excesso fede. Não que o Reino dos céus vai feder. A massa é que fede. Como a religiosidade fede. Assim como aquele fermento deixou minha cozinha fedendo.

Precisamos ter atenção. O Reino dos céus é relacionamento. Não adianta querer colocar mais que o necessário para ver a massa crescer. Isso não vai acontecer. Bem, na verdade, a massa vai crescer. Mas não vai prestar. Terá que ser jogada no lixo. Prejuízo. Tempo e ingredientes jogados fora. Como aconteceu comigo. Sem contar a frustração. Eu, com o recheio pronto e sem ter onde colocar.

Religiosidade não nos leva a nada. Não é o que o Senhor deseja para nós. Regras e mais regras era o que os fariseus viviam. Eles fediam com o excesso de fermento. Suas vidas não alimentavam ninguém. Não eram exemplos a serem seguidos. Não edificavam. Apenas iam crescendo. De vez em quando um barulho de um estouro aqui e ali. E mais fedor espalhado.

Que enxerguemos o Reino dos céus como de fato ele é. Que não inventemos regras. Que não sejamos religiosos. Que vivamos. Que sejamos como a mostarda e sirvamos de refúgio e abrigo. Que sejamos como um bolo lindo, saboroso, cheiroso e nutritivo. Que atraiamos as pessoas pelo nosso aroma.

"Contudo, graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo, e por nosso intermédio exala em toda parte o bom perfume do seu conhecimento; porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os que estão sendo salvos e mesmo para com os que estão perecendo." - 2 Coríntios 2.14,15

Amanhã continuamos. Até lá.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

A parábola da mostarda

Continuamos assentados à beira-mar, ouvindo os ensinos de Jesus, através do capítulo 13 de Mateus.

Ele conta mais uma parábola. http://www.espalhandoasemente.com/2016/03/como-um-grao-de-mostarda.html

O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda. Já viu um? É minúsculo! Parece com aqueles confeitos de bolo que são umas bolinhas. Muito pequeno.

Jesus fala que o Reino dos céus começa assim, como um grão de mostarda que se planta na terra. Muitos nem dão valor. Pensam: não vai dar em nada! E desistem. E deixam a jornada, o ministério, o chamado, o sonho, a vida!

Mas a semente está ali, debaixo da terra, crescendo, passando por todos os processos necessários. Sozinha. Em secreto. Aprendendo tudo o que precisa, sendo transformada. Mesmo quando, na nossa ânsia por crescimento, olhamos e olhamos, sem nada enxergar.

De repente, começa a aparecer. Mas ainda é tão pequenininha! Quantas vezes olhamos e pensamos que o esforço empreendido foi muito grande e parece que não vai dar em nada. E até pensamos em desistir. Até achamos que erramos de semente. Que plantamos errado.

Mas ela continua crescendo e crescendo. Até transformar-se na maior das hortaliças. A mostarda palestina pode chegar até quatro metros de altura. Um grãozinho de nada!

Nunca, jamais, despreze os pequenos começos. Quanto menor, maior a possibilidade de crescimento.

Jesus falou que seus ramos se tornam tão grandes que as aves podem se abrigar à sua sombra.

Se eu fosse uma árvore, ia amar isso! Depois de tanto sofrimento. Sufocada debaixo da terra e ainda assim, tendo que crescer. Na solidão. Na escuridão. No frio. Estendendo as raízes. Procurando água. De repente, finalmente, o sol! Ar fresco! Brisa refrescante! Cuidados! Crescimento! Ramos grandes! E lá vem um pássaro. Se abriga sob os ramos e, em gratidão ao Criador,  entoa um cântico. E vem outro. E logo a mostarda está abrigado um coral. Até escuto, bom demais! Ah, se eu fosse árvore, ia amar isso! Ia ter certeza que aquele processo todo, no oculto frio da terra, valeu a pena.

Somos árvores, que devem produzir bons frutos. Ser abrigo. Proteção. Refrigério. Crescendo, como um grão de mostarda. Como o Reino dos céus, que cresce no íntimo, no profundo e depois se expande.

Precisamos desse crescimento em secreto. Das raízes expandindo para dentro, para só depois tornar-se visível e útil.

Amanhã continuamos ouvindo suas parábolas maravilhosas. Até lá.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Somos joio ou trigo?

Prosseguindo pelo caminho 13 de Mateus.

Jesus continua sentado no barco, à beira-mar, rodeado da multidão. Ensinando-as através de ricas parábolas.

Estamos ali, assentados junto à essa multidão.

Ele fala que o Reino dos céus é como um homem que semeou boa semente em seu campo. Aqui, o semeador é Ele próprio e a boa semente são os filhos do Reino. O campo é o mundo.

Enquanto todos dormiam, o inimigo do Senhor, o Maligno (que normalmente chamo de nojento), veio e semeou joio no meio do trigo e se foi. O joio são os filhos dele. O nojento semeou e foi embora. O estrago já estava feito. O joio, ingerido junto com o trigo pode provocar dor de cabeça, náuseas e por aí vai. Ele possui certo grau de toxicidade. E realmente intoxica.

Somente quando o trigo brotou foi que o joio também apareceu. Lembra que pelos frutos somos conhecidos?

Os servos do dono do campo viram e perguntaram quem havia semeado o joio no meio do trigo. O Senhor respondeu que havia sido um inimigo.

Também perguntaram se era para arrancar o joio. Mas o Senhor respondeu que não, porque correriam o risco de arrancar o trigo junto. Deveriam deixar os dois crescerem juntos e na época da colheita, arrancariam o joio primeiro. Depois, o trigo seria arrancado e guardado no celeiro.

Jesus explicou que a colheita é o fim desta era. Os encarregados são os anjos. No dia da colheita, tudo o que faz cair no pecado (pecado significa “errar o alvo”) e todos os que praticam o mal, serão lançados na fornalha ardente. Mas os justos brilharão como o sol no Reino do Pai.

Ele terminou a explicação com Seu grande conselho: “Aquele que tem ouvidos, ouça”.

É interessante notarmos que precisamos crescer junto com o joio. Muitas vezes nós, trigos, seremos olhados com desconfiança. Será que ele (a) é joio ou trigo, dirão. Temos que continuar a crescer. Independente do juízo que fizerem de nós. Sabemos que somos trigo. Não precisamos provar nada a ninguém. Apenas continuar agindo como o trigo que somos. E crescer. Absorver os nutrientes que a terra bondosamente nos fornece. Beber a água da chuva. E continuar crescendo.

Sei que o trigo se inclina, o joio não. Mas não seria capaz de separar os dois em uma colheita. No entanto, os encarregados da colheita sabem. São especialistas em trigo. Eles olham para o trigo e sabem que é trigo. Assim como olham para o joio e sabem que não é trigo, logo, é joio. Eles os arrancarão corretamente.

Veja o cuidado do Senhor ao deixar que o joio cresça junto para não correr nenhum risco de arrancar qualquer espiga de trigo. Somos todos preciosos aos Seus olhos. Se estamos crescendo junto ao joio é por causa de Seu cuidado para conosco.

Provavelmente você conhece algum joio que anda por aí, vestido como se fosse um trigo. Totalmente camuflado. Mas diferente do trigo que alimenta, o joio intoxica. Não ande em sua companhia. Não corra o risco de morrer intoxicado.

Que sejamos a boa semente. A que foi semeada pelo Senhor.

Que o joio não nos impeça de crescer.

Que não nos alimentemos de joio, acreditando que seja trigo. O trigo dá vida. O joio intoxica. Quero ser trigo. https://www.youtube.com/watch?v=BYyK0eosLh4

Que tenhamos ouvidos que ouçam. E aprendam.

Continuamos assentados olhando para o Senhor.

Vamos pensar um pouco nessa parábola. Logo Ele contará outra. E precisamos de ouvidos que realmente ouçam.

.

domingo, 26 de novembro de 2017

Espalhando a semente, a parábola do semeador


Iniciamos o capítulo 13 de Mateus.

Gosto de pensar no meu Senhor sentado à beira-mar, ainda que o mar em questão seja o Mar da Galiléia, que na verdade é um lago.

Vamos acompanhá-Lo.

Naquele dia saiu de casa e assentou-se à beira-mar. Sentindo a brisa refrescante. Como já percebemos, para Ele ficar sozinho, só quando sobe a um monte de madrugada para orar.

Logo reuniu-se ao seu redor uma grande multidão. Não podendo perder aquela ou qualquer outra oportunidade, entrou em um barco e assentou-se. Normalmente os mestres daquela época ensinavam assentados.

Jesus ensinou àquele povo reunido na praia, através de muitas parábolas. Vamos ouvir uma hoje, a do semeador.

A semeadura era feita à mão. O semeador saiu a semear. Impossível ficar sentado olhando o campo e esperar que a semente voasse até lá sozinha. O semeador precisa sair e semear. Assim como uma borboleta, uma abelha e um morcego que espalham sementes. Sementes são espalhadas quando saímos e semeamos.

Como somos movimento, devemos e estamos sempre semeando. É necessário que prestemos atenção ao tipo de semente que espalhamos. Como “a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12.33b), as sementes por nós espalhadas carregam o que somos.

Então, o semeador saiu de seu conforto e semeou. Enquanto lançava a semente, uma parte dela caiu à beira do caminho. E as aves comeram. Jesus explicou que essas sementes são as que “caem” no coração de pessoas que ouvem e não entendem a mensagem do Reino. O Maligno vem e arranca o que foi semeado. Por isso Jesus sempre enfatiza a ouvir e entender. A ter ouvidos “que ouvem”.

E o semeador continua. Parte da semente cai em terreno pedregoso. Nesse terreno, a semente logo cresce porque a terra não é profunda. Mas, por não ser profunda não tem raiz em si mesma. Permanece pouco tempo. Quando vem alguma tribulação ou perseguição por causa da Palavra, logo a abandona.

Como ter raiz em si mesmo? Quando uma árvore cresce, primeiro lança raízes, se espalha pela terra, procura fontes de águas e então, começa a crescer e brotar. Não vemos o que está acontecendo embaixo da terra. Somente o resultado final. Se queremos ter raízes profundas, inabaláveis, precisamos gastar tempo em comunhão e oração com a Palavra, o Verbo-Vivo, Jesus e conhecer a Palavra escrita, que o Senhor nos deixou para nos alimentarmos. É o nosso tempo a sós com o Senhor que fará com que criemos raízes profundas.

Outra parte da semente caiu entre os espinhos. Os espinhos, e não as sementes, cresceram e as sufocaram. Os espinhos são as preocupações desta vida e o engano das riquezas, que tornam a pessoa infrutífera. Pessoas preocupadas não conseguem espalhar boas sementes. Só falam em suas preocupações, como um “disco arranhado”. E as riquezas seduzem, nos levando a pensar que são nossos objetivos. Queremos mais, mais e mais e nunca nos satisfazemos. Note que Jesus mencionou “engano das riquezas”. Elas sempre se apresentam como um engano. Não que não devamos desejar o melhor. Claro que sim. Queremos, sim, viver de forma agradável. Mas não podemos nos deixar ser enganados e seduzidos pelas riquezas. Devemos, acima de tudo, ser e não apenas ter. É o que somos que realmente importa e isso não é um chavão. É a verdade.

Por fim, uma parte da semente caiu em boa terra. Deu boa colheita. É o caso do que ouve a Palavra e a entende. Esse permanece, apesar das tribulações, perseguições, preocupações, seduções e enganos. Esse produz fruto.

Quando Jesus terminou de contar essa parábola, novamente frisou: “Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça”!

Os discípulos perguntam o motivo dEle ensinar ao povo por parábolas. O Senhor cita Isaías 6.9,10. Se não tivermos olhos que vejam, ouvidos que ouçam, corações que entendam, não vamos nos converter e não poderemos ser por Ele curados.

Quero lembrar que somos semeadores. É importante sabermos o que temos semeado. E mais, nosso papel como semeadores é semear. Sairmos e semear, procurando alcançar o máximo de corações que conseguirmos.

Que tenhamos a percepção de que estamos semeando em todo o tempo. Que encontremos terra boa para a semeadura. Terra que dê boa colheita. E que, enquanto terra, nossos corações sejam de excelente qualidade.

A verdadeira semente é a Palavra. É essa a semente que estamos espalhando?

Vamos olhar para nossas mãos, coração, vida.

Amanhã continuamos nossa caminhada.





sábado, 25 de novembro de 2017

Que tipo de geração temos sido?


Continuamos nossa viagem através do capítulo 12 de Mateus.

Se você me conhece, sabe que sou uma pessoa extremamente calma. Mas os fariseus me deixam irada.
É terrível como pessoas que não têm disposição para crer, encontram desculpas e empecilhos para tal.

Depois de tudo que vimos o Senhor realizar nos últimos versículos e contemplar a multidão atônita diante desses fatos, alguns fariseus e mestres da lei (mestres da lei!) pedem a Jesus um sinal milagroso. O que queriam ver? A terra se abrir e engolir alguns, como aconteceu com Coré (Está registrado em Números 16)? Eles só queriam mais uma desculpa para não seguir Jesus.

Como sempre, a resposta de Jesus faz meu coração acelerar. Sua ousadia me deixa completamente apaixonada.

Ele responde: “Uma geração perversa e adúltera pede um sinal milagroso! Mas nenhum sinal será dado, exceto o sinal do profeta Jonas”. E explica que assim como Jonas esteve no ventre de um grande peixe, Ele ficaria no coração da terra. Falava sobre Sua morte e ressurreição, mas claro, os fariseus e os mestres da lei não entenderam. Não tinham ouvidos para ouvir. Eram seletivos. Só ouviam e viam o que lhes interessava. O que pudesse respaldar suas vidas, não denunciá-las.

Novamente gostaria de ter uma placa escrita “aplausos” ou ser uma líder de torcida, como no vôlei ou futebol, que incentiva a torcida a gritar, bater palmas e até fazer a “ola”. Jesus afirma que os homens de Nínive se levantarão no Juízo e condenarão essa geração incrédula, pois se converteram com a pregação de Jonas e “agora está aqui o que é maior do que Jonas.” Uau! Que afirmação. Quase consigo ouvir os dentes daqueles homens rangendo de tanta raiva.

Ele não parou aí. Sabia como aqueles homens eram nacionalistas e citou a Rainha do Sul, a Rainha de Sabá, que veio de outra nação, no sudoeste da Arábia, para ouvir a sabedoria de Salomão, “e agora está aqui o que é maior do que Salomão”.

Cada afirmação dEle faz meu coração saltar de alegria. Ele é maior que tudo, que todos.

Aqueles homens, no entanto, não O seguiram. E nós? Reconhecemos Sua superioridade? Sabemos quem de fato Ele é?

A incredulidade é realmente algo terrível. O Senhor explica o que aconteceria com aquela (ou essa) geração perversa. Estavam sendo limpos pela palavra que ouviam, mas não tomavam posição. A casa que havia sido antes habitada por um espírito imundo estava desocupada, varrida e em ordem. Pronta para o Senhor morar. No entanto, estava trancada. Não faziam o convite a Ele. Ficariam em um estado muito pior que o anterior. Aquele espírito imundo voltaria, levando com ele sete espíritos piores e entraria novamente na casa, passando a viver ali. E o estado daquele homem, e no caso, daquela geração, seria pior do que o primeiro. Ah, como sabemos que isso é verdadeiro.

Quando cremos e O seguimos, nos tornamos Sua família, sua responsabilidade. Seu cuidado está sobre nós. Quando porém, O ignoramos, estamos vulneráveis, sem defesa.

Qual tem sido nossa atitude diante dEle, aquele que é maior que qualquer outro?

“Por isso, Deus também o exaltou sobremaneira à mais elevada posição e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome;” – Filipenses 2.9

Continuamos amanhã, no capítulo 13.


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O que temos falado?

Prossigamos através de Mateus capítulo 12.

Ontem os fariseus começaram a tramar a morte de Jesus. Sabendo disso, retirou-se dali.

Muitos O seguiram e, como sempre fazia, curou todos os doentes, advertindo-os que não dissessem quem era, para que se cumprisse o que estava escrito a respeito dEle em Isaías, capítulo 42. O Ungido de Deus, Jesus, não sairia gritando “por aí”, mas seria (e é, e sempre foi), Aquele em que as nações colocariam a esperança. O único capaz de nos salvar.

Levaram até Ele um endemoninhado, que era cego e mudo. Jesus o curou. Todo o povo ficou atônito. E começaram a perguntar: “Será que este é o Filho de Deus”?

Quando os fariseus souberam, disseram que Jesus havia expulsado o demônio pelo príncipe dos demônios, Belzebu. Acredito que a ideia de Jesus ser o Filho de Deus, lhes dava urticária. Teriam muito o que explicar e se arrepender. Estavam na contra-mão dEle.

Uma das coisas que mais me deixam maravilhada em Jesus, são Suas respostas. Claro, tenho vontade de fulminar aqueles fariseus com uma simples olhada. E Ele era (e é) Deus. Sendo acusado de ser Belzebu, príncipe dos demônios, não se defende explicitamente. Responde com sabedoria, levando seus ouvintes e acusadores a pensar. Ontem, O ouvimos responder com uma pergunta, lembra? Agora Sua resposta é lógica pura: “Pensem vocês mesmo. Um reino dividido contra si mesmo logo cairá mas se Eu expulso demônios pelo Espírito de Deus (que era o caso), então o Reino de Deus chegou até vocês”. Simples assim. Pensem e tomem a decisão de vocês. Suas respostas sempre produzem um acelerar em meu coração.

E continua, nos fornecendo mais um pouco de Sua sabedoria. Quem não estava com Ele, estava contra Ele. Com o Senhor não há meio termo. Não há um muro para ficar em cima, apenas observando o que está acontecendo. Precisamos tomar uma posição. Ou estamos com Ele, ou contra Ele. Ou O seguimos, ou O abandonamos.

O Espírito Santo é Aquele que veio para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo, conforme está escrito em João 16.8. Se não nos deixarmos sermos convencidos por Ele, como haver perdão para nós? Impossível.

Jesus então fala das árvores. Uma árvore boa produz fruto bom e uma árvore ruim, fruto ruim. Elas são conhecidas pelos seus frutos.

Agora, Ele me deixa boquiaberta. Olho para Ele e minha admiração aumenta. Tenho vontade de pular e bater palmas. De arrumar uma placa escrita “Aplausos” e mostrar para todos. Ele os chama de raça de víboras! O manso (força sob controle) Senhor os chama de raça de víboras. Mas ao contrário de mim (se eu fosse falar), a veia de Seu pescoço não se altera. Ele simplesmente fala. A verdade. E continua, com Sua lógica maravilhosa aos meus olhos: “Como vocês sendo maus, podem dizer coisas boas”? Não é possível, Ele explica, “a boca fala do que está cheio o coração”. É assim.

Somos aquilo que falamos porque falamos aquilo que está dentro de nós. O homem bom sempre irá tirar coisas boas de seu tesouro, e o homem mau irá sempre tirar coisas ruins. É o fruto daquilo que somos. Mas, cuidado, tudo o que falarmos será julgado um dia. E seremos condenados ou absolvidos, pelas nossas próprias palavras.

Estou sentada junto à calçada, observando toda aquela cena. Observando a sabedoria do Senhor que me faz amá-Lo mais a cada dia. Vamos parar aqui. Sondar nossos corações. O que há dentro deles? O que temos falado? Somos acusadores, como os fariseus ou somos abençoadores como Jesus? Estendemos a mão ou apontamos o dedo? Abraçamos em socorro ou viramos as costas?

"Que as palavras da minha boca e o meditar do meu coração sejam aceitáveis na Tua presença, Senhor, minha Rocha e meu vingador!" - Salmos 19.14

Amanhã, só amanhã, prosseguimos nossa viagem.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O Senhor ama o ser humano

Prosseguindo nossa caminhada por Mateus, chegamos ao capítulo 12.

Se olharmos para trás, quantas coisas vistas e aprendidas! Algumas vezes paramos em um capítulo e ali ficamos mais de um, dois dias. Outras vezes, em apenas um dia, passamos por um capítulo inteiro.

Esperam que estejam aproveitando. Os ensinos de Jesus são realmente fantásticos e revolucionários. Muitas vezes esquecemos de olhar a essência contida neles. O importante não são regras, são relacionamentos. Jesus sempre aponta para a importância do homem.

Quantas vezes pensamos nos mandamentos do Senhor como um peso. Mas todos foram ordenados para o nosso bem. Se os seguirmos, teremos paz e alegria em nossas vidas. O Pai nos deu mandamentos por nos amar, por desejar o melhor para nós, uma vida abundante e feliz. Sem culpa, sem fardos.

Lembra quando Jesus falou que o pecado começa no coração? Pecado significa errar o alvo. O alvo é fazer o correto diante de Deus, primeiro em nossos corações.

Vamos olhar o que acontece no início deste capítulo.

Jesus e os discípulos estavam caminhando pelas lavouras de cereal no sábado. A lei dizia que na colheita não deveria ser retirado tudo, para que os pobres e as viúvas pudessem colher para si. Observe o cuidado do Senhor.

Os discípulos estavam com fome e começaram a colher espigas para comê-las. Você já parou para pensar como era a vida desses homens seguindo a Jesus? Jesus está sempre em movimento. O tempo todo. Até quando tenta descansar e levar os discípulos para o descanso, as multidões os seguem e Jesus, compadecido delas, as ensina e cura.

Os fariseus possuíam uma veia de acusação. A mesma que pulsa nos religiosos de todas as épocas. Não conseguem enxergar o que o Senhor está fazendo. Eles procuram insistentemente algo de errado em que se apegar e perdem o tempo de Deus.

Aqui eles apontam para Jesus, como querendo que Ele repreenda Seus discípulos por estarem colhendo aquelas espigas no sábado. Não era uma colheita, eles a estavam comendo. Com fome. Jesus responde que Davi comeu o pão que pertencia apenas aos sacerdotes. E foi além. Os sacerdotes faziam atividades no templo, aos sábados, e ficavam sem culpas.

Somos uma nação de sacerdotes.

Jesus revelou àqueles fariseus que Ele é maior que o templo. Que é o Senhor do sábado. O que interessa ao Senhor não são regras sobre regras. Eles (e nós) deveriam (os) aprender o que significa “Misericórdia quero, não sacrifícios”. Se soubessem o significado dessas palavras, muitos inocentes não teriam sido condenados.

Infelizmente, se pararmos para pensar, nos lembraremos de vários casos em que regras e costumes prevaleceram sobre pessoas, ferindo-as, condenando-as e afastando-as do Evangelho. É muito triste.

Quando Jesus e seus discípulos saíram da lavoura, foram até à sinagoga daqueles fariseus. Estava ali um homem com uma das mãos atrofiadas. Limitado em seus afazeres.

Mais uma vez os fariseus deixam claro que não se importavam com as pessoas, embora fossem os “guardiões” da lei. Eles queriam um motivo para condenar a Jesus e perguntaram-lhe se era permitido curar no sábado. As palavras de Jesus quando caminhavam pela lavoura não entraram neles. Não entenderam nada.

Se fosse eu, teria me transformado na Sarah O’Connor e “mandado bala” naqueles fariseus. Mas Jesus, que é manso (força sob controle), simplesmente responde sabiamente, com outra pergunta: “Qual de vocês, se tiver uma ovelha e ela cair num buraco no sábado, não irá pegá-la e tirá-la de lá”? Eles devem ter pensado, pelo menos um pouquinho, nessa pergunta. Jesus continua dizendo que um homem vale mais que uma ovelha. Portanto, era (e é) permitido fazer o bem no sábado. Mandou que o homem estendesse sua mão e ela ficou boa como a outra.

E os fariseus? Não glorificaram ao Senhor por aquele milagre. Não enxergaram o homem. Não enxergaram o milagre. Saíram dali e começaram a conspirar como poderiam matar Jesus. Matar Jesus! Por Ele ensinar a importância do ser humano. Por curar no sábado.

Que o Senhor nos livre de um coração acusador, que não enxerga o homem. Que só enxerga regra sobre regras.

Temos que ficar por aqui. Que deixemos nossos corações serem sondados pelo maravilho Espírito Santo.

Que sejamos misericordiosos e não acusadores.

Amanhã continuamos nossa viagem. Até lá.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Jesus nos chama a aprender com Ele

Continuamos nossa viagem. Já estamos no capítulo 11 de Mateus.

Após Jesus instruir Seus doze discípulos, Ele próprio saiu para ensinar nas cidades da Galileia.

João Batista, que estava na prisão, ouviu o que Ele estava fazendo e enviou seus discípulos com a seguinte pergunta: És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?” http://www.espalhandoasemente.com/2016/04/joao-batista-em-um-dia-ruim.html

Essa pergunta chama minha atenção. Amo essas informações que o Senhor nos deixou nas Escrituras, para lembrarmos que somos humanos e não super-homens. Se não fosse assim, não teríamos coragem de prosseguir, achando que não conseguiríamos.

Um dia, devia ser um "daqueles dias" que de vez em quando temos, quando não conseguimos entender, quando parece que tudo está fora do lugar, sem explicação, sem lógica, João mandou perguntar se Jesus era de fato quem havia de vir ou se deveriam esperar outro.

Nem mesmo João, que reconheceu o Senhor dentro do ventre de sua mãe, que teve seu nascimento anunciado por um anjo, que viu os céus abertos quando o Senhor foi batizado (e que era o sinal que Deus lhe falou que daria), nem mesmo ele, era um super-homem infalível, que nunca cansava e que tinha absoluta certeza de tudo. Até ele ficou desnorteado.

Nunca vou cansar de dizer que amo isso na Bíblia. Que amo isso em Deus. Temos direito a essas perguntas, pois somos completamente falíveis. E Ele sabe disso.

Jesus não mandou repreender João. Sua resposta foi: “Voltem e anunciem a João o que vocês estão ouvindo e vendo...” Ele sabia que seria o bastante para João.

Quando os discípulos de João saíram, Jesus testemunhou à multidão quem era Joao. Um profeta. E mais que um profeta. Estava escrito sobre João em Isaías. Ele era o que prepararia (e preparou) o caminho para o Senhor. E Jesus foi além. Se eles quisessem aceitar, João era o Elias que havia de vir.

Jesus aproveita a oportunidade para denunciar aquela geração, que não estava em sintonia com os tempos de Deus. João veio, jejuava e não bebia vinho e diziam que ele estava endemoninhado. Jesus veio, comendo e bebendo e eles o chamavam de comilão e beberrão, criticando também seus relacionamentos. 

Ah, como é necessário sermos, principalmente nos dias de hoje, como os filhos de Issacar, que conheciam os tempos e sabiam como agir. “da tribo de Issacar, duzentos chefes estrategistas, que sabiam como Israel deveria agir em qualquer circunstancia. Comandavam todos os seus parentes;” – 1 Crônicas 12.32

Após denunciar aquela geração, Jesus denuncia também as cidades em que havia sido realizada a maioria dos seus milagres, porque não se arrependeram. Se os milagres que foram realizados nas cidades de Corazim e Betsaida houvessem sido realizados em Tiro e Sidom (cidades gentias), elas teriam se arrependido. Assim como Sodoma, se tivesse visto o que Cafarnaum viu. No Dia do Juízo haverá mais rigor para essas cidades e menos para aquelas. O Dia do Juízo trará justiça porque o julgamento será feito com todos os dados necessários para um juízo perfeitamente justo.

Então, esse capítulo termina com o Senhor agradecendo ao Pai por ter escondido as maravilhas que estavam acontecendo, dos sábios e cultos e as revelado aos pequeninos. Porque Ele assim quis.

Tudo foi entregue ao Senhor pelo Pai. Ninguém conhece o Filho a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho e aqueles a quem o Filho o quiser revelar. É Jesus quem nos revela o Pai. Somente Ele. Ele é o único caminho para o Pai. O único.

Ele nos chama, a todos nós que estamos cansados e sobrecarregados. Ele nos dará descanso. O jugo dEle é suave e o fardo é leve. É com Ele que devemos aprender, pois Ele é manso e humilde de coração. Se aprendermos com Ele, encontraremos descanso para as nossas almas. Somente nEle.

Gosto sempre de lembrar que manso significa “força sob controle”. O Senhor tem domínio próprio, por isso pode nos ensinar a termos descanso.

Ficamos por aqui. Que aprendamos realmente com Ele. Que encontremos descanso nEle.

Amanhã prosseguimos nossa viagem, através do capítulo 12 de Mateus. Espero você. 

Até lá.




terça-feira, 21 de novembro de 2017

Os doze são instruídos e enviados

Vamos continuar nossa viagem? Capítulo 10 de Mateus.

Chegou a hora de Jesus enviar Seus doze discípulos. Ele os chamou e deu-lhes autoridade para expulsar demônios e curar todos os tipos de doenças e enfermidades.

Deu ordens específicas para não se dirigirem aos gentios e nem entrarem em alguma cidade samaritana. Antes, deviam ir às ovelhas perdidas de Israel.

Como mandá-los aos gentios e aos samaritanos se ainda não haviam entendido que as boas novas do Reino eram para todos os povos? Ainda não era hora. Não estavam prontos.

Os doze tinham uma mensagem a pregar: O Reino dos céus está próximo. E um trabalho a fazer: curar os enfermos, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar os demônios. Ah, muito importante: deviam fazer tudo de graça. Haviam recebido de graça e deviam oferecer da mesma maneira.

E Ele continua Suas instruções.

Se alguma cidade não os recebessem, haveria mais rigor a essa cidade, no Dia do Juízo do que para Sodoma e Gomorra, que não tiveram a oportunidade de ouvir as boas novas como tal cidade estava tendo. Ou seja, não se ressintam, não pensem em vingança. No Dia do Juízo haverá verdadeira justiça.

Eles deviam ser astutos como as serpentes e sem malícia como as pombas. Parece um paradoxo. Como ser astuto e ao mesmo tempo sem malícia? É não em ser enganado e não enganar. Ser esperto e honesto ao mesmo tempo. Encontrar um equilíbrio entre as duas coisas.

Precisavam ser cuidadosos, estar atentos. Seriam entregues aos tribunais e açoitados nas sinagogas. E levados à presença de governadores e reis, como testemunhas a estes e agora, aos gentios. Embora devessem ter cuidado, não precisariam se preocupar com o que falar quando essas coisas acontecessem. O Espírito do Pai iria falar por intermédio deles. É interessante pensar que quando fossem presos deveriam testemunhar para os gentios.

Amo o fato de Jesus não esconder nada. Diferente de tantas pregações que ouvimos hoje, onde se fala que tudo será um “mar de rosas”, Jesus é claro. Eles seriam perseguidos, açoitados, presos, traídos pelos próprios familiares e odiados por todos. Mas, quem perseverasse até o fim, seria salvo. Não por algum tempo. Até o fim.

Ainda lhes falou que bastava ao servo ser como o Senhor e se o Senhor foi chamado de Belzebu (deus das moscas), quanto mais os membros da Sua família! Em outras palavras: preparem-se para ouvir o que for!

A ordem: Não tenham medo! Não devemos, assim como os doze, temer aqueles que só podem matar o corpo. Há uma eternidade a ser vivida. Devemos temer o Senhor. Mais ninguém.

Ah, e que privilégio saber que até os cabelos da nossa cabeça estão contados. E olha que toda hora caem alguns fios por aí. Somos muito mais valiosos que passarinhos. E o Senhor cuida deles. Claro, cuidará de nós.

O Senhor também afirmou que se O confessarmos diante dos homens, Ele nos confessaria diante do Pai. O contrário também é verdade. Se O negarmos, também nos negaria.

Não podemos amar ninguém mais do que amamos a Ele. Se amarmos, não somos dignos dEle. Temos que carregar nossa cruz e O seguir. Se nossa preocupação for nossa vida, vamos perdê-la, mas se entregarmos nossa vida a Ele, a encontraremos. Veremos o que é realmente viver.

E quem recebesse a qualquer um deles, estaria recebendo o Senhor e o próprio Pai.

E ninguém fica sem receber recompensa do Senhor. Ele é justo. Sempre.

Quantas instruções valorosas entregues aos doze a nós também.

Muita coisa para pensar e ruminar. Então, pare um pouco. Releia este capítulo. E pense novamente em tudo o que Ele aconselhou.

Amanhã prosseguimos nossa viagem. Capítulo 11 de Mateus. Até lá.




segunda-feira, 20 de novembro de 2017

A seara é grande

Continuamos no capítulo 9 de Mateus, a partir do versículo 27.

Vimos a mulher com hemorragia ser curada e acompanhamos Jairo até à sua casa. A notícia sobre sua filha espalhou-se por toda aquela região. Impossível não espalhar.

Após Jesus sair dali, dois cegos O seguiram, clamando em alta voz. Jesus perguntou-lhes se eles criam que era capaz de curá-los. Responderam que sim. Jesus tocou em seus olhos, dizendo: “Que seja feito segundo a fé que vocês tem!”

A visão deles foi restaurada. Eles tinham fé para tal.

Jesus os advertiu para que ninguém soubesse do acontecido. Mas como? Eram cegos, de repente passam a enxergar. Como esconder tal feito? Além disso, eles saíram e espalharam a notícia por toda aquela região.

Quando Jesus faz algo por nós, não temos como esconder. Podemos até tentar mas, se Ele realmente agiu em nosso favor, ainda que não abramos a boca, as pessoas saberão. É impossível ser tocado por Jesus (ou tocar nEle) e continuar da mesma maneira. A transformação pode até ser lenta, mas é aparente. É imperativo que seja.

Após essa cura, um homem foi levado ao Senhor. Estava endemoninhado e não podia falar. Jesus expulsou o demônio e o homem começou a falar. Claro, a multidão ficou admirada. Nunca tinham visto nada parecido em Israel. A cada passo que Jesus dava, algo acontecia. Era maravilhoso.

Mas os fariseus diziam que ele expulsava os demônios pelo príncipe dos demônios. Já reparou que quando não há argumentos, as pessoas inventam as desculpas mais esfarrapadas para justificar seu posicionamento errado? Era o que os fariseus faziam constantemente. Porque não queriam mudar suas vidas, que era totalmente aprazível aos seus próprios olhos. Não se importavam mais se estavam certos ou errados.

Essa atitude não intimidou Jesus. Ele ia percorrendo as cidades e povoados. Ensinava nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino. Curando todas as enfermidades e doenças.

Jesus se compadecia das multidões porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas que não tem pastor. Uma ovelha sem direção não sabe para onde vai. Não tem senso de direção, nem de perigo. Ela precisa que o pastor a guie, com sua vara e seu cajado. Assim era Israel naqueles dias. Os líderes religiosos só queriam saber de si mesmo, de levar vantagem em tudo o que faziam. De galgar posições. Serem conhecidos. Não se importavam com as pessoas.

Jesus enxergava toda a situação. Disse aos Seus discípulos que orassem pedindo ao Senhor para enviar trabalhadores, porque a colheita era grande e os trabalhadores, poucos.

Que não sejamos como ovelhas que não tem pastor. O Senhor é o nosso Pastor. Que O deixemos nos guiar. Ele sabe aonde nos levar.

E que tenhamos disposição para trabalhar em Sua colheita, cooperando com Ele.

Aqui termina o capítulo 9 de Mateus. Amanhã iniciamos o capítulo 10. Até lá.

domingo, 19 de novembro de 2017

A ousadia de uma mulher


Vamos voltar ao texto de ontem, Mateus 9.18-22. Ontem acompanhamos a caminhada de Jairo. Hoje, veremos a mulher que por doze anos sofreu com uma hemorragia.

Essa história também está contada em Marcos 5.24-34 http://www.espalhandoasemente.com/2015/12/uma-mulher-fraca-cheia-de-coragem.html

Sua fé impressiona! Bastou "ouvir" falar de Jesus para crer em Seu poder. Não O viu falando nem fazendo nenhum milagre. Apenas ouviu. Mas a fé vem pelo ouvir. 

Doze anos sofrendo de hemorragia! Foi privada do convívio com as pessoas. Não podia tocar em ninguém. Nem ser tocada, abraçada, beijada. Vivia á parte. À margem. Havia gasto tudo o que possuía e sofrido muito sob o cuidado de vários médicos. Experimentado todo tipo de tratamento. Falavam algo para ela, fazia, na expectativa da cura. Nada! E assim se passaram doze anos! Doze. Anos.

Devia ser fraca. Extremamente magra. Pálida. Raquítica. Anêmica. Quanto sofrimento. Quantas dificuldades para o dia a dia. Para andar. Provavelmente solteira. Não devia passear. Não ia ao poço. Não ia à sinagoga. Não ia a festas. 

Já sofri algumas hemorragias. Enfraquece. Acaba com você. Um dia. Imagina doze anos!
Jesus era a única esperança que lhe restara. Os meios naturais já haviam se esgotado por completo. Restava agora apenas crer no que ouvira. E ela creu. Creu de tal forma que seus pensamentos foram mudados e começou a pensar, com convicção, que se tocasse nEle, somente tocasse em Suas vestes, seria curada. Seu raciocínio, seu modo de ver a situação, não foi o aparente, o natural. Foi o irreal. O impossível. O ilógico. A fé!
Já havia se tratado durante anos. Gasto todo seu dinheiro. Ido a médicos e mais médicos. Médicos de renome. De perto e de longe. Nada adiantou. Sua situação só piorava. Usou remédios caseiros. Seguiu conselhos de amigos, parentes, vizinhos. Nada! Mas quando ouviu falar de Jesus, mudou seu modo de ver a situação. Pensou: “Ele pode! Vou tocar-Lhe e ficarei curada”! Creu em sua cura. Esqueceu sua situação miserável e foi em busca do que agora via: seu restabelecimento! 

Tudo é possível ao que crê! E embora não pudesse tocar em ninguém, foi atrás de seu mais ousado ato: Tocar o Mestre!
Ah, mas não seria fácil. Uma multidão O cercava de todos os lados! E ela baixinha (isso é por minha conta, imaginando-me naquela situação) e frágil. “Como alcançá-Lo? Como vencer todas aquelas pessoas? Aquele monte de homem em volta dela? Aquele monte de gente alta”? E ela foi. Se esgueirando entre a multidão. Ignorando que não podia tocar em ninguém. Ignorando sua condição. Sua fraqueza. 

Brigando. Empurrando. Lutava por ela. Por sua vida. Seus sonhos. Seu futuro. Sua história. 

De repente O viu! Aproximou-se. Em um ato profundo de fé, tocou em Suas vestes!
Sua fé obteve resultado. Sua hemorragia cessou. Ela sentiu a diferença em seu corpo. Aquele fluxo estancou! A energia voltando ao seu organismo! 

O ouvir dessa mulher foi aquele ouvir que produz ação e resultado. Teve ouvidos para ouvir! Tocou em Jesus de uma forma especial! Ele sentiu que havia saído poder curador de Si.
Muitas vezes precisamos tocar em Jesus ao invés de esperar que Ele toque em nós. Ele está ali. Ao nosso alcance. Basta querermos tocar. Quando O tocamos assim, não tem como ficar alheio! "Quem me tocou?"
A mulher era nada! Mal podia abrir sua boca. Cheia de medo, prostrou-se a Seus pés. Contou-lhe o que havia acontecido! Não podia deixar de contar que fora ela. Estava consciente da cura que recebera. Cura que mudaria toda sua vida! Precisava falar. Ainda que gaguejando. Estava livre. Ia começar a viver! Adeus ida e visitas de médicos e conversas só relacionadas à sua doença! Adeus “modo de sobrevivência”! Ia começar a viver! Finalmente! Re-viver!
Jesus a honrou publicamente! Como não fazê-lo? Confirmou sua cura! Chamou-a de filha! O Verbo Encarnado. O Princípio de todas as coisas sabia quem ela era. 

E ainda que estivesse em uma importante missão, acompanhando o líder da sinagoga, em uma missão urgente, parou para lhe falar, lhe dar atenção!
Para Jesus, sempre somos prioridade! Para nós não existe fila! Ele está sempre disposto a nos ouvir, nos socorrer, nos auxiliar, mudar nossa história. Basta que O toquemos!

Pare um pouco. Toque nEle. Ele está disponível para você. Para mim.

Amanhã prosseguimos nossa viagem.

sábado, 18 de novembro de 2017

A ordem é: Não temas!

Continuamos nossa viagem através do capítulo 9 de Mateus, a partir do versículo 18. 

Esse mesmo texto é contado em Marcos 5.21-43. http://www.espalhandoasemente.com/2015/12/jairo-aquele-que-ilumina.html

Um dos meus textos preferidos. Amo Jairo. Um dos chefes da sinagoga. 

Um homem que tinha um excelente status na religião. Ainda assim, teve a humildade de, em meio a uma grande multidão, lançar-se AOS PÉS de Jesus, implorando-lhe que curasse sua filhinha. 

Não apenas pediu a cura para sua filha, "implorou encarecidamente", tal foi a intensidade com que se humilhou. Não apenas ajoelhou-se aos pés de Jesus, lançou-se! Praticamente agarrou-se aos Seus pés! Como foi humilde! Não se importou com sua reputação. 

Cria que Jesus poderia curar sua filha se O quisesse e era o que importava. 

Enquanto ia com Jairo até sua casa, Jesus para no meio do caminho, no meio de uma multidão, e fala: “Quem me tocou”?

Imagino a cena. Como se estivesse no Holodeck em Star Trek (Para quem não está familiarizado, é uma sala com acesso à realidade virtual).

Nós dois estamos ali. Você e eu. Não queremos perder essa visita de Jesus à casa de Jairo. Não sei você, estou boquiaberta, queixo caído. “Como assim? Quem me tocou”? Uma multidão nos aperta de todos os lados e Ele pergunta quem O tocou? Decididamente, não entendo Jesus! 

E eu, que sou lógica pura, embora seja coração também, fico angustiada. Temos que correr, antes que seja tarde. E embora ame detalhes, não quero saber desse. Quem tocou a Jesus no meio dessa multidão não tem a menor importância. Vamos logo, antes que seja tarde! Me angustio.

Ele continua ali parado, olhando. Esperando alguém se manifestar. Minha agonia é tão grande que estou quase indo lá, eu mesma para puxá-Lo pelo braço e explicar a situação. Jesus não deve ter entendido! Olho para Jairo. Está a ponto de desmaiar de tanto desespero! Transparente! Meu estômago dá voltas!

Finalmente! Uma mulher. Não é conhecida. Aproxima-se. Prostra-se aos Seus pés e conta sobre sua hemorragia que já durava doze anos! Uau! Começo a entender porque Ele parou.

Mas enquanto escutava, minha atenção se volta para algumas pessoas que chegam. Ah não! O que elas estão falando? Meu coração quase para! Estão dizendo que a menina morreu! Não há necessidade de incomodar mais o Mestre! Não há mais esperança! Afinal, quem pode com a morte?

Está aí outro, além de Abraão, que creu contra a esperança! Aquelas pessoas ministraram desânimo e derrota. Estavam falando a verdade. 

Me seguro em você. Acho que vou desmaiar. Já havia imaginado toda a cena: Jesus chegando e curando a menina!  E a alegria voltando àquela casa! Agora isso? Tenho que usar todo meu auto controle para não me jogar no chão aos prantos!

E agora? COMO Jesus vai se desculpar com Jairo? Não há desculpas para isso! Se Ele tivesse andado mais rápido. Se não tivesse parado! Tudo gira ao meu redor. Se não estivesse segurando seu braço teria sido pisoteada, porque estou a ponto de cair.

Então, vejo que Jesus não deu a mínima atenção àquelas palavras. Ele simplesmente diz a Jairo: “Não temas, tão somente continue crendo”! Estou sem fôlego! O que vai acontecer agora? Meu coração novamente se enche de ânimo e esperança. Volto a respirar! Aperto seu braço.

Embora Jairo soubesse que seus familiares falavam a verdade, preferiu crer nas palavras de Jesus! Creu no impossível! Sempre a escolha: Fé ou vista?

Quando da cura daquela mulher, Jairo recebeu dois tipos de ministrações. Como o povo de Israel em Números 13.1-14, quando os espias voltaram de Canaã. "Jesus ficou se importando com o simples fato de alguém tocar-Lhe enquanto minha filha está naquele estado. Sua lentidão vai fazer com que não haja mais cura! Onde já se viu? Parar por causa de uma simples mulher do povo, ao invés de ir correndo até minha filha? A filha de um dos principais da sinagoga"! A outra ministração: "Essa mulher foi curada somente por ter crido em Seu poder. Ter tocado nEle! E nem foi Ele quem a tocou! Mais uma prova de que Ele, impondo Suas mãos, vai curar minha filha! Ele sabia o que ia acontecer! Não iria me acompanhar para simplesmente ir comigo ao enterro”! 

Essa foi a ministração que escolheu. A de vitória! A que aparentemente era a verdade, ele rejeitou. Não aceitou. Sua escolha era: "E agora? Escolho o real, o aparente, o que se vê? Que é tão terrível, tão triste, tão sem retorno, tão sem vitória! Ou escolho o impossível? O que não se vê, que é tão bom mas tão irreal"!?

Para sua felicidade e de sua família, escolheu as absurdas palavras de Jesus e continuou até sua casa! Por certo ia pensando a cada passo: "Ele vai colocar Suas mãos nela e curá-la. Ela não está morta! Ele mandou eu crer. Não ter medo. Crer somente! Vai curá-la. Ela vai viver. Vai viver. Vai viver! Eu creio. Eu creio. Eu creio"! 

Nunca aquele caminho foi tão longo. Não aguento mais andar. Alguém trocou a casa de Jairo de lugar. Nunca chega! 

Ufa. Finalmente.

Quando chega à sua casa tudo era contra o que Jesus havia dito! As pessoas que faziam o velório lá estavam. Jairo se agarra às palavras de Jesus! Não andar por vista, mas por fé! Naquela hora poderia ter dito: "É Jesus, não adiantou mesmo. Pode voltar. Obrigado por Sua boa vontade, mas agora não há mais solução. Tudo acabou. A fé foi em vão”! 

Mas não falou nada! Continuou crendo nas palavras de Jesus, ainda que tenham rido dEle, continuou crendo! E mais uma vez creu no impossível. Jesus disse que a menina apenas dormia! Ora, se fosse de fato "real", os "veladores profissionais" não estariam ali! Mas ele creu!  E Jesus, mais uma vez ministrou fé ao seu coração e mais uma vez Jairo escolheu Sua ministração ao invés de crer no aparente. 

"Ela não está morta. Está dormindo. Só dormindo. Eu creio. Creio! Ele vai impor Suas mãos e ela será curada! Essas pessoas é que estão loucas. Não Ele! Ele diz a verdade! Ele é o Criador da Vida. O médico-mor. Ela está dormindo. Não morreu. Só dorme. Ele vai curá-la. Ela vai viver! A derrota não é real. Real é o que Ele falou. O mundo natural é que está mentindo. O espiritual é que é verdadeiro. Ela está dormindo. Não morreu"! 

Jairo entrou em sua casa com Jesus! Impossível entrar sem Ele. Até aqui não havia visto sua filhinha. O momento crucial: entrar no quarto onde a menina está! Meu coração acelera. Foi aí que Jairo viu sua filha! Pálida. Inerte. Sem cor. Sem respirar! Morta! "Ela não está morta. Ele disse que ela só dorme. Ele fala a verdade! Ele é a Verdade. Não vou olhar para a aparência. Vou olhar para Ele. Não vou "ouvir" esse silêncio mortal, mas a voz dEle"! Seus olhos focam Jesus!

Então Jairo presencia sua fé e o poder de Jesus mudarem aquela situação! Novamente viu Jesus ministrar cura. Vida. Vitória. Jesus tomou a mão de sua filhinha e falou. Simplesmente falou e ela se levantou! Como das outras vezes em que Ele havia falado desde que Jairo o encontrara. Ele falou novamente. O mesmo tipo de palavra. Cheia de certeza. De verdade. De poder. Pouquíssimas palavras, porém verdadeiras, que produziram ação!

Ele viu sua filha se levantar. Sair andando com a maior disposição. 

Sua palavra é digna de aceitação. Mesmo que pareça absurda. Impossível. Irreal. É a palavra dEle! Ele falando. O Logos. O Verbo Encarnado. Aquele que estava com Deus no princípio. Aquele que criou os mundos pela Sua palavra. Imutável e poderosa! Criativa! Curadora! Solucionadora! Palavra que produz ação! Palavra que não volta vazia! 

Quando Ele fala, o mundo espiritual move o natural e o natural move o espiritual. Na terra como no céu. Não é lenda! É real!

Fico maravilhada com a fé de Jairo. Continuou crendo no poder de Jesus para solucionar sua situação catastrófica mesmo recebendo tanta ministração contrária. No caminho. Até mesmo antes de falar com Jesus. Em frente à sua casa. Quando viu sua filha. Mesmo assim creu. Creu até o fim. Contra todas as evidências. 

Como Paulo, combateu o bom combate. Até o fim. E guardou a fé. Não permitiu que ela se perdesse pelo meio do caminho, à  vista das circunstâncias. Continuou acreditando em Jesus. Ministrando Sua palavra à sua mente.

Jairo honrou seu nome. Jairo, o iluminador, o que ilumina. Clareou a situação, mesmo sendo negra. Sua fé em Jesus fez com que sua situação se iluminasse por completo. A negra morte não conseguiu vencer. Venceu a luz!  A vida! Tudo porque olhou para Jesus. Seus olhos estavam fitos nEle e não na aparência negra e insolucionável da situação! Que disposição para crer!

Quando nos deparamos com situações sabedores que só Jesus tem poder para solucionar e depois "vemos" que não há solução, que "nem Jesus pode", quantas vezes ouvimos e acreditamos no "Não temas, crê somente"? Quantas vezes O deixamos ali plantado, no meio do caminho, impedindo-O de ir conosco até o desfecho da situação, até à hora da solução? Não deixamos que Ele venha conosco. O abandonamos no meio do caminho e vamos correndo preparar o enterro já que agora "nem mesmo Jesus" pode solucionar ou fazer algo! 

Somos nós quem O abandonamos no meio do caminho e escolhemos seguir o restante sozinhos, para ver e chorar o nosso morto!

Ah quantas vezes agi dessa forma! Mas não deve ser assim.  Não pode ser assim. Para Deus, Nada é difícil. Ele sempre tem a solução. Ele é a solução. O EU SOU! Ele nunca chega tarde demais. Nunca age tarde demais. Sempre no momento certo. A derrota nunca triunfa sobre Ele!

Como é importante o lugar para onde estamos olhando. O modo como olhamos.

Olhar para Jesus. Não para as circunstâncias. Ele tudo sabe. Tudo pode. Se nossos olhos olham apenas o aparente, o natural, que situação tenebrosa teremos!

Jairo ignorou o mundo natural.  Recusou-se a olhar o aparente. Dirigiu seus olhos para Jesus. Seus olhos se encheram de luz e as trevas foram dissipadas!

Ah, Senhor, ensina-nos a seguir esse exemplo. Ensina-nos a prosseguir até o fim. Crendo somente na Tua palavra. Ignorando as evidências contrárias a ela. Ensina-nos quão importante é o modo como olhamos. Como enxergamos cada situação. 

Ensina-nos a entender que tudo depende de como vemos! Ensina-nos a olhar com os Seus olhos. Sob o Seu ponto de vista!  Ensina-nos a ouvir Tua palavra, que diz: "Não temas, crê somente".

Senhor, só quero ver você! https://www.youtube.com/watch?v=7BoTTLK1K_4

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Jesus e os improváveis

Continuamos nossa viagem através de Mateus. Capítulo 9, a partir do versículo 9.

Jesus vê um homem sentado na coletoria. Ele não vê um coletor de impostos. Ele vê um homem. Chamado “Presente de Yaweh”. E o chama: “Siga-me”. Ele levantou-se e O seguiu. Simples assim.

O coletor de impostos ou publicano era mal visto entre a comunidade de Israel. Era um judeu escolhido para cobrar impostos para os romanos e, na maioria das vezes, cobrava mais que o devido. Não eram confiáveis. Não podiam servir de testemunha, nem de juiz. E quase sempre, eram expulsos das sinagogas.

E quem Jesus chama para seguí-Lo? Ele mesmo, Mateus, o publicano. O “exército” de Jesus é composto de improváveis. E Ele mesmo explica o motivo.

No versículo 10, Mateus (o tal publicano que foi chamado por Jesus, é foi esse mesmo quem escreveu o livro que estamos lendo), nos conta que Jesus estava em casa e vieram comer com ele e seus discípulos, muitos publicanos e pecadores.

Quando os fariseus viram, perguntaram aos discípulos de Jesus porque Ele comia com publicanos e pecadores. Os discípulos não tiveram tempo de responder. Foi Jesus quem respondeu, dizendo que os que precisam de saúde são os doentes, não os sãos. Eles se consideravam sãos aos seus próprios olhos, não precisavam de Jesus. E foi além, ordenou que aprendessem o que significa: “Desejo misericórdia, não sacrifícios”. E, caso não tivessem entendido, explicou que Ele veio chamar os pecadores, não os justos.

As pessoas gostavam de fazer perguntas a Jesus. Normalmente ou Ele está curando, ou expulsando demônios ou respondendo a alguém. Alguns porque realmente gostariam de saber, outros porque O estavam provando, outros porque achavam alguma situação absurda e perguntavam: “Como assim? Por que isso ou aquilo?”

Agora são os discípulos de João que chegam até Jesus e perguntam porque os fariseus e eles (discípulos de João) jejuavam mas os discípulos de Jesus, não. Ele foi bem direto. Era o noivo. Estava com Seus discípulos. Quando não estivesse mais, eles com certeza jejuariam. Sentiriam tal necessidade.

E aqui dá um exemplo interessante. Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha. Ora, é lógico que não. Ninguém vai comprar um tecido novo para remendar outro que já está velho. O mesmo acontecendo com o vinho. Só se coloca vinho novo em odres novos. Os dois envelhecem juntos. É necessário um processo. O vinho envelhecido é melhor.

Hoje, ficamos por aqui. Amanhã temos uma jornada especial a seguir. Um de meus textos preferidos. Espero você.


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Amigos nos levam a Jesus

Ontem nos deparamos com a triste realidade de ver Jesus sendo “convidado a se retirar” do território de Gadara.

Agora vamos começar o capítulo 9 de Mateus.

Ele chega em sua cidade, muito provavelmente Cafarnaum, onde estava morando. Alguns homens trouxeram-lhe um paralítico na maca. Quando Jesus viu a fé que tinham, teve que reagir.

Quero observar essa cena. Um homem paralítico. Em outros Evangelhos, é contado que seus amigos, por não conseguirem chegar próximo a Jesus, o levaram até o telhado, abriram o telhado e desceram a maca à frente de Jesus.

Consegue imaginar a força que aqueles homens empregaram para auxiliar um amigo? Um homem deitado, que não podia se mexer. Uma maca. Um telhado. Primeiro o levaram até lá e depois tiveram que retirar o telhado, que não era feito de telhas. Muita disposição! Jesus olhou para eles e viu a fé que tinham. Então, disse ao paralítico: “Tenha bom ânimo, filho, os seus pecados estão perdoados”.

Já ouvi algumas vezes que Jesus “era da paz, só falava em paz” e coisas do gênero. Mas a verdade é que Jesus é a verdade. Muitas vezes Ele chocava Seus ouvintes. E realmente queria chocar. Verdades geralmente são chocantes. Precisam ser.

Alguns mestres da lei que estavam ali presenciando a cena, não ficaram admirados com a fé daqueles homens. Não. Ficaram indignados com Jesus, acusando-O em seu íntimo. De blasfêmia.

Jesus conhecia seus pensamentos. Ah, é fantástico! Ele pergunta aos mestres da lei: “Por que vocês pensam maldosamente em seu coração?” E prossegue, “mas para que vocês saibam que o Filho do Homem tem na terra autoridade para perdoar pecados”, Ele disse ao paralítico: “Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa”.

Fico imaginando as pessoas boquiabertas acompanhando aquele diálogo. Jesus falou que os pecados do homem estavam perdoados porque queria que os mestres da lei soubessem que Ele tem autoridade na terra para perdoar pecados. Podia simplesmente ter dito ao paralítico para levantar-se. Mas queria ir além. Queria revelar algo. E o fez.

E aquele homem, tenho vontade de rir, “levantou-se e foi”. Satisfeito. Feliz da vida. Perdoado e curado. Completamente restabelecido. Um homem que não podia sair da cama, agora coloca-a nas costas e sai andando. Uau! É demais para mim. Tenho que me juntar à multidão que se encontrava ali. Eles ficaram cheios de temor e glorificavam a Deus, que dera tal autoridade aos homens.

Vamos parar aqui um pouco e pensar na atitude de todos os envolvidos nessa cena? O paralítico. Seus amigos. Jesus. Os mestres da lei. A multidão. Temos muito a aprender com cada um.

Amanhã prosseguimos nossa viagem.